Mensagem publicada em 29 de agosto, pelo site
AUTRES DIMENSIONS.
Bem, BIDI está com vocês e ele os
saúda.
Vamos prosseguir do mesmo modo que
expliquei na vez anterior: vamos trocar, de maneira rápida, mas pronunciarei
minhas frases de maneira mais lenta, deixando um espaço, após minha resposta,
de modo a fazê-los viver o que é possível manifestar, por sua simples Presença
e minha Presença, no mesmo espaço.
Vamos começar.
Questão: é melhor refutar medos que
se conhece ou o medo em geral?
No plano didático, o primeiro elemento a realizar é a refutação de medos que lhe são aparentes, conhecidos e manifestados, porque são aqueles que, ao nível do saco mental, manifestam-se a você e entravam a Liberdade.
Há uma segunda etapa na qual o medo
não tem mais necessidade de ser ligado a uma vivência, a uma experiência desse
saco de alimento, mas, bem mais, visa denunciar, refutar a própria existência
dessa emoção.
Porque o que sustenta toda a busca e
toda a ilusão de um caminho – espiritual ou outro – é, sempre, desencadeado,
estimulado pelo medo.
O medo é o que congela.
O medo é, muito exatamente, o que
evita e o que o impede de viver o Centro e, sobretudo, o centro do Centro,
presente em cada ponto.
O medo, dito em outros termos, é o que
congela o ponto de vista no saco de alimento, no saco mental, e dá a você a
ilusão de ser esse saco de alimento ou mental, uma vez que, eu o lembro, esse
saco de alimento, esse saco mental é construído, criado e mantido pelo medo.
Assim, portanto, o primeiro círculo
vicioso é a refutação de medos conhecidos, ligados à experiência dessa
encarnação.
Em um segundo tempo, será preciso,
então, agir, não mais sobre seus medos conhecidos, mas, efetivamente, sobre o
que representa, realmente, a emoção «medo» para toda consciência que vive a
ilusão como a única verdade.
O medo, dito em outros termos, mantém
o teatro, mantém uma história sem fim, que os faz participar da própria ilusão
desse mundo.
Sem medo é extremamente simples: não
haveria mundo, no sentido em que vocês o percebem, no sentido em que o vivem,
como única realidade possível.
Como foi dito por inúmeros Anciões,
em definitivo, a última Dualidade, assim como o último Si resumem-se em dois
opostos e contrários, e é a última visão do ponto de vista limitado: o medo ou
o Amor, porque o Amor Absoluto não é o amor humano que está, sempre, em
ressonância com o medo (e subjacente, de maneira permanente).
O medo apenas existe, justamente,
porque há separação, porque há o sentimento de estar separado, dividido e,
portanto, em definitivo, o medo é apenas a expressão ligada à mão colocada da
Ilusão sobre a Verdade.
Se vocês dão corpo aos seus medos, se
os aceitam, se os vivem (tanto no saco mental como no saco de alimento), esse
medo é o que lhes venda o Amor e a Luz.
Todo medo é, em definitivo, apenas o
reflexo da falta de Amor e de Luz.
O medo não é, unicamente, uma Sombra,
não é, unicamente, o que incomoda ou fere, mas é, bem mais, um princípio
constitutivo da Ilusão e do efêmero.
A refutação, por pequenos pedaços, do
que é conhecido, favorece a refutação do medo, de maneira geral, global,
coletiva, impessoal.
O medo cria, ao nível dos corpos
sutis, ao nível do que é chamada a trama de vida (o Éter Unificado), linhas
confinantes e, portanto, uma estagnação do livre movimento da Vida em vocês.
Isso supera, amplamente, o quadro dos
medos – pessoais, históricos – que lhes são próprios.
O medo, eu o disse, é uma secreção do
mental que visa fazê-los evitar, por projeções e construções, encontrar-se
confrontados a uma experiência passada de sua própria história.
Mas, por trás disso, esconde-se outra
coisa, que supera, amplamente, o âmbito de sua história, de suas vidas passadas
(elas também, ilusórias), e que os mantêm em estratégias que visam evitar-lhes
reencontrar o mesmo medo.
Mas vocês apenas farão, toda sua
vida, sob uma forma ou sob outra, reencontrar, sistematicamente, os mesmos
medos.
Nenhuma estratégia de evasão pode
transcender e refutar o medo: apenas no modo de ver, de aceitar seus medos, ou
seja, de aceitar vê-los.
Nenhuma explicação, mesmo de seu
histórico, apresenta o mínimo interesse, porque vocês não podem, no Conhecido,
opor-se ao que os mantêm no confinamento.
Porque são estratégias que não podem resolver-se, uma vez que elas recorrem à ação e à reação permanentes, existentes na ilusão.
Porque são estratégias que não podem resolver-se, uma vez que elas recorrem à ação e à reação permanentes, existentes na ilusão.
Crer, supor ou aderir ao fato de que
essa é a única realidade (quaisquer que sejam os sistemas de conhecimento que
vocês levem a efeito, quaisquer que sejam suas percepções que vocês afinam),
são, em definitivo, apenas ilusões.
Reconhecer isso é reconhecer que
nenhum conhecimento pode superar qualquer ilusão.
Aí está como vocês devem sair dela,
em relação aos medos.
Se há medo, mesmo se, em seu ponto de
vista, isso não vem de vocês, mas de circunstâncias históricas, isso nada
mudará.
Enquanto há identificação a qualquer
preservação da ilusão, nenhuma Liberdade pode aparecer na experiência da
consciência, ou seja, do «Eu Sou» ou do «Eu sou UM» e, é claro, isso é ainda
mais difícil para ser o que vocês São.
