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15 de set. de 2011

IRMÃO K – 15 de setembro de 2011

Mensagem publicada em 16 de setembro, pelo site AUTRES DIMENSIONS.


Áudio da Mensagem em Francês

Link para download: clique aqui


Eu sou IRMÃO K.
Irmãos e Irmãs encarnados, queiram receber todas as minhas homenagens.
Estou encarregado, hoje, de desenvolver um dos Quatro Pilares do Coração, em ressonância com a Porta Unidade.
Esse Pilar é aquele chamado Humildade e eu venho exprimir-me sobre o que é esse conceito, de ser Humilde.

Convém, primeiro, compreender que essa palavra Humildade tem a mesma raiz que a palavra humano, cuja raiz, por sua vez, é a palavra húmus.
O que é o húmus?
O húmus é a camada fértil de um solo, na qual se desenvolve a vida.
O humano é, portanto, um princípio que está na vida, numa carne.

A Humildade decorre, portanto, dessa compreensão e dessa aceitação da vida.
Essa compreensão e essa aceitação dessa camada de vida, presente na terra e presente no humano, tem suas próprias leis.
Essas leis, que pertencem ao que se convencionou chamar o humano, essa humanidade, esse humano que se inscreve num âmbito preciso de vida, inscrito entre um início e um fim.
Âmbito de vida que pode definir-se (como vocês sabem) em todos os setores que vocês experimentam na encarnação.

Esse princípio de vida está inscrito, é claro, vocês sabem, bem além do humano, em tudo o que constitui os Universos, as Dimensões: tanto num átomo, que tem sua própria vida e sua própria Consciência, até a escala de um Sol que tem, ele também, sua própria vida e sua própria Consciência.

O humano é, portanto, o que vai experimentar o húmus, ou seja, uma forma de vida que é específica de certo número de regras, certo número de limites e de leis que são dependentes, eu diria, do meio no qual essa vida desenvolve-se e manifesta-se.

Isso pode ser ilustrado pelo princípio fundamental descrito na Bíblia: «tu és pó e tu voltarás ao pó».
O pó faz parte, indiscutivelmente, dessa noção de húmus.

Em que ser Humilde, viver sua Humildade e viver sua humanidade pode conduzir a aceitar e a viver a Unidade?
Isso se junta, também, como vou mostrar-lhes, às frases do CRISTO que dizia que «vocês estão nesse mundo, mas vocês não são desse mundo», que esse corpo pertence, de maneira irrefutável e lógica, a esse corpo da Terra, mas que o que o anima e o que é chamado a vida ou princípio de vida não se importa com essa origem Terrestre.
É como se, de algum modo, vocês se servissem de um veículo: a Consciência tomaria uma vestimenta que é chamada o corpo físico e os diferentes corpos presentes na superfície da Terra constituídos, eles também, diretamente, em ressonância com as leis da Terra.

Ser humano conduz à Humildade e conduz à Unidade.
Para isso, é necessário saber reconhecer, de algum modo, que a vida que vocês vivem sobre esta Terra – e que nós todos vivemos – inscreve-se entre um início e um fim.

É claro, a Consciência não se inscreve nesse início e nesse fim, mesmo se ela participe e seja parte, de algum modo, desse início e desse fim (o início chamado o nascimento ou antes do nascimento, e o fim, chamado a morte).

A Unidade apenas pode ser obtida e vivida se houver uma aceitação total da humanidade do humano.
Isso quer dizer que deve ali haver uma aceitação de limitações presentes nesse corpo de carne.
O que não quer dizer que seja necessário contentar-se com isso.

O que eu quero dizer com isso é que é necessário, já, aceitar tudo o que as condições de vida lhes dão a viver para, justamente, poder transcendê-las.

A Transcendência da humanidade e do húmus não está na negação do húmus, mas, efetivamente, na própria Transcendência do que é o humano e a humanidade.
E não pode haver Transcendência (ou, se preferem, Redenção ou, ainda, Despertar ou Acordar, ou Realização, quaisquer que sejam as palavras que se empregue) enquanto não houve aceitação, total, das próprias condições desses âmbitos de vida.
Esses âmbitos de vida não são feitos para permanecer assim.
Eles são feitos, efetivamente, para ser transcendidos.
Mas apenas se pode transcender algo que se aceitou, porque algo que seria rejeitado, no princípio da vida do húmus e do humano ou da humanidade não poderia ser transcendido, uma vez que a Transcendência (a Ascensão, assim como vocês a nomeiam hoje) apoia-se, justamente, na existência de um corpo físico limitado: como isso lhes foi dito e anunciado, esse corpo é o Templo no qual se realiza a Ascensão.

Assim, portanto, não pode haver acesso à Unidade enquanto não haja humanidade, ou seja, enquanto não haja aceitação dos princípios limitantes e condicionantes desse mundo.

Eu lhes disse, há algum tempo, que era necessário aprender a liberar-se do Conhecido, para viver a Autonomia e a Liberdade, que pertencem ao Desconhecido (ndr: ver, em especial, as canalizações de  IRMÃO K de 1º de abril e de 3 de julho de 2011 , na rubrica «mensagens a ler» de nosso site).
Mas esse Desconhecido deve apoiar-se, para transcendê-lo, no Conhecido.
Isso quer dizer que vocês não podem refutar ou negar sua vida, em todos os seus componentes, e aceder à Transcendência.
Isso pode ser dito de outro modo: quer dizer que deve haver uma Plenitude total e uma Lucidez total do que é sua vida, nesse espaço e nesse tempo limitado, para poder esperar viver a Transcendência.

