Mensagem publicada em 17 de abril, pelo site AUTRES
DIMENSIONS.
Bem, caros Amigos, estou extremamente
contente por reencontrá-los.
Eu lhes transmito todas as minhas
Bênçãos, todo o meu Amor e venho, como de hábito, para tentar trocar com vocês,
ver se vocês têm questões palpitantes a colocar-me.
Então, eu os escuto, como de hábito.
Vamos trocar juntos.
Questão: de onde vêm os sonhos?
É uma projeção ou outra coisa?
Então, aí, cara Amiga, os sonhos podem ser de diferentes naturezas: eles podem ser, como dizer..., secretados, criados pelo mental.
Eles podem ser intuitivos.
Eles podem ser ligados às atividades
que foram vividas na véspera.
Há múltiplas origens dos sonhos.
Mas eles são ligados a um estado
específico da consciência – que se chama o estado de sonho – que não é mais
real do que o que vocês vivem aqui, nesse mundo.
E, no entanto, através dos sonhos (como
através de sua vida, do conjunto de coisas que se produz em sua vida, como em
seus sonhos), há, sempre, elementos que podem aportar informações, iluminar.
Mas eu não posso dizer-lhe de onde
vêm os sonhos.
Agora, talvez, um neurólogo
dir-lhe-ia que isso vem do cérebro.
É claro, é uma atividade elétrica –
como eles dizem – que se produz em seu cérebro, mas cuja origem é de numerosas
possibilidades: há sonhos premonitórios, os sonhos intuitivos, os sonhos
ligados às preocupações do momento, há os sonhos simbólicos (é claro), sonhos coloridos,
sonhos em preto e branco, sonhos que não têm nem pé nem cabeça (nem corpo,
aliás).
Há diferentes tipos de sonhos.
É claro, não é sempre fácil saber de
onde eles vêm.
Questão: a que pode corresponder, por
exemplo, o fato de sonhar que alguém morre?
Aí também, não há uma única explicação.
Ver alguém morrer pode ser profético
ou anunciador da morte da pessoa.
Mas, geralmente, não é isso, exceto
para alguns Irmãos e Irmãs que têm o hábito de ter esse gênero de sonhos.
Ou há pessoas que são habituadas a
que se previna da morte de parentes ou, então, de pessoas conhecidas.
Mas, geralmente, isso assinala ou uma
transformação para essa pessoa, ou essa pessoa tem relações com vocês (ou
coisas a resolver com vocês).
Mas, para o mesmo sonho, eu diria
(para o mesmo conteúdo do sonho), não há um único significado, porque isso
depende, profundamente, de circunstâncias nas quais o sonho produz-se.
E depende, também, eu diria, da forma
de abertura da pessoa que vive esse sonho.
Portanto, não há 1 + 1 = 2.
Isso não existe com os sonhos, mesmo
se, é claro, grandes psicólogos tenham tentado escrever sobre a simbologia dos
sonhos.
Mas, mesmo essa simbologia dos
sonhos, não tem um único pró e um único contra.
Pode haver muito numerosas
explicações.
Há, também, seres que sonham muito e,
outros, em todo caso, que não se lembram de seus sonhos.
Eu os lembro de que os povos – a que
nós chamamos, nós, ocidentais, de primitivos – chamam a vida, um sonho.
Questão: onde estamos, durante o
espaço dos sonhos?
Você está em sua cabeça.
Questão: e, portanto, não no Absoluto?
Não.
O sono, como lhes diria Bidi, é o
Absoluto.
Mas o sonho, certamente, não.
É uma atividade que, qualquer que
seja o sonho (mesmo se vocês sonham com paisagens fantasmagóricas, que não
existem nessa realidade), aproxima-se, sempre, de uma atividade do mental,
qualquer que seja esse nível (quer seja um mental intuitivo, quer sejam emoções
ou contrariedades do dia anterior).
Mas o sono não é o sonho.
Eu a remeto, para isso, ao que havia
sido explicado, há algum tempo (faz mais de um ano, agora), sobre os quatro
estados da consciência: o estado de vigília, o estado de sono, o estado de
sonho e o estado Turiya.
Questão: Assim como se pode chamar
MARIA, MIGUEL, os Anciões, pode-se chamar a Fonte?