Questão: é possível ser Absoluto,
definitivamente, na forma que se está?
Aquele que é Absoluto é, portanto, um Jnani, ou seja, um Liberado Vivo.
Ele não recusa a vida desse corpo.
Ele não recusa a vida da
personalidade, mas seu ponto de vista não é mais o mesmo.
Ele não está mais submisso à Ilusão.
O que quer que se torne esse corpo, o
que quer que se tornem os pensamentos, o que quer que se torne a personalidade,
ela não é mais, de modo algum, concernida, efetiva e realmente, pela vida desse
saco.
É claro, isso não é uma negação da
vida ou uma recusa da vida, porque é, efetivamente, nesse saco – mental e de
alimento – que existe o que vocês são, de momento.
Ser Absoluto com forma faz,
justamente, desaparecer, definitivamente e de maneira cada vez mais flagrante,
todo medo, toda interrogação e todo questionamento.
Isso se junta ao que os Anciões e as
Estrelas nomearam a Transparência, ou seja, deixar-se atravessar, inteiramente,
pela Luz; não mais ver-se e não mais viver-se como pessoa, como caminho, como
medo, como localização, justamente, na Ilusão.
O Absoluto é um reconhecimento
formal.
Aquele que ali está não pode nem
explicá-lo, nem racionalizá-lo: ele pode apenas fazer dele seu próprio
testemunho.
Mas, em todo caso, a certeza da
Verdade Absoluta é inscrita, de maneira indelével, naquele que, de maneira
temporária, pode permanecer – continuar confinado – nesse corpo ou que tenha
acesso ao que vocês nomearam a Existência.
Isso não faz qualquer diferença.
Aquele que é Absoluto, seja em outro
corpo, em outra consciência encarnada, em outro Sistema Solar, no próprio
Absoluto, não vê qualquer diferença, o que explica que esse corpo pode
desaparecer, que esse mental desaparecerá, mas que isso não pode mais
interferir, de maneira alguma, com aquele que é Liberado.
Isso não faz cessar a vida, mas
Libera a Vida.
Essa Liberdade não pode, de modo
algum, ser suposta, imaginada, criada de maneira artificial, porque o Absoluto,
mesmo em uma forma, demonstra-lhes o que vocês São.
Nenhuma Ilusão, nenhum carma – que
concerne apenas à personalidade – pode atingir o Liberado Vivo.
Ele não transforma o princípio de
efêmero desse saco, mas, em todo caso, aquele que é Absoluto não pode mais ser
afetado, de maneira alguma, por outra coisa que não o que ele É, ou seja, Amor
e Luz.
Nenhum sofrimento, nenhuma doença
pode fazer desaparecer o que foi estabelecido e mesmo o «Eu Sou», mesmo o Si,
está totalmente consciente disso, embebido, penetrado.
Toda a diferença está aí.
O que quer que se torne esse saco, o
que quer que se torne esse mundo, o que quer que se tornem os pensamentos, o
que quer que se tornem as relações e as interações, aquele que é Absoluto é a
Verdade.
E essa Verdade é Absoluta, porque não
inserida em uma das camadas da cebola, que mostra a ver a camada de cima e a
camada de baixo.
O Absoluto percorre, livremente, as
camadas da cebola, inteiramente, como um jogo, ao mesmo tempo sabendo – porque
o vive – que não há cebola.
Isso é muito difícil de perceber, de
conceituar pela consciência.
É, mesmo, impossível, uma vez que
apenas quando há extinção total de todo sentido de ser um corpo, uma forma, uma
vida, um caminho, um espírito é que cessa o princípio de identificação à
ilusão.
Isso não pode deixar qualquer
incerteza.
A incerteza é o ilusório.
A certeza é o Absoluto.
É claro, visto do exterior, por
aquele que está, ainda, na personalidade, ou que vive o Si, mas não o Absoluto,
isso não pode existir.
E, para ele, isso não existe.
Daí podem vir todas as cogitações, as
interrogações, as dúvidas, os equacionamentos daquele que é o Si.
O Absoluto não é mais uma questão.
O Absoluto, mesmo em uma forma, é o
fim dos sistemas de conhecimentos.
Aquele que é Absoluto é ignorante de
todo conhecimento.
Ele é, verdadeiramente, o
Conhecimento com «C» maiúsculo, ou o Liberado Vivo – o Jnani – porque nenhum dos sacos – tanto físicos como sutis – pode
mais impor ou ditar reflexos, quaisquer que sejam os níveis nos quais se situem
esses reflexos que se inscrevem, definitivamente, na ação e na reação.
Aquele que é Absoluto, para além dos
marcadores ilusórios presentes nesse corpo, não pode mais ser afetado pelo que
quer que seja.
Isso não é desviar-se da vida, mas
Ser a Vida: não aquela limitada entre o nascimento e a morte, nem em qualquer
reencarnação, mas, efetivamente, na Verdade, não, unicamente, do Instante
Presente (ou Aqui e Agora), mas bem além, ao nível da Eternidade e do Éter
Liberado que vocês nomeiam o ponto ER.
Há, portanto, um deslocamento da
Consciência do Si – representada pelo que vocês chamam o chacra do Coração – a
uma zona que lhe é imediatamente superior, que é o que vocês nomeiam a Porta
ER.
Porque o Coração não tem necessidade
de cabeça.
Porque o Coração é a evidência final,
que os devolvem à Verdade da Imortalidade, para além de toda consciência, de
toda forma, de todo papel ou de toda atribuição uma função para além da forma.
Viver isso permite, como vocês sabem,
realizar, à vontade, a Passagem entre a personalidade, o Si e o Absoluto.
Vocês são, ao mesmo tempo, aquele que
atua na cena de teatro.