Assim, aceder à Unidade, absolutamente, não é uma negação da vida, mas, efetivamente, uma transformação do âmbito da vida em algo que era finito, permitindo aceder ao Infinito.
O Infinito, nesse mundo encarnado, apenas pode definir-se a partir do momento em que há uma aceitação do finito porque, sem finito, há vagueio, há Ilusão, assim como o que lhes é proposto pelo que são chamadas as forças astrais, o que lhes é proposto pelos tempos do sono, por exemplo.
Assim, viver a Consciência Unitária apoia-se na consciência dualitária, a fim de transcendê-la.
Não pode haver, de qualquer forma, uma negação da Dualidade.
Se vocês negam a Dualidade e se estão na negação de sua própria vida (quaisquer que sejam os elementos que lhes são apresentados), vocês não podem, paradoxalmente, desvencilhar-se, desapegar-se e viver, portanto, o Abandono à Luz ou o acesso à Unidade.

O paradoxo é que o humano, para viver essa Unidade, deve redescobrir sua humanidade e tornar-se (ou ser) Humilde.

Então, agora, resta definir o que é: ser Humilde.

Ser Humilde é, já, aceitar, não num sentido de dependência, mas, bem mais, num sentido de Transcendência e de Lucidez, o âmbito que lhes fornece sua própria vida e o corpo que lhes fornece sua própria vida.
Quaisquer que sejam as circunstâncias desse corpo, qualquer que seja a idade desse corpo, quaisquer que sejam as doenças desse corpo, vocês apenas podem encontrar a Transcendência e a Unidade através desse corpo.

Assim, a Unidade não é uma negação da vida na Dualidade, mas, realmente, sua Transcendência, de algum modo, seu ponto de apoio, que vai permitir revelar a Multidimensionalidade e, portanto, o acesso à Luz.

A Unidade apenas pode ser vivida quando há uma plena consciência da Dualidade, em todos os seus componentes, em todos os seus elementos, que os conduzem a viver o que já foi desenvolvido, ou seja, a Transparência (ndr: ver a canalização de UM AMIGO, de 13 de setembro, rubrica «mensagens a ler»), mas, também, poder passar essa Porta da Infância.

Vocês não podem passar essa Porta da Transparência e da Infância se não se apoiam nessa noção de Humildade, ou seja: reencontrar a humanidade, aceitar ser limitado, não em sua consciência, mas no âmbito de vida que vocês vivem e que vive sua consciência no espaço da encarnação.

Em outros termos, não pode haver acesso à Unidade por qualquer fuga de circunstâncias próprias que são sua vida.
Não pode haver, tampouco – e aí está todo o paradoxo – transformação dessa Dualidade em Unidade, aplicando as leis da dualidade.
Isso quer dizer, também, que a lei de ação/reação é assim feita, que é permanente, que se manifesta em todos os fatos e gestos da consciência humana confinada nesse corpo e nessa Dimensão.

O confinamento, de qualquer forma, necessita da tomada de consciência total e da Lucidez total desse âmbito no qual vocês estão prisioneiros.
E vocês apenas podem reconhecer a prisão se aceitam que estão na prisão e se dela conhecem, de alguma forma, os contornos, as leis e as aberturas.
Enquanto não há reconhecimento de sua humanidade e, portanto, desse princípio de confinamento, vocês estão condicionados por essa Dualidade e não podem, de modo algum, dela sair.

O paradoxo é, portanto, já, aceitar esse princípio de confinamento e não rejeitá-lo ou negá-lo.
É apenas explorando, inteiramente, e vendo, com Lucidez, os limites da vida nesse mundo que vocês podem esperar, através da Humildade, viver a Unidade.

A Unidade não é, portanto, uma denegação ou uma negação.
A Unidade não é uma escapada da Dualidade (assim como alguns podem compreendê-lo), mas, efetivamente, uma Transcendência do estado Dual.
Assim, portanto, a ação/reação deve ser, de algum modo, sublimada, pela compreensão de seu mecanismo final.
E não pela compreensão da totalidade de mecanismos da ação/reação, a partir do instante em que vocês aceitam que estão, de algum modo, confinados ou presos nessa forma de vida, que é uma vida confinada numa Dualidade inexorável, inscrita entre o princípio de vida (nascimento) e o princípio de morte (de outra vida).

Assim, portanto, vocês devem aceitar e aquiescer, de algum modo, a essa condição limitada, para poder aceder ao Ilimitado.
Não se acede ao Ilimitado pela negação do limitado, mas, realmente, por sua Transcendência.
Sua Transcendência que, eu repito, não pode realizar-se pela análise da ação/reação infinita e existente mesmo numa vida.

Vocês são, portanto, obrigados a conhecer e a admitir que existe um princípio limitante, confinante (sem, contudo, pôr nomes específicos, tal como isso pôde ser-lhes comunicado por alguns Anciões ou alguns Arcanjos, concernente às formas de Consciência que, prendendo-se, elas mesmas, prenderam-nos, de algum modo, e nós prendemos nesse princípio de confinamento).

Vocês apenas podem escapar de um meio aceitando as leis desse meio, não a elas submetendo-se, mas olhando-as com Lucidez, com Clareza e com determinação.