Você e a Fonte são UM.
Portanto, chamá-la é pôr em
ressonância, em você, certa estrutura.
Nós especificamos, efetivamente, que
vocês podiam chamar Entidades, com, ainda, uma forma.
A Fonte não tem mais forma.
O que quer dizer, assim, que, no
Canal Mariano, apenas pode apresentar-se o que eu chamei de uma Entidade de
Luz, ou seja, as Estrelas, ou seja, Nós, Anciões (você pode chamar-me, também,
eu virei, não se inquiete), ou, então, Arcanjos, porque há, ainda, certo
antropomorfismo, certa qualidade Vibratória específica, ligada à forma (o que
não é mais o caso com a Fonte).
Questão: enquanto se sonha, não se
está no Absoluto?
Absolutamente.
Você sai do Absoluto.
Nenhum sonho pode pretender ser
Absoluto.
É excessivamente raro manifestar
sonhos, para um ser humano – como diria Bidi – que é Absoluto em uma forma.
Ou, então, não é mais um sonho, mas é
um estado de descorporação, de viagem na Existência, eventualmente.
Mas a lembrança nada tem a ver: não é
mais um sonho.
Aquele que é Absoluto não tem mais
necessidade de secretar sonhos, de maneira alguma.
E, aliás, se seus cientistas tivessem
conseguido agarrar Bidi e fazer nele um eletro (como vocês chamam isso: que
mede as ondas cerebrais?), vocês teriam se apercebido de que havia anomalias
muito específicas, funcionamentos do cérebro profundamente diferentes.
Eu os lembro – e isso foi dito, eu
creio, por ANAEL – que existem zonas precisas, ligadas às Estrelas, que
correspondem ao cérebro.
Para viver o estado Absoluto, há
modificações consideráveis ao nível da organização do cérebro, e é visível, é
claro.
Isso não acontece em um mundo
quimérico: isso acontece nesse corpo, e transforma, obviamente, o cérebro.
Transforma, também, o coração e,
efetivamente, outras coisas (uma vez que os ciclos do sono não são mais, de
modo algum, os mesmos, a alimentação não é mais, de modo algum, a mesma, e a
necessidade do sono não existe mais).
Questão: por que esse afluxo do
mental, de pensamentos, de lembranças, pela manhã, ao acordar?
A Luz tem efeitos, por vezes (como vocês sabem, nesse momento), que elimina sombras, as últimas resistências.
Para alguns, pode ser um afluxo do
mental ou de lembranças – desagradáveis, por vezes – de seu próprio passado
dessa encarnação.
Geralmente, é isso.
Questão: quando se está absorvido na
meditação, que se esquece do espaço-tempo, o que nos faz retomar consciência?
Como lhe diria Bidi: seu saco de alimento que o chama.
Questão: o som ouvido no ouvido
esquerdo está, sempre, na mesma frequência?
Absolutamente não.
Ele modula, extremamente.
É, aliás, isso que havia sido dado
por meu Amigo JOÃO, SRI AUROBINDO, quando ele havia falado de flutuações de sons
nos ouvidos.
Eles flutuam, também, em função de
irradiações cósmicas, de irradiações solares, de pessoas que se aproximam de
vocês, de seu estado Interior.
Há numerosos sons em seu ouvido
esquerdo.
Questão: trata-se de sons que são
ligados à abertura do Canal Mariano?
Eu falava, também desses.
Eles estão em sobreposição com o que
foi chamado o Som da alma: os Nada.
O Canal Mariano é, simplesmente, a
revelação, de algum modo, dessa ampola da clariaudiência, que não está mais
voltada na horizontal, mas torna-se vertical.
Questão: o que é, quando esses sons
são ouvidos não nos ouvidos, mas, mais, no alto da cabeça?
É, exatamente, a mesma coisa.
A um dado momento, vocês poderão,
mesmo, ouvir o som de seu próprio corpo.
E eu não sei mais quem, dos Anciões –
creio que foi UM AMIGO – havia falado da difusão da Vibração, que acoplava a
Onda de Vida com o Manto Azul da Graça e que dava essa espécie de respiração
celular.
As células, também, têm sons.