Vocês são, ao mesmo tempo, o
observador e a testemunha que está sentada na poltrona, mas vocês são, também,
aquele que sabe que o teatro não existe.
Vocês não dependem mais de um centro
localizado (o saco de alimento ou sua história), mas vocês São o Centro em todo
Centro.
No Absoluto não existe qualquer
diferença de percepção entre o Silêncio e a palavra, porque a palavra tornou-se
o Verbo.
E o Verbo não é, unicamente,
palavras, mas, efetivamente, a característica – maior e essencial – da Morada
de Paz Suprema.
É, justamente, o momento em que não
existe mais – no saco mental, como na ilusão do mundo – necessidade de procurar
sentido, necessidade de procurar uma explicação, necessidade de qualquer
linearidade de tempo ou, ainda menos, justificação do que quer que seja.
Isso desencadeia, se se pode dizê-lo,
essa famosa certeza absoluta, não como crença, não mais como experiência, mas,
efetivamente, Revelação Final, além de qualquer Passagem, da natureza essencial
do que nós Somos, além da consciência.
Questão: o efeito Vibratório de
escutá-los pode exercer-se em sono profundo?
Assim como eu disse: dormir, apagar-se desse mundo (no sono sem sonho, sem pesadelo, sem consciência pessoal ou do «Eu Sou»), é Absoluto.
Assim, portanto, o sono profundo, do
mesmo modo que nada compreender do que eu pude dizer é, já, uma muito grande
etapa entre as últimas etapas.
O que eu digo tem um sentido.
Esse sentido visa saturar, fazer
descarrilar o mental e o saco, colocando, de algum modo, em suspenso, a Ilusão.
É, exatamente, o que pode produzir-se
escutando, não minhas palavras, mas minha voz, em meditação ou em sono
profundo.
A compreensão é – e continuará – uma
etapa.
A incompreensão é uma etapa ainda
mais evoluída.
O adormecimento é a penúltima etapa.
E, é claro, nada compreender e nada
apreender do que eu digo permite à Transparência tocá-los.
É o instante no qual a Consciência do
Si percebe que, de algum modo, ela nada tem e que só o observador do Si faz
prosseguir a cena de teatro.
Uma vez que isso é visto, não se
coloca mais, jamais, a questão de compreender o que quer que seja.
O saco de alimento e o saco mental
vão continuar a dizer, a respeitar as obrigações, as regras de dirigir um
automóvel, as regras, quaisquer que sejam.
Mas vocês não estão mais sujeitos às
regras, não porque rejeitaram as regras, mas porque, aí também, seu ponto de
vista não é mais aquele de uma pessoa, nem de uma personalidade, nem do Si.
A dificuldade é que, efetivamente, no
funcionamento da consciência – quer ela seja separada ou unificada – aparecerá,
sempre, a noção de projeção em uma experiência.
Mas vocês não são a experiência.
Enquanto vocês não tenham apreendido
isso, enquanto não tenham feito sua essa Verdade, pela vivência, vocês
permanecem separados.
O silêncio, o sono são, se pudesse
exprimir-me assim, o melhor dos yogas, porque vocês não dão tomada a nada: nem
à vontade de viver experiências, nem a uma vontade de meditação, nem a uma
vontade de ação, nem ao que quer que seja que tenha uma tradução e uma
aplicação no efêmero.
Quando vocês apreendem que o que foi
chamado o Abandono à Luz, a Fluidez da Unidade, a Sincronia e o Absoluto,
quando eles estão aí, regem sua vida – mesmo nesse saco – segundo o que foi
nomeada a Graça.
Mas como vocês querem viver a Graça,
enquanto querem ter o que quer que seja?
É impossível.
É claro, o mental vai dizer-lhes que
é o inverso.
Ele vai fazê-los crer, com inúmeras
justificações e raciocínios, que vocês devem, efetivamente, continuar a manter
as coisas, que é preciso, efetivamente, continuar a viver.
É aí que vocês são enganados, porque
esse gênero de estratégia, acoplada ao medo, impedi-los-á, sistematicamente, de
ser Absoluto.
Ela os confinará no «Eu Sou» que é,
efetivamente, uma etapa essencial, mas não é um objetivo.
Enquanto vocês consideram isso como
um objetivo, vocês estão sujeitos – mesmo na Graça, vivida nessa consciência –
ao princípio da Ilusão.
A maior dificuldade é, justamente,
além de toda compreensão racional, apreender o alcance do que representa o
Abandono do Si, vivê-lo e realizá-lo.
É o que tentaram mostrar-lhes todas
as Irmãs e Irmãos que viviam a Unidade.
E, além do processo da Unidade,
alguns deles viveram o que vocês nomearam Shantinilaya,
a Morada de Paz Suprema.
Mas isso não impede a vida na Ilusão,
mesmo se o mental e o orgulho espiritual vão fazê-los crer que é impossível: é
o papel deles.
Então, é claro, dito com outras
palavras, isso poderia chamar-se a Humildade e a Simplicidade, mas não a humildade
e a simplicidade do orgulho espiritual que quer apagar-se, mas, efetivamente,
aquele que é, realmente, vivido pela Transparência total e cujos sinais lhes
são conhecidos.
A Transparência não será, jamais, uma
convenção social, uma convenção moral, que obedece às regras da Ilusão, mas,
efetivamente, o que está além de todo estado.
E, quando vocês ali estão, não podem
nem enganar-se, nem serem enganados.
Não se esqueçam, jamais, de que é
sempre o mental, os pensamentos e a alma que os levam a sempre mais projeção,
ideal de Amor e de Luz, mas que não podem, em definitivo, jamais, estar
totalmente presentes, enquanto isso permanece inscrito em um ideal ou uma
projeção de Amor e de Luz.