A Humildade não é, em caso algum, uma demissão dos componentes limitados da vida; não é, em caso algum, uma submissão, mas uma aceitação desses princípios que permitem, justamente, sua Transcendência.
Assim, portanto, vocês devem, num primeiro tempo, aceitar, totalmente, o princípio de confinamento, a fim de conscientizar-se dele, para poder esperar sair desse confinamento.
Enquanto vocês consideram que não estão confinados (seja segundo seus modelos afetivos, seja segundo suas adesões a alguns dogmas, a algumas crenças, a algumas religiões), vocês não podem viver e ser confrontados ao princípio de confinamento, uma vez que vocês não o veem, vocês não o aceitam e não o vivem.
Há, portanto, uma forma de conscientização, necessária, de seu âmbito de vida, através do princípio geral da encarnação, que é chamado ação/reação ou lei de carma.

Aceitar o princípio não quer dizer estudar o princípio, mas pôr como Verdade essencial, em todos os setores de sua vida, que vocês estão submissos a esse principio de ação/reação.
Assim, se vocês efetuam uma ação de tipo repreensível pelas leis sociais, há toda uma chance de que essas leis sociais ponham-nos num espaço fechado, chamado uma verdadeira prisão, desta vez.
Do mesmo modo, se vocês violam um princípio existente nesse mundo, vocês vão, obviamente, viver o que é chamada a retribuição.
Mas será, contudo, que é necessário parar e considerar que o conjunto dos Universos, das Dimensões e da Vida corresponde apenas a isso?
Esse é o grande princípio de confinamento sobre o qual se basearam, eu diria, forças opostas à Luz e à Liberdade, esperando fazê-los encontrar uma liberdade mesmo na prisão, porque uma vez que vocês tenham aquiescido e compreendido que vivem numa prisão (não rejeitando-a, não deixando de olhá-la, mas compreendendo e vivendo que é uma prisão), é apenas a partir desse momento que vocês podem Transcender, realmente, a prisão.
E vocês não podem conhecer a totalidade da prisão sem aceitar, inteiramente, a humanidade, ou seja, as regras do jogo.
Aceitar – eu repito – as regras do jogo significa reconhecê-las pelo que elas são, mas não a elas submetendo-se.
E não negá-las, tampouco, porque a negação não permite suprimir a prisão.
Há apenas mecanismos, ao nível da consciência, que permitem à consciência expurgar-se, de algum modo, aceitando a humanidade.

Em resumo, vocês não podem tornar-se Unitários se rejeitam qualquer parte da humanidade: tanto sua humanidade como o conjunto da humanidade.
Então, é claro, é mais sedutor chamar a isso: amar a seu próximo como a si mesmo.
Mas, frequentemente, a palavra amor – como vocês sabem – é conotada pela experiência que vocês viveram, os diferentes amores que vocês enfrentaram, que vocês digeriram ou recusaram ou que lhes foram recusados.

Assim, portanto, é preferível falar de consciência de amor ao invés do amor, o que permitirá evitar mau uso dessa palavra que está, necessariamente, impregnada de sua vivência.
A única coisa de que vocês estão certos, nesse mundo, é que sua vida, nessa consciência desse corpo, é limitada entre um momento que se chama o nascimento e um momento que se chama a morte.
E que, nesse confinamento, a lei que domina – visível tanto ao nível das leis físicas como das leis da família, como das leis da sociedade – chama-se, efetivamente, a lei de ação/reação.

Mas jamais foi dito que as leis de ação/reação aplicavam-se a outra coisa que não a consciência confinada.
Assim, portanto, tomar consciência do confinamento conduz à Lucidez e, sobretudo, os faz viver a Humildade, que já é aceitar o confinamento para poder esperar, portanto, dele conhecer os mecanismos, não para escapar, mas, realmente, para transcendê-los.
Assim age a consciência.
E não pode ser diferentemente.

Isso quer dizer que vocês não podem escapar da condição humana escapando da humanidade e de todas as suas leis.
E vocês apenas podem transcender a lei de ação/reação para viver o que nomearam a Ação de Graça aceitando, inteiramente, as leis da ação/reação.

O que isso quer dizer?
Aceitar as leis da ação/reação é, justamente, ser Humilde.
Saber que vocês não têm os meios, pela consciência comum, confinada e confinante, de conhecer os prós e os contras do conjunto de ações e de reações que lhes é submetido ou ao qual vocês se submetem (desde tempos, por vezes, muito longos, para alguns de vocês).
Mas reconhecer o princípio de ação/reação deve, necessariamente, fazê-los pôr a questão, aceitando, que, talvez, existam aspectos da vida que não são limitados por essa ação/reação.
Os testemunhos foram extremamente numerosos, por seres que, justamente, escaparam dessa prisão, ao mesmo tempo estando plenamente presentes e na Humildade a mais total, em sua humanidade, e que tiveram êxito, através dessa humanidade, justamente, para viver essa Transcendência.

O atalho que os conduz a viver a Unidade é, obviamente, a Humildade.
E, aliás, o Pilar da Humildade, do Coração, está em ressonância direta com o chacra de Enraizamento dito do Espírito, chamado Ponto UNIDADE ou Porta UNIDADE.
E, portanto, viver a Humildade é viver a Unidade, porque viver a Humildade – ou seja, aceitar as leis limitantes desse mundo, reconhecê-las pelo que elas são – permite, justamente, como Pilar, abrir as Portas do Coração.