Portanto, quer seja na cabeça, no
ventre, não importa onde, isso faz parte de processo normal, mesmo se não seja
mais lógico, efetivamente, ouvi-lo nos arredores do Canal Mariano.
Questão: qual é essa espécie de
ronronar, ouvido no ouvido esquerdo, quando vivi uma subida da Onda de Vida?
É ligado à Onda de Vida.
Do mesmo modo que, antes de fazer uma
saída ao corpo astral, há uma modificação de sons nos ouvidos, um tipo de zumbido.
Quando há uma saída no Corpo de
Existência, também, há uma espécie de ronronar que se produz.
É similar para a Onda de vida.
Tudo emite um som.
O problema é que o ouvido humano é
limitado (como para os olhos) em uma gama de frequências.
É claro, as transformações que vocês
têm vivido vão modificar essas gamas de frequências às quais vocês são
sensíveis.
Isso pode concernir tanto à visão: houve
o que havia sido explicado através da visão Etérea.
Há a mesma coisa ao nível dos sons.
Os chacras emitem sons, também.
Aliás, se – como lhes disse, ainda
ontem, MARIA – alguns de vocês ouvem o próprio nome, à noite (foram chamados),
e, outros, não o ouviram: o que isso quer dizer?
Que seu Canal Mariano está permeável
a essa frequência, que é a voz de MARIA.
O que não é, ainda, o caso, para toda
a Terra.
Questão: ao lado de uma pessoa em
extremo sofrimento, pode-se manifestar o poder de chamar MARIA ou outro Ser de
Luz para ela?
É muito diferente, de acordo com o caso.
Mas é preciso prestar atenção para
não recair na dualidade, na vontade de bem.
É preferível chamá-lo para si e,
naquele momento, estar alinhado, em meditação, em oração (chame a isso como
quiser), ao lado dessa pessoa.
E ela aproveitará a exata radiação
que é necessária para ela, ou não, em função do que você emite, nesse contato.
Caso contrário, vocês recaem nas
orações, nos exorcismos, nos chamados de seres para agir sobre alguém.
Tudo isso é da dualidade.
Isso não quer dizer que seja
necessário deixar o outro sofrer.
É o modo de proceder que, ou a remete
à dualidade, ou não.
Questão: se se está afastado dessa
pessoa, o que você acaba de descrever será sentido?
Será que a distância pode agir sobre a Luz Vibral?
É o quê, essa história?
Do mesmo modo que vocês podem fazer,
por exemplo, os diferentes Yogas, a Nova Aliança, estando à distância.
O que a distância tem a ver aí?
Não é a energia vital.
É a Luz Vibral.
Nós não estamos nas energias do
magnetismo, portanto, é perfeitamente possível estar do outro lado da Terra.
O espaço não existe, no sentido em
que vocês o entendem, estando encarnados.
Questão: há, ainda, muitas pessoas
que fazem orações junto a pessoas em sofrimento.
Pode ser, também, importante proceder
diferentemente?
É muito importante proceder diferentemente.
Mas vocês não podem impedir as
pessoas de fazer orações para a Terra, para a cura da Terra, para a cura de uma
pessoa.
Se vocês fossem, verdadeiramente,
Absoluto, não teriam qualquer vontade de trocar o que quer que fosse, uma vez
que vocês são Absoluto.
Deixem cada um viver seu caminho para
o que ele é.
É claro, o sofrimento chama a
compaixão, chama a empatia e chama, sobretudo, a ação (seja para si ou para
alguém outro).
Mas tudo depende, como diria Bidi, de
seu ponto de vista, ou seja, de sua consciência.
A partir do instante em que vocês
querem fazer o bem, que agem, unicamente, na vontade de bem, vocês se afastam
da Unidade e afastam-se do Absoluto.
O Absoluto, digamos, é o Bem Final,
porque há uma Transparência tal, que a Luz não encontra qualquer obstáculo,
qualquer resistência e qualquer personalidade.
Então, naquele momento, a Luz age pela
Inteligência dela, mas não pela inteligência humana que, em seu orgulho
desmesurado, vai crer que, pondo a Luz sobre uma pessoa, por sua vontade
egoica, ela vai curar alguém: isso não existe.