Porque vocês não podem projetar, no
que vocês São e no exterior, qualquer Amor, qualquer satisfação, porque isso
permanece e continua projeções.
Aquele que é Absoluto é Amor, para
além de qualquer contingência, de qualquer referência, de qualquer confinamento
e de qualquer ilusão.
Em que teria ele necessidade de
qualquer justificação, por seu próprio mental ou por outro olhar, qualificado
de exterior, em qualquer Irmão ou Irmã que fosse?
Quando vocês descobrem seu status, que é Absoluto, não têm mais
necessidade de projetar o que quer que seja (nem ideal, nem Amor, nem Luz, nem
o que quer que seja), porque se tornaram a Fonte de si mesmos, que se situa bem
além desse saco, bem além de suas interações, bem além de sua vida aqui, sobre
a Terra.
Vocês são a Vida, vocês não são mais
sua vida.
É profundamente diferente porque, sua
vida pertence-lhes?
Aí está a ilusão, enquanto a Vida,
vocês a São.
Mas, para Sê-la, não é preciso mais
que haja sua vida.
Apreendam, efetivamente, o «não é
preciso mais», não como uma crença a adotar, ainda menos uma experiência a
efetuar, mas, sim, uma renúncia, total e absoluta, a tudo o que é efêmero.
Enquanto vocês se têm à sua pele (em
todos os sentidos desse termo), vocês estão presos.
Como foi dito, todo o que vocês
imaginam ter – em qualquer nível que seja, e de maneira definitiva – terá
vocês, sempre.
Então, é claro, o ego vai dizer-lhes
que vocês não podem abandonar tal coisa ou tal coisa, mas ele os engana.
Quem fala de abandonar o que quer que
seja?
Por qual razão um Absoluto com forma
teria que abandonar o que quer que fosse?
A frase chave – além da refutação – é
a mudança de ponto de vista.
Mas não um ponto de vista como uma
ideia ou uma crença, mas, bem mais, um deslocamento, do observador, primeiro
(que se encontrou), e o próprio desaparecimento do observador, ao mesmo tempo
deixando esse saco de alimento, esse saco de ideias e as interações da vida na
Ilusão desenrolar-se.
Isso, eu creio, foi nomeado – em todo
caso, no Ocidente – a Divina Providência.
Vocês são capazes disso?
Isso não demanda coragem, nem uma
decisão qualquer.
Não há qualquer caminho para isso,
qualquer evolução para isso, qualquer espiritualidade para isso, mas apenas
estabelecer-se nisso.
E isso não pode ser uma experiência,
o que quer dizer que vocês não podem experimentar isso como o Si e voltar
depois, tranquilamente, ao saco.
É, como foi dito, essa espécie de
transformação final, que conduz à não consciência, à não separação e, eu diria,
mesmo, mais longe, À transcendência do «Eu Sou UM», que os faz descobrir a
natureza de quem vocês São.
Como eu disse: o que é que vocês
sabem do que Eram, antes de nascer?
O que é que sabem do que São, após a
morte?
Vocês têm apenas fragmentos, seja
segundo suas próprias experiências ou suas próprias leituras.
Mas, enquanto permanecem
compartimentados em uma forma – mesmo a mais ampla possível: um Sol – vocês
são, ainda, projetados.
O Absoluto não pode, em caso algum,
ser uma projeção do que quer que seja, porque esse centro do Centro, mesmo se
haja movimento da Vida, sempre esteve aí, em todos os pontos e, portanto,
imóvel.
É a roda do Samsara que os faz crer que vocês eram uma sequência lógica de
encarnações, que deve responder, permanentemente, à lei de ação e de reação.
Isso é uma crença para os trapaceiros
espirituais.
O Absoluto nada é de tudo isso.
Questão: após ter escutado no momento
do adormecimento, tive perdas seminais, mas não ligadas a uma atividade sexual.
O Absoluto é um Êxtase e um Íntase.
O que acontece, ao nível do que eu
havia chamado – em minha encarnação – os Pés do Senhor, ou seja, o que vocês
nomeiam, hoje, a Onda de Vida, é claro, atravessa os lugares nos quais estão
situados, nesse saco, os diferentes medos.
Os medos têm uma ressonância direta
com o sexo, mas o sexo sem sexo.
Isso quer dizer que podem existir, e
é, frequentemente, o caso, fenômenos de êxtase que tomam sua fonte,
efetivamente, ou nos Pés do Senhor ou ao nível do primeiro chacra.
Isso pode induzir o que você nomeia «perdas
seminais», que são, de fato, evacuações, aí também, de alguns programas, de
alguns quistos, enquistamentos ligados ao medo da morte que representa o sexo.
O sexo, até prova em contrário – além
de todo prazer e de todo gozo – é, certamente, o órgão o mais capaz de manter a
ilusão e o sonho coletivo, através do que vocês chamam a fecundação.
Assim, portanto, viver um Êxtase –
que, no entanto, não pode revelá-lo completamente ou, então, revela-o, ou,
então, sobrevém, permanentemente – é apenas o reflexo, ao nível do saco de
alimento, da revelação – se se pode dizê-lo – de sua própria natureza.
Esse processo não é nem uma contaminação
noturna, nem um sonho (no sentido fantasia), mas é, realmente, uma alquimia que
pode produzir-se – tanto no homem como na mulher – sem qualquer estimulação
sexual.
Ouvir minha voz pode – pela Vibração
e ressonância – empurrá-lo, quando da ocultação da consciência comum ou do Si,
a deixar esse saco viver o que ele tem a viver.