Assim, tanto no Ocidente como no Oriente e como, aliás, no Extremo Oriente, muito numerosos seres (através de sua vivência, através de escritos, através de sua experiência de vida) comunicaram, uns e outros, elementos que permitem apreender, de alguma forma, o que era essa possibilidade de aceder a algo que não era mais o comum.
Mas, se vocês observam a vida desses seres, eles conheceram, necessariamente, a humanidade em todas as suas limitações, num primeiro tempo.
E é, justamente, o fato de reconhecer essas limitações, de algum modo, aceitá-las, que permitiu, justamente, a Transcendência delas.
Mesmo se alguns seres quiseram encontrar a Unidade afastando-se da humanidade, fechando-se em cavernas, eu os lembro de que, antes de fechar-se, eles encontraram sua humanidade, através de certo número de experiências limitantes, por vezes extremamente traumatizantes, como angústias de morte (de si ou da família) ou um evento particularmente marcante, que permitiu, de algum modo, viver, em seguida, essa Unidade.
Mas, em caso algum, pode existir um princípio de fuga de um confinamento, que lhes evitará ou que lhes evitaria, de algum modo, viver essa Dualidade.

Em resumo, vocês apenas podem viver a Unidade aceitando e transcendendo a Dualidade, totalmente.
Isso necessita, efetivamente, viver o que foi chamado de diferentes modos: a Crucificação.
Viver a Infância, a Transparência, a Humildade e, em definitivo, a Simplicidade, porque a lei de ação/reação, como vocês a observam, que concerne a todos os setores da vida (desde os fatos científicos até os fatos da alma), é extremamente complexo.
E é-lhes pedido não para desvendar todos os mecanismos, mas compreender o mecanismo final.
Tendo compreendido o mecanismo final, através do simples nome da ação/reação, permite-lhes, se aceitam isso (ou seja, se vocês aceitam a Humildade e o fato de tornarem-se Humildes), poder, realmente, viver a Unidade.

Então, obviamente, eu lhes falei de circunstâncias específicas para alguns seres que viveram isso, no passado.
E a maior parte desses seres encontrou-se confrontada, a um dado momento específico da vida deles, ao que foi chamada a Noite escura da alma, ou essa angústia metafísica extrema da morte, da Dissolução ou do fim da vida na prisão.
Foi justamente esse elemento que permitiu, frequentemente, aceder à Transcendência e à Unidade.
Isso inscreve-se, perfeitamente, no que foi chamado, pelo bem amado João (ndr: SRI AUROBINDO): o Choque da Humanidade.
E o que há a viver, esse Choque da compreensão da prisão, não numa compreensão intelectual, mas numa vivência Vibratória e da Consciência, que está tão siderada nessa Dualidade que encontra, assim, e por essa sideração (chamada o Choque ou a Noite escura) o princípio que lhe permite passar a Porta Estreita e viver a Ressurreição após sua própria Crucificação.

As coisas sendo bem feitas, e a Inteligência da Luz sendo uma Graça total, a Graça que se apresenta à humanidade é, justamente, fazer viver, para o conjunto da humanidade, esse processo.
Não há, portanto, lugar para fugir.
Não há lugar onde esconder-se.
Há apenas que aceitar, plenamente, o princípio da confrontação da Dualidade à Unidade.
A Unidade não vem confrontar a Dualidade, mas a Unidade vem transcender a Dualidade.
Esse processo, que é comum ao conjunto da humanidade, através de um processo que eu chamaria planetário e cósmico, produz-se, também, no Interior de cada ser humano.

Assim, portanto, vocês não têm que fugir de sua própria vida.
A Humildade não será encontrada, jamais, na fuga.
A Humildade dá, ao contrário, a força a mais absoluta: aquela de viver o confinamento, para transcender o confinamento.

Assim, portanto, se existem componentes de sua vida dos quais vocês querem fugir ou não querem olhar (o que dá no mesmo), vocês não viverão a Unidade.
Isso foi chamado o Face a Face e a Transparência.
Nós insistimos nisso porque, efetivamente, como lhes assinalou nosso Comandante (ndr: O.M. AÏVANHOV), como assinalaram os Arcanjos, vocês estão nesse período final de possibilidade de transformação e de Transcendência da Dualidade em Unidade.

Em resumo, pode-se dizer que não é porque vocês vão praticar a Dualidade em excesso ou extrair-se da Dualidade (por uma negação ou uma fuga ou uma denegação) que vocês vão viver a Unidade.
É, bem ao contrário, estando perfeitamente conscientes da Dualidade, perfeitamente conscientes de seus limites que vocês poderão descobrir o que é Ilimitado e o que lhes é Desconhecido.

Vocês não podem conhecer o Desconhecido no Conhecido.
Vocês não podem encontrar a Unidade na prisão.
E é, no entanto, estando no meio dessa prisão, ou seja, no Coração, que vocês poderão viver sua Unidade.
E isso passa, portanto, pela humanidade.
E isso passa pela Humildade, ou seja, reconhecer, justamente, os limites dessa consciência que é a sua, enquanto vocês estão submissos às leis do confinamento.

Isso significa, também, que, ao nível da Humildade, pode existir certo número de desvios.
Por exemplo, o fato de conhecer os prós e os contras de sua própria vida (seja no conhecimento de suas vidas passadas, seja no conhecimento do porquê vocês têm tal perturbação, porquê vocês reencontram tal alma ou tal outra alma) não lhes é, estritamente, de qualquer utilidade para transcender a Dualidade, mas faz apenas reforçá-los e implicá-los na referida Dualidade.

O princípio, aliás, Luciferiano, do eixo ATRAÇÃO-VISÃO foi, justamente – como eu já disse – dar-lhes as leis da alma para confiná-los, ainda mais, na alma prisioneira das leis da ação/reação.
Vocês não saem da ação/reação realizando ações que são contrárias às reações ou que vão ao sentido da reação.
Vocês saem da ação/reação reconhecendo os limites da ação/reação e colocando-se na não ação e na não reação.
Isso nada tem a ver com a passividade, nada tem a ver com a submissão a outra coisa que não as Leis do Espírito.