É preciso ter chegado ao nível da
mestria – como o CRISTO e como tantos outros – para expulsar os demônios em
nome da Luz, não estando na dualidade.
É toda a problemática, se querem, do
que vocês chamam a New Age, na qual o
mundo tem a impressão de que vai poder enviar a Luz por toda a parte.
Mas o que é que vocês enviam,
realmente, se não é sua própria projeção de Luz?
Tudo depende de qual é seu objetivo.
Mas apreendam, efetivamente, que, de
algum modo, ou vocês mantêm a dualidade bem/mal (ação/reação), ou estão na Ação
de Graça.
O CRISTO, por exemplo, havia dito: «quem
me tocou?».
E a mulher foi curada porque havia
tocado o CRISTO.
Será que o CRISTO havia emitido
qualquer intenção?
É profundamente diferente, quanto às
consequências e quanto ao estado daquele que trabalha (ou que é o objeto
disso).
Agora, façam como quiserem.
Se sentem que, para vocês, é preciso
enviar a Luz à Terra, façam-no.
Se sentem que é preciso pedir a MARIA
para curar tal pessoa, façam-no.
Mas tudo o que vocês fizerem pode
apenas ser ditado por sua consciência.
A questão que há a colocar-se, é: por
que vocês estão na compaixão, quando um ser humano sofre?
Por que vocês querem enviar a Luz à
Terra?
O que é que, em vocês, quer isso?
Então, sei, é claro, todo mundo vai
responder: o Amor, fazer o bem etc...
Mas, por trás disso, o que é que há?
Em qual jogo vocês jogam?
Cabe a vocês definir (e jogo, eu
preciso, como não sou Bidi, j-o-g-o, hein?).
Questão: o que é o íntase e como se
manifesta em nosso corpo?
O que é o íntase?
Primeiro, etimologicamente, é o
inverso do êxtase.
O íntase é um estado profundo de
absorção no Absoluto.
Isso lhes foi contado, por exemplo,
por MA ANANDA MOYI (ou, também, por HILDEGARDE DE BINGEN), há muito tempo.
O íntase é um estado de absorção tal,
da consciência, que não pode existir mais qualquer manifestação da consciência
exteriorizada.
Não há, mesmo, mais irradiação de
Luz.
A pessoa, como dizer..., como que
abandonou esse corpo.
O que explica, por exemplo, que,
nesse caso, o corpo pode ser, completamente, aparafusado ao solo.
Não se pode despregá-lo do solo,
porque a consciência extraiu-se, inteiramente, da ilusão.
Isso é o íntase.
Ao nível do corpo, não há mais
qualquer percepção.
Questão: o que quer dizer: Eu sou o
Caminho, a Verdade e a Vida?
É muita metafísica, isso.
É o CRISTO, que é suposto de ter dito
isso, e Ele disse: «Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida».
O que quer dizer que Ele exprimia,
através disso (ou, como quando Ele dizia: «Eu sou o Alfa e o Ômega», é a mesma
coisa), é que, imitando o CRISTO, vocês se tornam como Ele.
Agindo, no Amor, como o CRISTO,
dizendo a Verdade, dizendo o que é a vida, mostrando o Caminho, Ele pôde dizer:
«Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida».
Não como seguir um Mestre, mas,
simplesmente, imitando-o, ou seja, tornando-se como Ele.
E tornar-se Ele, aliás, para alguns.
Lembrem-se: KI-RIS-TI é o Filho
Ardente do Sol.
É o Logos Solar.
É CRISTO/MIGUEL, para além do
personagem histórico.
É, como dizer..., uma espécie de
molde energético e um plano energético, no qual vocês vão identificar-se, para
além, é claro, da pessoa.
E, naquele momento, vocês são o
Caminho, a Verdade e a Vida.
Não porque vocês fazem belas
palavras, não porque tratam de tal pessoa ou expulsam demônios: porque vocês se
tornaram, totalmente, Transparentes.
Nada há, em vocês, que pare a Luz,
porque vocês não existem mais, como pessoa.
Ou Absoluto, se preferem.
Questão: BIDI precisou que não se é
os sofrimentos, essa personalidade.
Mas, no quotidiano, sou confrontado a
medos, a aspectos de minha personalidade.