Essas perdas seminais, que existem,
também, nas mulheres (mesmo se isso porte outro nome), é apenas o reflexo da
ação da Onda de Vida.
Se meu órgão vocal desencadeia isso,
então, perfeito!
Questão: a subida da Onda de Vida
pode provocar dores como cãibras, ao nível das pernas?
Isso é possível.
Pode, também, ser ligado não a
resistências, mas, bem mais, à intensificação do Absoluto da Terra.
Contudo, esses processos de cãibras ou
outros – ao nível das pernas – não deve atrair sua atenção ou sua ação.
Aí também, aproveitem do que se
manifesta no saco, não para estar na negação da dor, mas, efetivamente, vê-la
pelo que ela é: naquele momento, não é mais uma negação, é passar ao observador
ou a testemunha.
A passagem ao observador e à
testemunha é, certamente, uma etapa importante, que lhes permite não mais serem
afetados pelo que acontece na cena de teatro.
Prossigamos.
Questão: a Comunhão, de Presença a Presença,
com uma Consciência Absoluta, permite-nos ser Absoluto?
Nenhuma consciência pode ser Absoluta, uma vez que é, justamente, o desaparecimento da própria consciência que realiza, se se pode dizê-lo, o Absoluto.
Como foi dito pelos Arcanjos: estabelecer
Comunhões pode mostrar-lhes, de maneira velada, o Absoluto.
Pode-se dizer que o conjunto de
processos que lhes foram detalhados por aqueles que se ocupam de vocês, há
muito tempo, é um convite para ir além (ndr: as Consciências de outros Planos
Dimensionais de que vocês encontram as intervenções, em especial, na rubrica «mensagens
a ler»).
Os processos chamados deslocalizações
que, justamente, fazem-nos mudar de olhar e de ponto de vista são, certamente, estimulantes
para o Abandono à Luz.
Porque, quando de uma Comunhão com um
Irmão ou uma Irmã, com o que é chamado, comumente, um Duplo, qualquer que seja,
pode-se dizer, efetivamente, que há como que uma prévia de desaparecimento.
É, justamente, esse desaparecimento
da própria consciência que é favorecido, mas que vocês sozinhos podem encadear.
As resistências ao encadeamento são
apenas ignorância: o que vocês nomeiam, de seu ponto de vista, seus próprios
conhecimentos de si mesmos, de sua história, de suas vidas passadas, de suas
crenças, de suas ideias e de seus quadros.
Enquanto um dos elementos assim
nomeados está presente, vocês apenas permanecem na prévia.
É renunciando e refutando tudo isso
que vocês podem viver o Absoluto.
Mas, é claro, é, talvez, mais fácil
passar por essa Infinita Presença – sem que haja, realmente, uma passagem –
para ser Absoluto.
Do mesmo modo que vocês podem aderir
às doutrinas da Unidade, sem viver dela, de maneira alguma, a quintessência.
Qual será a diferença entre aquele
que projeta o Absoluto e aquele que é Absoluto?
Aquele que projeta o Absoluto pode
viver o Si, pode sentir as Vibrações, mas ele recairá, sempre, na dúvida e na
interrogação.
Aquele que é estabelecido no Absoluto
não pode estar sujeito, de maneira alguma, a qualquer interrogação que seja.
É claro, podem restar interrogações
sobre o tempo que vai fazer amanhã, mas, em caso algum, sobre a natureza de
quem ele É.
Questão: como fazer para não mais
sentir-se impotente e poder avançar?
O que é que se sente impotente?
O que é que quer avançar?
Avançar para onde?
Para ir onde?
Não há lugar algum para onde ir.
Todo movimento de um ponto a outro da
consciência mantém a ilusão.
O sentimento de impotência, a
necessidade de avançar é apenas o reflexo da ação do medo ou do Si.
Dormir ou morrer é Absoluto.
É o mental discursivo – aquele da
razão e das ideias – que vai fazê-lo avançar, que vai fazê-lo crer que você é impotente.
Substitua a palavra «impotente», por
«ignorância».
Se você reconhece sua ignorância
quanto ao que corresponde ao fato de querer avançar ou crer avançar, então, é,
já, um grande passo porque, quem mais além do ego crê avançar?
É claro, o tempo avança e sua vida
desenrola-se.
Mas nenhum elemento dessa vida,
nenhum avanço pode existir, exceto para o efêmero.
É, justamente, se você se tem
tranquilo, nesses momentos, e não tem complacência ou submissão com esse
sentimento de impotência, se você aceita que o fato de avançar nada quer dizer
(e, de fato, o faz recuar), se você vê isso claramente (sem portar julgamento,
sem condenar, sem procurar reagir, simplesmente, ser o observador), então, você
constatará, muito rapidamente, que algo para de avançar, que algo muda, sem que
tenha havido a expressão da mínima vontade pessoal, do mínimo desejo pessoal.
E, aí, você se terá próximo do final,
não antes.
Enquanto você encara que é preciso
eliminar essa impotência, enquanto encara que deva avançar para um objetivo,
você faz apenas afastar-se de seu próprio objetivo, porque não há objetivo.
Tudo isso são apenas jogos da
consciência, chamados os Leilas.
Mas esses Leilas não têm qualquer sentido.
Eles são apenas distrações,
ocupações, cujo único objetivo é o de impedi-lo de viver o que você É.
E, no entanto, a maior parte dos
seres humanos nutre a própria vida dessa esperança, dessa ideia de avançar,
para ir a algum lugar.
A maior das potências é, já,
reconhecer sua impotência, total, a toda ideia, a todo pensamento, a todo
conhecimento, a toda vivência apta a desencadear o que quer que seja mais que
não outra ilusão.