Há, portanto, de certa forma, uma revolução a realizar.
Essa revolução será facilitada, para aqueles de vocês que ainda não a viveram, pelo Choque da Humanidade.
Há, portanto, através desse Pilar que se instala, doravante, desde a abertura da Porta Posterior do Coração, a Porta da Humildade, uma das árvores de balanceamento, eu diria, do ALFA e do ÔMEGA.
O acesso à Unidade apenas pode fazer-se pela Humildade a mais total.
A Humildade é, portanto, aceitar que, aqui mesmo, vocês são pó, que, aqui mesmo, vocês não têm qualquer possibilidade de viver o acesso a outra coisa que não o que lhes fornece a viver seus sentidos e sua consciência limitada.

É apenas a partir daquele momento (e isso necessita de uma grande dose de Humildade) que se pode viver a Unidade.
Naquele momento, a Unidade pode revelar-se.
Naquele momento, o Pilar da Humildade prova toda sua virtude e toda sua eficácia no acesso à Unidade.

Aí estão as algumas palavras.
Elas foram muito curtas, mas contextualizam, de algum modo, essa Humildade.
Então, compreendam, efetivamente que, enquanto existe, mesmo no âmbito da Dualidade, uma reivindicação da Unidade (seja intelectual ou ligada a uma vontade de Bem), ela não pode, jamais, realizar-se porque, mesmo aceitar o princípio da vontade de Bem traduz a falta de humildade: de querer dominar, de querer controlar o que quer que seja, que é totalmente incontrolável, não dominável, porque não pertence a esse mundo e a essa realidade.

Vocês devem, portanto, passar pela Porta Estreita da Renúncia.
E vocês devem, portanto, passar pela Porta Estreita do Abandono à Luz que corresponde, inteiramente, a uma forma de Humildade essencial.
O Abandono à Luz, dito diferentemente, e o acesso à Unidade, não pode realizar-se enquanto a Porta Estreita não for cruzada e enquanto a Humildade não estiver presente.

A Humildade é um dos meios (como lhes foi dito por nosso Comandante) essenciais que permite, justamente, aí também, cruzar a Porta Estreita e viver a Unidade.
Ter a Humildade de reconhecer que vocês nada são aqui, sobre esse mundo, para tornar-se Tudo.
Mas não procurar ser Tudo pelos elementos que estão à sua disposição, porque eles pertencem, necessariamente, a esse mundo.

Seu Reino não é desse mundo e, no entanto, vocês estão sobre esse mundo (e nós todos ali estivemos).
É apenas na compreensão da humanidade e de sua limitação, na Humildade a mais total, que se realiza a alquimia do acesso à Unidade.

Não pode, portanto, haver acesso à Unidade, mesmo pela adesão ao princípio da Unidade.
Não pode haver acesso à Unidade enquanto há uma veleidade de vontade pessoal.
Não pode haver acesso à Unidade enquanto a busca, dita espiritual, inscreve-se em algo que é exterior ao Si e a si.

O que eu quero dizer com isso é, também, que todo sistema de conhecimento chamado oculto (fosse ele o mais sedutor, o mais apaixonante para o ego) não lhes permitirá, jamais, viver o Conhecimento Interior, assim como o Arcanjo JOFIEL desenvolveu há numerosos anos (ndr: ver também, sobre esse tema, a canalização do Arcanjo JOFIEL, de 7 de julho último, na rubrica «mensagens a ler»).

O conhecimento exterior é uma armadilha, porque ele os conduz a afastar os muros de uma prisão que, de fato, não se afastam jamais e confina-os, ainda mais, nos restos da Ilusão e do confinamento.
Apenas a partir do momento em que vocês aceitam ser Humildes em relação a todas as formas de conhecimentos exteriores é que o Conhecimento Interior do Espírito pode chegar, não antes.

O princípio Luciferiano consistiu, justamente, em seduzi-los, através de conhecimentos exteriores.
Esses conhecimentos exteriores, fossem eles ligados às leis da alma, às leis que regem as influências planetárias (sejam conhecimentos ocultos, qualquer que seja seu nome, e existem inumeráveis), não os farão, jamais, viver a Unidade, mesmo eles dão a impressão de fazê-los conhecer um máximo de elementos concernentes às leis e às regras desse mundo.

A Lei do Espírito não é a lei de ação/reação.
A Lei do Espírito é a Ação de Graça.
E a Ação de Graça apenas pode desenvolver-se se vocês aceitam, inteiramente, sua humanidade, sua Humildade.
Apenas desse modo é que a Unidade pode revelar-se.
Isso se encontra, é claro, ao nível do que foi chamado (ao nível da cabeça) HIC e NUNC ou, se preferem, AQUI e AGORA.

AQUI e AGORA que se reencontram, ao nível dos Pilares do Coração, na Humildade e na Simplicidade.
Humildade é, aliás, sinônimo, de algum modo, de AQUI.
HIC corresponde à Humildade, a Humildade de inscrever-se de maneira atemporal no instante Eterno do Presente e não mais referenciar esse presente em relação a uma ação/reação, fosse ela a mais gloriosa ao nível espiritual de uma vida passada.

AQUI é privado de qualquer projeção em qualquer futuro: é Ser, total e plenamente, ao centro da prisão, ou seja, no Coração, para poder transcender essa prisão.