Isso quer dizer, simplesmente, que você não é Absoluto.
Porque, se você é Absoluto, você pode
morrer, pode sofrer, pode viver não importa o quê: você não é afetada.
O que é afetado, sempre e sempre, é a
personalidade.
Se você está na personalidade,
sofrerá, sempre, você terá emoções o tempo todo.
Se você é Absoluto, as emoções fazem
apenas passar.
Você não está mais instalada nesse
corpo, está, totalmente, presente, eu diria, no Universo (é uma representação).
Mas, o que acontece em sua vida, o
que acontece a esse corpo não pode mais perturbá-la.
Se você é perturbada, é que está em
sua personalidade: é tão simples assim.
A vida de muito numerosos místicos,
de muito numerosos santos (no Oriente e no Ocidente) mostrou-lhes isso, de modo
evidente.
E o próprio Bidi, quando estava
encarnado, teve um câncer que dá muita dor, mas ele jamais sofreu.
Eu repito: o que quer que os afete, o
que é afetado, é a personalidade, sempre.
Quando a consciência está na Última
Presença, ou quando há – como ele diz, já – não consciência.
Não, não não-consciência, mas quando
vocês são Absoluto ou Último, o que acontece a esse corpo, o que acontece ao
que você nomeia esse concreto, não pode perturbar o que você É.
E, aliás, não há razão alguma para
que o quotidiano seja afetado pelo que quer que seja, quando você é Absoluto,
uma vez que, naquele momento, há tal Transparência, que não pode haver qualquer
sofrimento.
Pode haver fadigas, pode haver,
ainda, humores, mas, em caso algum, o concreto pode desenrolar-se e provocar
alterações do que você É.
Se há uma alteração do que você É, é,
simplesmente, que é a personalidade.
Questão: portanto, concretamente,
nessa vida quotidiana, como superar os medos?
Nada se pode fazer.
É, efetivamente, o que eu disse.
Ou você se põe na personalidade, ou
você não é mais a personalidade.
Mas reflitam bem: se, em sua vida,
você exprime um medo ou algo que a perturba, o que é que exprime esse medo?
O que é que exprime essa
contrariedade ou que a perturba?
É, obviamente, a personalidade.
Aquele que está em Samadhi (e que está na Morada de Paz
Suprema), não pode, mesmo, ser afetado por uma dor (a mais violenta que seja).
Não pode haver a surpresa.
E, ainda uma vez, eu lhe digo: não há
qualquer razão para que isso se manifeste.
Isso foi dito: o medo é o obstáculo
principal para o Absoluto.
Se vocês manifestam medos, não podem
ser Absoluto.
É impossível.
Portanto, o concreto (como você diz),
o quotidiano (como você diz), se esse quotidiano a afeta, a perturbação, o que
é que está perturbado, se não é a personalidade?
O Absoluto não pode ser perturbado
pelo que quer que seja, mesmo em uma forma.
Há exemplos numerosos.
E místicos, podia-se queimá-los.
Podia-se fazer não importa o quê,
eles permaneciam nesse estado específico.
Portanto, concretamente, nada há a
fazer: ou você sai da personalidade, ou você ali permanece.
Portanto, o objetivo não é não ver o
que está aí, mas ser Transparente porque, quando você é Transparente, nada pode
afetar essa Transparência, o que quer que se desenvolva em sua vida.
Portanto, se existem medos, se
existem resistências, o que isso quer dizer?
Que a personalidade está aí.
Lembrem-se: vocês não podem
permanecer na personalidade – qualquer que seja, mesmo a mais equilibrada – e viver
o Absoluto: isso não é possível.
Enquanto há essa revolução da
consciência (que os conduz à Presença, ao Eu Sou, à Última Presença), vocês
serão afetados.
Por que Maria falou-lhes, sem parar,
da palavra Paz?
Quantas vezes foi pronunciada essa
palavra Paz, ontem?
A Paz não é algo que se vá tentar
cultivar, não vendo os problemas, negando-os, ou o que quer que seja.
É algo que se estabelece em si, que
faz com que haja essa famosa Transparência.