Se você vê isso claramente, então, o
ponto de vista mudará por si mesmo, sem que você tenha que buscar ou procurar o
que quer que seja.
Essa forma de capitulação, eu repito,
não é uma renúncia ao que quer que seja, a não ser, justamente, ao fato de
aderir a isso como, não ilusões, mas a verdade.
Enquanto você se submete, a si mesmo,
a esse gênero de crença ou a esse gênero de experiência, você não pode ser
Livre.
E você não pode, em consequência, de
modo algum, Liberar-se.
Porque tudo o que é conhecido deve
ser Liberado.
E Liberar-se de tudo o que é
conhecido é, já, aceitar sua própria ignorância, uma vez que nenhum efêmero –
seja sua personalidade, seja esse saco de alimento, seja o Si – não permanece,
uma vez que você tenha passado ao outro lado das portas da morte.
Para que isso lhe serviria?
O que você fará de seu kundalini, quando esse corpo não existir
mais?
O que você fará do Fogo do Coração,
quando esse corpo tiver desaparecido?
É preciso ir ao coração do Coração.
Não é mais nem o Fogo do Coração, nem
a Coroa Radiante do Coração, nem as Três Lareiras, nem mesmo o Canal do Éter,
nem mesmo o Manto Azul da Graça: é além.
Nós lhes mostramos uma escada.
Vocês viram as barras, vocês subiram
a escada.
Vocês devem aceitar, agora, que não
há escada e que não há ninguém que suba essa escada.
Aceitar e viver isso é o Absoluto.
Questão: por que manter o saco de
alimento em vida, quando se é Liberado?
Toda ação que vise fazer desaparecer esse saco faz apenas reaparecer a ilusão porque, se você dá interesse e se quer por fim à ilusão, suprimindo um saco de alimento, de um modo ou de outro, você cria para ele outra existência.
A ilusão apenas deve ser Vista.
Bater-se contra uma ilusão faz apenas
reforçá-la.
Portanto, querer considerar intervir
no saco de alimento, de uma maneira ou de outra, apenas pode prejudicar e
reforçar a ilusão.
Aquele que é Absoluto não se importa
com o desaparecimento, ou não, do saco de alimento: ele não é mais uma fonte de
aborrecimentos, nem uma fonte de preocupações.
Nem mesmo o mental pode vir a ser uma
causa de preocupação.
Aí está toda a diferença com aquele
que é Absoluto, que jamais consideraria pôr fim a esse saco de alimento antes
de seu fim natural.
Não que ele ali tenha prazer ou
desprazer, mas porque, real e concretamente, seu ponto de vista e seu olhar
nada mais têm a fazer com qualquer limite.
Toda a diferença situa-se nesse nível.
Aquele que não é Absoluto vai dizer
que isso é absurdo.
E, do ponto de vista dele, limitado e
relativo, é, efetivamente, absurdo.
Não há possibilidade de passagem ou
de comunicação.
Enquanto não há Abandono total do Si,
o Absoluto não pode estar.
Portanto, mesmo no Si, cujo orgulho
pode vangloriar-se, há, necessariamente, o medo, há, necessariamente, de algum
modo, a vontade de aderir a uma ilusão qualquer.
Mas, àquele que é Absoluto na forma,
jamais lhe viria ao espírito, não poderia, jamais, aparecer uma ideia sobre o
sentido, mesmo, da existência desse saco.
Um dia, ele apareceu, um dia, ele
desaparece.
O que aparece, desaparece.
O que desaparece, reaparecerá, sob
uma forma ou sob outra.
Só o que É, além de todo Ser, além de
todo «Eu Sou», além de toda consciência não aparece, não desaparece, não se
desloca.
Como eu disse, o Absoluto não é uma
busca, e ele não pode ser uma busca.
Enquanto vocês buscam, enquanto
procuram, vocês estão na ilusão, porque toda busca, mesmo a mais louvável,
mesmo a mais honrosa é apenas um medo da morte e uma busca – em outro lugar que
não aí onde ela está – da imortalidade.
A imortalidade não pode estar
compreendida em uma forma.
Vocês estão sobre esse mundo, vocês
ali apareceram, vocês ali agiram, vocês ali procuraram.
Mudar de olhar e de ponto de vista é
não mais estarem submetidos, de maneira alguma, a esse corpo, a essa vida.
Isso não é uma recusa da vida, ou uma
interrogação sobre o sentido da vida, uma vez que, justamente, não há mais
dependência a uma forma, mas, efetivamente, uma forma de transubstanciação de
toda forma, como de toda consciência.
Questão: será preciso chegar à
passividade?
Enquanto há ação, dirigida pela pessoa ou pelo Si, há ilusão.
Falar de passividade volta a
entender, no que você diz, que há atividade e passividade.
O Absoluto não é nem passividade nem
atividade: é, justamente, a perda de toda identificação ao que quer que seja,
uma vez que falar de passividade, como de atividade faz apenas referir-se à sua
pessoa, no ego ou no Si, mas à sua pessoa.
Ora, a expressão que havia sido
empregada: "ficar Tranquilo", quer, efetivamente, dizer o que isso
quer dizer (ndr: ver, em especial, sobre esse tema, a intervenção de UM AMIGO,
de 2 de julho de 2012).
Você pode «ficar Tranquilo» estando
tanto passivo como ativo.
A passividade não é uma demissão de quaisquer
dos aspectos de sua vida: ainda uma vez, é o olhar que muda, o ponto de vista,
e não o fato de ser ativo ou passivo.
Porque a atividade, como a
passividade, remetê-los-á a um movimento.
Ficar Tranquilo não se importa com o
movimento: é, de imediato, colocar-se onde vocês podem considerar outra coisa: é
colocando-se na Infinita Presença.