Assim, o mecanismo da Ascensão apenas pode viver-se na carne, qualquer que seja a finalidade dessa carne, qualquer que seja a finalidade da Consciência.
Tudo se desenrola HIC e NUNC, ou seja, AQUI e AGORA, nesse Eterno Presente.
É necessário, para isso, efetivamente, voltar a tornar-se Humilde e Simples, ou seja, voltar a tornar-se, totalmente, HIC e NUNC.
É apenas naquele momento que o Eixo ALFA e ÔMEGA, ilustrado ao nível de sua cabeça pelo Circuito que vai de AL a OD (que se reencontra ao nível de seu Coração, ao nível dos dois Pilares do Fogo e da Terra, chamados OD e KI-RIS-TI), pode permitir realizar a Cruz da Redenção ao nível do Coração que permitirá, pela ação da Tri-Unidade, chamada, segundo sua linguagem (mas poder-se-ia pôr, é claro, outros nomes de origem mais oriental), CRISTO, MARIA e MIGUEL.

A Nova Aliança, que os faz passar da Tri-Unidade ao Quaternário, permite-lhes realizar a Unidade, inteiramente.
Mas, para isso, vocês devem estar inscritos, de maneira total, em sua própria vida, no Instante Presente, nesse corpo, nessa espécie de despojamento de tudo o que não é AQUI e AGORA.
E isso necessita, efetivamente, do que é chamada Humildade e Simplicidade.

Sem Humildade e sem Simplicidade, impossível reconhecer que vocês nada conhecem das Leis do Espírito e que apenas podem conhecer as Leis do Espírito penetrando no Espírito, mas, absolutamente não, deduzindo-as de leis da ação/reação, e que não é assim que se vai viver o acesso à Unidade.

Isso necessita, portanto, reconsiderar, de algum modo, sua própria consciência, na Humildade, de sua humanidade e de seu húmus: o que quer dizer que a vida que é levada nesse mundo não corresponde, absolutamente, à totalidade da vida.

O acesso à Multidimensionalidade da Unidade apenas é possível a partir do momento em que há, realmente, uma aceitação, uma Transcendência.
Enquanto vocês querem outra coisa que não esse Instante Presente, enquanto vocês projetam sua consciência numa problemática (qualquer que seja), enquanto vocês se projetam no amanhã, enquanto vocês se projetam num sofrimento que vivem (dito do presente, mas que apenas pode vir de um passado, porque o Instante Presente não conhece o sofrimento), vocês se afastam de sua própria Transcendência e afastam-se, portanto, de sua Humildade e de sua Simplicidade.
Lembrem-se: HIC e HUNC, Humildade, Simplicidade.

Os elementos que nós lhes damos agora são os mais adaptados para permitir-lhes viver o que foi chamada a Noite escura da alma ou o Choque da Humanidade.
Nós não podíamos comunicar isso, obviamente, antes que a Coroa Radiante da cabeça não estivesse perfeitamente ativa, não unicamente para cada um dos humanos (o que não é ainda o caso), mas, sobretudo, enquanto o processo da Fusão dos Éteres não estivesse realizado ao nível da Terra.
Este se realizou aproximadamente seis meses após a Liberação da Terra e do Sol, nos meses de março e abril, correspondente ao período ao qual nosso Comandante anunciou-lhes que vocês haviam chegado ao período da Ascensão.
Essa Ascensão não corresponde a um ponto único.
Existe, efetivamente, eu diria, um feixe convergente, um nó específico, que corresponde, como vocês sabem, à Liberação final da Terra, mas, também, de vocês mesmos.

Mas a Ascensão é um processo que se desenrola, eu diria, em múltiplas velocidades segundo, justamente, sua capacidade para viver e para conscientizar-se do que nós já lhes exprimimos desde várias semanas, correspondente à revelação da Luz e à abertura da Porta Metatrônica, que permite cruzar a Porta Estreita e viver, realmente, a Consciência da Unidade e superar, portanto, os limites do confinamento na personalidade.

A Humildade e a Simplicidade são, de qualquer modo, os dois elementos (se vocês se lembram do que eu pude dizer há um mês) que vão permitir transcender, totalmente, as forças Ahrimanianas e as forças Luciferianas que estão inscritas em cada ser humano (ndr: ver as canalizações de  IRMÃO K de 6 e 7 de julho).

UNIDADE é, de certa forma, o Pilar da Humildade que é, perante a zona de ressonância, chamada Ahriman ou a Porta da ATRAÇÃO.
Do mesmo modo, a Simplicidade (que está do outro lado do Ponto UNIDADE): O Pilar da Simplicidade é ligado ao ponto AL do peito, que está perante a Porta VISÃO, ou seja, Portas de Lúcifer.

Assim, a Humildade é seu maior baluarte.
A Humildade e a Simplicidade são as armas as mais potentes, que vão permitir a Ahriman e a Lúcifer não mais exercer a mínima tomada e a mínima pressão sobre sua prisão e sobre seu confinamento.
Assim, portanto, vocês não podem combater Ahriman e Lúcifer.
Vocês podem apenas propor a eles a Unidade.
Podemos apenas propor-lhes HIC e NUNC, nos quais Ahriman e Lúcifer não têm qualquer ação, uma vez que Ahriman é ligado ao passado e Lúcifer ao futuro, no sentido linear do tempo.

No Instante Presente, Ahriman e Lúcifer não têm peso algum, nem qualquer densidade e não podem manter os muros da prisão.
Assim, a Humildade e a Simplicidade são as armas as mais absolutas que lhes permitem, aí também, transcender Ahriman e Lúcifer, permitindo, então, naquele momento, passar a Porta Estreita, chamada a Nova Fundação ou, se preferem, a Porta da Infância.