Mas, enquanto você se tem em sua
própria vida, enquanto se tem em sua própria pessoa (isso foi dito, de
múltiplos modos, há vários meses), enquanto você crê que tem uma história, uma
profissão, um emprego, uma função, você não é Absoluto.
É preciso soltar tudo isso.
Isso não quer dizer, eu repito,
abandonar o trabalho, abandonar a família.
Como disse BIDI, é mudar de ponto de
vista.
Naquele momento, a Transparência
instala-se, mas não antes.
Portanto (sobretudo hoje), se restam,
em vocês, medos, apreensões, interrogações, se vocês querem ali aportar uma
solução (o que é lógico): vocês vão comportar-se na dualidade (qualquer que
seja a expressão do que os incomoda, quer isso lhes concirna ou concirna a
alguém que está em seu ambiente).
Vocês não podem Abandonar-se
(Abandonar-se à Luz, Abandonar a personalidade) e, ao mesmo tempo, querer agir
nessa personalidade.
É lógico, não?
Está aí o dilema no qual vocês são
confrontados.
E há apenas uma única solução (isso
foi dito e repetido): Humildade, Simplicidade, Desidentificação, Refutação etc.
etc...
O Samadhi,
a Última Presença, o Absoluto não são fugas da realidade (ou do concreto), é
uma Transcendência total do concreto, não pela vontade pessoal, não por uma
reação, mas por um estado de Ser – ou um estado de não Ser – para o Absoluto.
Enquanto vocês procuram uma solução
na personalidade, vocês não resolverão a equação da personalidade.
É tão simples assim.
Então, CRISTO havia dito: «Busquem o
Reino dos Céus e o resto ser-lhes-á dado em acréscimo».
É, estritamente, a Verdade.
Questão: se se atinge esse estado de
Paz, isso impede os estados de doença?
Por qual razão?
Esse corpo é mortal.
Em contrapartida, qualquer que seja a
perturbação, a doença, as contrariedades ou outros, a consciência – e a
Entidade – que está aí, não é mais, de modo algum, afetada.
É uma questão de sensibilidade.
Há seres que são hipersensíveis ao
nível do coração, do corpo: eles vão ter uma pequena dor, vão pôr-se a gritar.
Há pessoas que são muito resistentes:
elas vão sentir a dor, mas nada vão manifestar.
E, depois, há aqueles que são
Absoluto ou na Última Presença: «sim, bem, uma dor está aí, e então?».
É a identificação ao corpo que é
responsável pela dor e pelo sofrimento, nada mais.
E, eu repito, isso não quer dizer que
seja preciso renegar o corpo.
A Paz é isso.
E, quando foi explicada a Morada de
Paz Suprema (Shantinilaya), quando
Maria falou, ontem, de Paz, e tudo o que foi dito por UM AMIGO sobre «ficar
tranquilo».
Isso vocês vão poder verificar por si
mesmos, com o que vai balançar.
É fácil falar de espiritualidade, falar
de Vibração, quando tudo vai bem.
Mas, quando tudo vai mal, o que é que
acontece?
Será que vocês são capazes de
permanecer na mesma Paz ou não?
Se sim, então, vocês estão na Última
Presença ou Absoluto.
Se vocês estão contrariados ou
afetados, ou no medo, ou no sofrimento, ou na emoção, isso quer dizer que,
simplesmente, a personalidade está, ainda, na dianteira da cena.
Questão: após um regime monástico, a
vontade toma-me, de repente, de comer o que eu não comia, de hábito.
O que eu faço, não querendo parecer o
que eu não sou?
É da ordem da resistência ou é outra
coisa?
É, unicamente, da ordem da personalidade.
Como diz essa pessoa, ela fez um
regime monástico, o que quer dizer que ela mesma fechou-se em regras, esperando
que, fechando-se nessas regras, isso ia, como por acaso, desaparecer.
O natural voltou a galope.
Como vocês dizem: «expulse o natural,
ele volta a galope».
Tudo aquilo a que vocês vão opor-se,
com a personalidade (é a mesma questão de há pouco, em relação às imposições ou
às contrariedades da vida comum), tudo o que vocês vão querer preparar,
antecipar, controlar, vai explodir-lhes na cara, cada vez mais.
Então, está ótimo, para a vida 3D, até
o presente, controlar as coisas, prevenir as coisas, preparar, antecipar.