Não lhes é pedido para serem legumes,
mas, efetivamente, nada mais serem de tudo o que lhes é conhecido, ou seja, que
seu olhar, seu ponto de vista não esteja mais situado em lugar algum na ilusão.
Isso não quer dizer nem estar ativo,
nem estar passivo, isso não quer dizer permanecer em algum lugar e nada fazer.
É mudar de olhar.
Mudar de olhar não pode fazer-se
enquanto vocês olham com os mesmos olhos, com o mesmo pequeno buraco dos
óculos, que corresponde à sua vida.
O Absoluto com forma pode, de maneira
não hierarquizada, passar anos em Maha
Samadhi ou em Shantinilaya, como
exercer as atividades as mais frustrantes e as mais desvalorizantes para a
personalidade.
Em um caso como no outro, o Absoluto
não pode ser afetado, porque não há diferença entre Shantinilaya e limpar banheiros: a consciência não está mais nem
nos banheiros, nem em Shantinilaya.
Vocês são tributários do olhar,
porque fazem uma diferença entre limpar os banheiros e viver a Paz Suprema.
Vocês podem muito bem, no Absoluto,
fazer exatamente a mesma coisa, no mesmo estado, como fazer coisas
diametralmente opostas sem perder o que quer que seja.
Questão: o que se chama um inocente –
por exemplo, uma criança sempre contente, mas que não parece muito inteligente –
é Absoluto?
Isso foi dito no Ocidente: «felizes os simples de espírito, porque eles não conhecem o pecado».
Então, mesmo se isso tenha conotação
religiosa, aquele que é Transparente em uma forma, qualquer que seja essa
forma, não é mais, jamais, separado do que quer que seja.
Foi dito, também: voltar a tornar-se
como uma criança, ou seja, a Espontaneidade, o Instante Presente, que permitem
viver o «Eu Sou».
Mas é preciso prestar atenção para
não ser subjugado pela ilusão do «Eu Sou»: o que restará do «Eu Sou», quando
esse corpo não existir mais?
Mesmo se exista outro Corpo, um
conjunto de Corpos, dos quais um que pode ser o Duplo, ou o Corpo de
Existência, ou qualquer que seja esse Duplo.
Isso é destinado, simplesmente, a
fazê-los viver que vocês não São nem esse corpo, nem qualquer outro corpo, uma
vez que vocês podem ser não importa qual outro corpo.
O que é que muda, nesse caso?
Enquanto é a consciência que se
desloca, há Si, ou Última Presença.
Assim que vocês cessam qualquer
identificação a qualquer forma, vocês São Absoluto.
Isso não impede de viajar, sem
deslocar-se, de forma em forma, mas vocês sabem, pertinentemente, que vocês
nada São de tudo isso.
Porque todas essas formas, todas
essas consciências são apenas projeções, separadas ou unificadas, de algo mais:
da FONTE, em um primeiro tempo, mas a própria FONTE é apenas uma emanação d’Ela
mesma, no Absoluto.
É essa palavra que foi empregada,
Duplo, que é destinada a mostrar-lhes e não a fazê-los buscar qualquer Duplo,
mas o Duplo chega a vocês.
Por sua vacuidade, pelo fato de ficar
Tranquilo, pelo fato de nada procurar, porque vocês compreenderam que nada há a
procurar, que nenhuma experiência pode levá-los ao que vocês São.
É a ilusão suprema crer que um
sistema de conhecimentos ou de experiências vai levá-los ao Final.
Vocês não podem ser levados ou
conduzidos ao Final por quem quer que seja, nem mesmo por si mesmos, porque é,
justamente, esse si mesmo que desaparece quando o Absoluto está aí.
E ele sempre esteve aí.
Questão: para que serve, então, a Merkabah?
Para construir a escada.
Para iluminar, de maneira diferente,
a cena de teatro como o teatro.
Para fazê-lo tomar consciência de que
você não Está na cena, que você não É nem ator, nem mesmo espectador.
É uma estrutura de Vibração que, como
toda Vibração, é uma emanação do Absoluto.
Não como emanação ou projeção, como
para a consciência, mas, efetivamente, planos – se posso empregar essa palavra –
do Absoluto.
Questão: é, verdadeiramente, grave,
se o Absoluto não vem a nós?
Mas ele não tem que vir.
Considerar que ele deva vir é, já, um
erro.
Exprimir isso: considerar que algo
deva vir coloca-o, de imediato, à distância do que você É.
O que pode ser grave, na ilusão?
Exceto aquilo ao que você se tem,
qualquer que seja esse apego.
O que é que considera que seja grave?
Se não é o lugar no qual você se
situa?
Então, mude de lugar.
E não considere isso como um
deslocamento, ou um movimento: não é nem um, nem o outro.
Esse mundo é Maya, o tempo é Maya, portanto,
como é que isso poderia ser grave, de outro modo que não concebido e percebido
pela pessoa?
Você pergunta se isso é grave.
Do mesmo modo, se se olha o que vocês
conhecem, a personalidade e o Si: aquele cuja vida é voltada, unicamente, ao
efêmero e ao ilusório – portanto, na personalidade – vai procurar, de uma
maneira como de outra, uma forma de satisfação, qualquer que seja o domínio.
Com mais ou menos intensidade, mais
ou menos acuidade, segundo um programa, que é o programa da alma e do carma.
Aquele que realiza o Si – que vive as
Coroas Radiantes, os diferentes elementos, os diferentes sinais e estigmas do
Despertar – é um louco, para aquele que corre atrás dos próprios desejos.
Qual dos dois tem razão?
Nem um, nem o outro.
Aquele que está no Si vai considerar
que é grave agir de tal modo ou de tal outro modo.