Aí está o que eu tinha a dizer para contextualizar, no âmbito de seu próprio corpo de carne, onde se situa o desafio atual.

Se existem – e nós temos tempo – questionamentos em relação ao que acabo de exprimir, eu os escuto com prazer.

Enquanto vocês refletem, não se esqueçam, jamais, que, para viver a Unidade, vocês devem aceitar sua humanidade.
E essa humanidade corresponde, muito exatamente (e isso lhes foi dito), ao que vocês são hoje, quaisquer que sejam os sofrimentos que possam apresentar-se num dos muros da prisão.

Olhar esse sofrimento, olhar o que vocês são não quer dizer desviar-se disso, não quer dizer lutar contra, mas, simplesmente, tornar-se Transparentes em relação a isso.
E, naquele momento, na Humildade e na Simplicidade, a Unidade estabelecer-se-á.

Questão: a Humildade e a Simplicidade devem ser trabalhadas em consciência, antes da Passagem?

A Humildade e a Simplicidade não devem ser trabalhadas porque o ego, aí também, vai amparar-se disso.
Se vocês querem trabalhar a Humildade, isso quer dizer que querem exercer uma vontade.
Eu, efetivamente, falei de Transcendência e de conscientização do que era a Humildade, do que era a humanidade.

Apenas através da aceitação total do que vocês são no Instante Presente, hoje, é que se vive o acesso à Humildade e, portanto, à Unidade.

O ego não aceitará, jamais, sua dissolução, do mesmo modo que o ego não aceita, jamais, sua morte (eu falo, aí, da morte física, tal como vocês todos a viveram, em múltiplas vezes), a tal ponto que, até um tempo bastante recente, mesmo aos seres que morriam e que passavam à matriz do lado astral, era necessário certo tempo para fazê-los aceitar que não tinham mais corpo.

A consciência do ego crê-se e vive-se como eterna.
Assim, portanto, um ser, antes da dissolução do astral, que passava ao outro lado do véu pelas portas da morte, reencontrava-se a viver exatamente a mesma coisa, como se tivesse, ainda, um corpo.
Era necessário purificar, de algum modo, níveis Vibratórios extremamente densos.

Aqueles que haviam trabalhado na humildade, através de conceitos religiosos ou filosóficos, através da prática de boas ações, para esperar encontrar o Céu, de fato, encontravam apenas a mesma densidade do outro lado, porque eles estavam apegados às manifestações de sua humildade: isso se chama o ego espiritual.

Questão: se se desenvolve essa Humildade e essa Simplicidade, no momento da Dissolução, o único ato de Humildade a pôr será o de aceitar essa Dissolução final?

Se vocês vivem a Humildade e a Simplicidade, se vocês se conscientizam dessa Humildade e dessa Simplicidade, então, o que acontece?
A Porta Estreita é cruzada, o Impulso do CRISTO concretiza-se em seu peito, traduzindo-se, então, pelo que é chamada a Vibração do Fogo do Coração ou da Coroa Radiante do Coração ou, ainda, Pontos da Tri-Unidade.

Os marcadores de sua consciência são os Pontos de Vibração e não um conceito intelectual ou um trabalho intelectual.
Caso contrário, recaímos, muito exatamente, no que acabo de explicar em relação a alguém que passaria ao outro lado.

A diferença, hoje, é que não haverá mais armadilha astral e, portanto, a Liberação, como vocês sabem, concerne à totalidade da Humanidade.
Mas não é um trabalho realizar a Humildade.
Os desvios tornam-se, então, extremamente perversos, na medida em que, geralmente, tratar-se-á do que se chama uma falsa Humildade, na qual a pessoa vai pensar em sua Evolução, ao invés de em seu Instante Presente.
E pensar na Evolução afasta do Instante Presente e, portanto, da Humildade.

O único marcador – como eu disse – é a Vibração que se estabelece na zona do peito, seja no Ponto chamado Pilar Transparência (KI-RIS-TI), seja na Porta da Infância (ou Ponto OD), seja, enfim, nos Pontos Unidade e Simplicidade, ou seja, os Pontos UNIDADE (ou Humildade) e o Ponto Simplicidade (ou o Ponto de Vibração, se preferem, do que é chamado o chacra da alma).
A alma e o Espírito revelam-se na consciência, por sua própria Vibração.

Questão: qual diferença você faz entre aceitar as leis da Dualidade e ali submeter-se?
 
Aceitar as leis da Dualidade faz parte da Humildade.
Não é necessário analisar, mas conscientizar-se delas, não na análise dos fatos da vida pessoal (quaisquer que sejam os sofrimentos inerentes a toda vida humana, quaisquer que sejam as circunstâncias de toda vida humana que se inscreve em relação a uma história), mas estar plenamente Presente, consciente e Lúcido de si mesmo.
Não para julgar-se, não para escapar de um sofrimento, qualquer que seja, mas para olhar isso tal como é: sem hipocrisia, sem vontade de fugir do que quer que seja.

É naquele momento, aceitando ver as coisas tal como são em sua vida que a Transcendência pode aparecer.
Isso necessita, também, da Humildade de aceitar o que propõe essa vida, no húmus, na humanidade.

Os eventos que se produzem numa vida, fossem eles os mais dolorosos, não estão aí para puni-los, não estão aí para fazê-los pagar algo, sobretudo neste período, mas, unicamente, para desencadear essa Transcendência.
Quaisquer que sejam, sem exceção alguma.