Mas isso era bom para manter uma aparência
de segurança.
Mas a verdadeira segurança não está
aí.
Isso faz apenas traduzir medos.
E aquele que se contraria por um
regime monástico, assim, encontra-se confrontado a quê?
Ao retorno da manivela [reação].
Mas é normal.
Retenham, efetivamente, que todo
excesso – qualquer que seja – tem por base a personalidade.
Toda privação, também.
A espontaneidade do comportamento, a
espontaneidade da consciência exprime-se diferentemente, justamente, de acordo
com o que se agiu através da personalidade ou conforme se esteja na Última
Presença, na Paz ou no Absoluto.
A diferença é flagrante.
Quando vocês são Transparentes,
Absoluto, Última Presença, quando estão na Presença, o que é que foi dito?
Que é a Ação de Graça, a Divina
Providência (vocês a chamem como quiserem), a Inteligência da Luz que vai reger
sua vida.
Portanto, em nome de que vocês
agiriam pela personalidade?
Cabe a vocês ver.
E isso será cada vez mais evidente e
violento.
À época, eu falava de colocar sob o tapete,
vocês se lembram.
Depois, eu disse: «retirou-se o
tapete».
Agora, é cada vez mais evidente.
Se algo se manifesta em sua vida, o
que quer que se manifeste em sua vida, primeiro, apreendam – mesmo se vocês não
o compreendam – que é, sempre, para ir para a Luz, mesmo se o elemento que se
desencadeia pareça-lhes horrível (eu já disse isso, há pouco tempo, há apenas
um mês).
Mas, hoje, mais do que nunca, a Luz
está cada vez mais intensa.
Portanto, ou vocês deixam fazer a
Luz, que não quer dizer renunciar à sua vida, mas tornar-se Transparentes à sua
própria vida.
Então, é claro, a Luz não vai fazer
um cheque em seu lugar.
Mas, se vocês vão ao que nós havíamos
dito há anos: a Fluidez da Unidade, a Sincronia, se vocês estão na confiança,
no Abandono da personalidade, para além do Abandono à Luz, é claro que sua vida
vai desenrolar-se sem qualquer contrariedade.
Mas, se vocês resistem, o que é que
vai acontecer?
Isso vai tornar-se cada vez mais
complicado.
Portanto, em resumo: ou vocês são,
ainda, uma pessoa submissa à personalidade, ou vocês não são mais uma pessoa.
E o que diz essa pessoa é
perfeitamente exato: ela controlou, dirigiu sua vida, por um regime monástico
(eu creio, ela disse), para aperceber-se de que tudo lhe explodiu na cara.
E ela encontra boa consciência,
dizendo: «Oh, bem, é preciso deixar fazer, é a Luz».
Não, não é a Luz, isso: é a
personalidade.
Questão: a personalidade é um
elemento, apesar de tudo, útil?
Por exemplo, as pessoas no fim de
vida podem desenvolver mais Paz para sua passagem, se colocam atos ligados à
personalidade, como gerir sua herança?
Mas útil para quem e para quê?
Para a herança, sim.
É um problema de personalidade,
concorda?
É uma paz ilusória.
O que vocês não apreendem,
verdadeiramente, é que: quem controla?
É a personalidade ou o que vocês São,
em Verdade?
Quem dirige esse saco de alimento (como
diria Bidi)?
Seu mental, sua pessoa ou o que vocês
São, em Verdade?
As implicações, as consequências não
são, de modo algum, as mesmas.
A paz de que você fala é a
organização de seus negócios.
Qual relação com o Absoluto, uma vez
que, de qualquer modo, esse saco – como você diz – está morrendo para essa
pessoa?
Ela parte com a consciência
tranquila, como se diz.
Mas de qual paz trata-se?
Se vocês buscam a paz da
personalidade, vocês nada têm a fazer aqui.
A Paz de que fala MARIA nada tem a
ver com esse gênero de paz.
Eu espero, pelo menos, que vocês
apreendam isso.
Quer você regularize seus negócios ou
não, isso nada mudará no desaparecimento da personalidade, estamos de acordo.
Isso mudará, sempre, algo, para
aqueles que permanecem, sobretudo se eles estão na personalidade, eles também.