Do mesmo modo que aquele que está na
personalidade, mesmo a mais equilibrada, vai considerar que aquele que lhe fala
do Instante Presente e da não separação é um louco.
E ele terá razão.
Porque vocês não mudam de ponto de
vista.
E tudo o que não entra em seu ponto
de vista, em seu quadro de referência é dele excluído, de ofício.
Portanto, nada há de grave, exceto
para aquele que crê nisso.
Questão: no momento do Choque da
Humanidade, todo mundo vai Ascensionar?
Tudo está Liberado.
Como foi dito pelo Comandante (ndr:
O.M. AÏVANHOV), e é, certamente, a melhor frase: «não são vocês que
desaparecem, é o mundo».
Vocês não podem desaparecer no que
vocês São.
O que aparece e desaparece é esse
corpo, esse saco de alimento e esse saco mental, que é delimitado pelo
nascimento e a morte.
Tudo é Liberado, onde quer que vocês
estejam: na pessoa como no Si, como Absoluto.
Agora, o mais importante, é deixar o
outro ser o que ele quiser.
Vocês não poderão convencer ninguém,
vocês não poderão levar ninguém.
Portanto, a questão do que é nomeada
a Ascensão é uma resposta à geometria variável.
Em nome de quê, se você quer sair de
férias na montanha, você levaria todo mundo à montanha?
Há quem prefira o mar.
Respeitem isso: cada um de vocês é
Livre.
A melhor resposta é esta: o que
desaparece é o mundo, não são vocês.
A consciência que joga, qualquer que
seja esse jogo, em uma relação íntima, nos jogos de sua tela de vídeo, é o
mesmo jogo, é a satisfação de uma curiosidade.
É o próprio sentido da falta, que está
presente na não atualização do Absoluto Final.
Mas, quando o Absoluto Final está aí,
vocês veem, claramente, a Verdade.
E a única Verdade, que não sofre
exceção, é a Liberdade de cada um, de ir para onde quiser, de pensar como
quiser, de crer no que ele quiser, de agir e de interagir em todas as outras
ilusões.
O princípio da Liberação foi-lhes
explicado, foi-lhes dado a viver, através da Unidade e do Si, através da Última
Presença e dos diferentes marcadores.
Mas, também, eu lhes dei alguns
elementos que devem permitir-lhes, se é sua Liberdade e sua escolha, Ser
Absoluto.
Prossigamos.
Não temos mais perguntas,
agradecemos.
Então, BIDI saúda-os.
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do texto e cite sua fonte: http://www.autresdimensions.com/.
1 - O Absoluto percorre, livremente, as camadas da cebola, inteiramente, como um jogo, ao mesmo tempo sabendo – porque o vive – que não há cebola. 2 - O Absoluto não é mais uma questão. O Absoluto, mesmo em uma forma, é o fim dos sistemas de conhecimentos. Aquele que é Absoluto é ignorante de todo conhecimento. 3 - Como vocês querem viver a Graça, enquanto querem ter o que quer que seja? É impossível. 4 - Vocês são a Vida, vocês não são mais sua vida. É profundamente diferente porque, sua vida pertence-lhes? Aí está a ilusão, enquanto a Vida, vocês a São. Mas, para Sê-la, não é preciso mais que haja sua vida. 5 - Se você reconhece sua ignorância quanto ao que corresponde ao fato de querer avançar ou crer avançar, então, é, já, um grande passo porque, quem mais além do ego crê avançar? 6 - A maior das potências é, já, reconhecer sua impotência, total, a toda ideia, a todo pensamento, a todo conhecimento, a toda vivência apta a desencadear o que quer que seja mais que não outra ilusão. 7 - Nós lhes mostramos uma escada. Vocês viram as barras, vocês subiram a escada. Vocês devem aceitar, agora, que não há escada e que não há ninguém que suba essa escada. Aceitar e viver isso é o Absoluto. 8 - Vocês não podem ser levados ou conduzidos ao Final por quem quer que seja, nem mesmo por si mesmos, porque é, justamente, esse si mesmo que desaparece quando o Absoluto está aí.
ResponderExcluir"Como eu disse, o Absoluto não é uma busca, e ele não pode ser uma busca.
ResponderExcluirEnquanto vocês buscam, enquanto procuram, vocês estão na ilusão, porque toda busca, mesmo a mais louvável, mesmo a mais honrosa é apenas um medo da morte e uma busca – em outro lugar que não aí onde ela está – da imortalidade."
Gratidão imensa!
ResponderExcluirBárbara
"Aquele que é Absoluto é, portanto, um Jnani, ou seja, um Liberado Vivo.
ResponderExcluirEle não recusa a vida desse corpo. Ele não recusa a vida da personalidade, mas seu ponto de vista não é mais o mesmo.
Ele não está mais submisso à Ilusão.
"Ser Absoluto com forma faz, justamente, desaparecer, definitivamente e de maneira cada vez mais flagrante, todo medo, toda interrogação e todo questionamento.
Isso se junta ao que os Anciões e as Estrelas nomearam a Transparência, ou seja, deixar-se atravessar, inteiramente, pela Luz; não mais ver-se e não mais viver-se como pessoa, como caminho, como medo, como localização, justamente, na Ilusão.
"O Absoluto é um reconhecimento formal. Aquele que ali está não pode nem explicá-lo, nem racionalizá-lo: ele pode apenas fazer dele seu próprio testemunho.
"Isso desencadeia, se se pode dizê-lo, essa famosa certeza absoluta, não como crença, não mais como experiência, mas efetivamente, Revelação Final, além de qualquer Passagem, da natureza essencial do que nós somos, além da consciência."