Não se fala das mesmas coisas, aí.
A Paz espiritual nada tem a ver com a
paz da pessoa.
Aquele que é Absoluto – e que está na
Morada de Paz Suprema – não é, em caso algum, concernido pela morte desse
corpo, nem pelo sofrimento, eu disse.
É profundamente diferente.
Questão: as famílias espirituais
existem, unicamente, ao nível da alma ou podem existir, também, ao nível da
Essência?
Absolutamente não.
As famílias espirituais podem ser,
por exemplo, ressonâncias de linhagens ou de referências, de origem estelar.
Mas é tudo.
A noção da palavra família é
extremamente limitante.
Então, efetivamente, há alianças,
digamos (familiares, se se pode dizer), entre diversas origens estelares, com
óperas cósmicas, digamos.
Mas tudo isso é extremamente limitado
em relação ao Absoluto, uma vez que o Absoluto não reconhece separação.
Ao nível do Absoluto, não há, mesmo,
mais linhagem, não há, mesmo, mais origem estelar.
Agora, é a vocês que cabe
estabelecer-se onde querem.
Eu repito, há apenas uma que é
verdadeira, e a outra, que é falsa.
É uma Verdade que está em diferentes
níveis.
E o que está em um nível é verdadeiro
para aquele que ali está, mas não é verdadeiro para aquele que ali não está.
E isso não é, absolutamente,
contraditório.
Prestem atenção a essa noção de
família espiritual.
Havia, também, uma história de
família de almas.
É muito engraçado encontrar almas
irmãs, pessoas com quem se crê que se teve coisas lá em cima etc. etc...
Mas, frequentemente, são álibis.
Não se esqueçam de que as leis que
regem o Universo, ao nível dos Mundos Unificados, não têm qualquer correlação
possível com as leis desse mundo.
Portanto, enquanto vocês são baseados
na experiência e na vivência do que conhecem, nesse mundo, vocês fazem apenas
transpor aos outros mundos.
Não é assim que funciona.
Aliás, a problemática do ser humano,
quando ele morre, é de crer que ele vai continuar a fazer as mesmas coisas.
Então, ele não leva seu dinheiro, ele
não leva seu marido ou sua mulher, ele não leva seus filhos nem sua casa: o que
é que ele faz?
Ele vai reproduzir a mesma coisa do
outro lado.
Ele não saiu da ilusão, nem do
albergue (entre aspas).
Mas tudo isso vai mudar, uma vez que
vocês sabem: vocês são, todos, Liberados.
Mas não confundam as coisas: a
palavra Paz, a Paz espiritual, Shantinilaya,
nada tem a ver com a consciência tranquila (como o exemplo de há pouco, de pôr
seus negócios em ordem, para partir tranquilo).
Não temos mais perguntas,
agradecemos.
Em todo caso, eu lhes agradeço muito por todas as suas questões, que são sempre muito enriquecedoras para aqueles que ouvem e lerão essas conversas.
Portanto, eu lhes transmito todas as
minhas Bênçãos, todo o meu Amor.
Fiquem bem.
Até breve.
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por fazer do mesmo modo. Se você deseja divulgá-las, reproduza a integralidade
do texto e cite sua fonte: http://www.autresdimensions.com/.
1 - Lembrem-se: vocês não podem permanecer na personalidade – qualquer que seja, mesmo a mais equilibrada – e viver o Absoluto: isso não é possível. 2 - A Paz não é algo que se vá tentar cultivar, não vendo os problemas, negando-os, ou o que quer que seja. É algo que se estabelece em si, que faz com que haja essa famosa Transparência. 3 - Vocês não podem Abandonar-se (Abandonar-se à Luz, Abandonar a personalidade) e, ao mesmo tempo, querer agir nessa personalidade. 4 - Portanto, em resumo: ou vocês são, ainda, uma pessoa submissa à personalidade, ou vocês não são mais uma pessoa. 5 - Ao nível do Absoluto, não há, mesmo, mais linhagem, não há, mesmo, mais origem estelar. 6 - Não se esqueçam de que as leis que regem o Universo, ao nível dos Mundos Unificados, não têm qualquer correlação possível com as leis desse mundo.
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