Assim, portanto, se vocês se demoram no fato de viver tal coisa, tal sofrimento, tal solidão, tal doença, vocês não estão na Unidade.
Olhar seu sofrimento, olhar sua doença não quer dizer ali submeter-se, quer dizer, simplesmente, aceitar não lutar contra, mas Vê-lo.
Tendo-o Visto, tendo-o aceitado, naquele momento, a Humildade faz com que o acesso à Unidade produza-se.

A Unidade jamais é uma ação/reação.
Isso não quer dizer que a Unidade seja uma inação, mas ela é uma ação que se inscreve para além das leis da Dualidade.

O princípio da personalidade é sempre criar ações que se inscrevem na personalidade.
Se eu tenho uma doença, eu procuro como lutar contra essa doença.
Então, conforme as crenças que eu tenho, vou dirigir-me para um médico de tipo científico ou um médico dito tradicional, mas a finalidade é, exatamente, a mesma.

Do mesmo modo, se vivo a solidão, vou orar ou pedir para encontrar alguém, seja de maneira científica (e seus meios modernos não faltam) ou, então, vou pedir à Luz para fazer-me encontrar alguém.
Eu me situo, portanto, dessa maneira, de forma irremediável, na lei de Dualidade.
Isso corresponde, ponto a ponto, dito em outros termos, ao que dizia Jesus: «o pássaro preocupa-se com o que ele vai comer amanhã?».
Tudo isso os afasta da Humildade e afasta-os da Unidade e de HIC (AQUI) e seu par (seu complemento), que é AGORA: HIC e NUNC.

Inúmeras Estrelas, como Entidades femininas, exprimiram-lhes, eu diria, de modo muito mais completo, sua vivência dessa Humildade.
Fazer-se muito pequeno não quer dizer negar sua vida, mas aceitar, simplesmente, que essa vida inscreve-se em limites.
Tendo aceitado os limites, assim como eu o disse, vocês veem os limites.
Vendo os limites e tendo-os aceitado, sem ali submeter-se, então, naquele momento, a Unidade pode aparecer, que se traduzirá, sempre, por uma consciência clara, porque aceder à Unidade não pode ser, de modo algum, um questionamento, mas pode ser apenas uma resposta que se traduz pelo que foi chamada a percepção, real e completa, da Consciência Unitária, que se traduz, hoje, mais facilmente do que antes, pelas Vibrações presentes em alguns Pontos do peito.

Questão: isso significa que convém nada fazer?

Enquanto vocês fazem, vocês não estão no Ser.
Então, é claro, vocês poderão, sempre, responder-me que as circunstâncias de sua vida obrigam-nos a fazer.
Mas quem decide as circunstâncias de sua vida?
É, efetivamente, por isso que existe um evento específico, chamado Choque da Humanidade, que os privará dessa obrigação de fazer.

Enquanto o humano vive sua vida e obedece às leis e submete-se a essas leis, ele vai falar de quê?
De responsabilidade, de sentido do dever, de relações familiares, de relações sociais.

Vocês não podem viver o acesso à Unidade se estão, permanentemente, interagindo e fazendo nas leis.
O que não quer dizer, eu repito, subtrair-se das leis, mas mudar (se preferem) de ponto de vista.
Vocês apenas podem mudar de ponto de vista colocando-se HIC e NUNC.

Esse HIC e NUNC não é para colocar-se para o resto de seus dias, mas deve realizar-se, a um dado momento, o que, após, não os impedirá, bem ao contrário, de realizar e fazer o que vocês têm a fazer.
Mas, para Ser, é necessário parar de fazer.
Esse parar de fazer não se inscreve numa duração, uma vez que se situa fora do tempo.
Vocês sabem, pertinentemente, que o conjunto de seres sobre esse Planeta, que viveu o Despertar Total, viveu isso como uma experiência que sobreveio a um dado momento.

Excetuados casos específicos (e penso, em particular, em MA ANANDA e em outras Irmãs), para a maior parte dos seres que viveram essa Realização, isso não os impediu, até prova em contrário, de deixar vestígios através de seus escritos, através de sua vida.
Mas vocês não podem encontrar o Ser no fazer.
É necessário, a um dado momento, parar de fazer.
Mas eu não disse parar de fazer até o final dos tempos.
Esse parar de fazer concerne ao conjunto de atividades da personalidade (mentais, emocionais, ações, reações, relações, rede social), o conjunto de componentes que fazem sua vida, aceitando essa vida, mas nessa aceitação, parar de fazer.

Esse parar de fazer não está inscrito no resto de sua vida.
Isso, é a personalidade que quer fazê-los crer.

Questão: poderia explicar o que você entende por esse «parar de fazer» não estar inscrito no resto de nossa vida?

Isso quer dizer, simplesmente, que é excepcional, mesmo hoje, encontrar um ser, tal como MA ANANDA MOYI, que passa anos sem nada fazer, simplesmente no Ser.
A maior parte de vocês, mesmo Despertos e Acordados, continuam algumas atividades que consistem em fazer, parece-me.

Uma vez que vocês tenham vivido a Unidade e a estabilização no Coração, através dos quatro Pilares, quem disse que não seria necessário fazer mais nada?
Mas, em contrapartida, para viver a Unidade, é necessário parar de fazer.
Isso foi, também, chamado: é preciso parar de ter ou de saber, para ser.
É a inscrição da Consciência no tempo presente, HIC e NUNC, Humildade, Simplicidade.

Enquanto sua consciência está ocupada com os muros da prisão, vocês não podem sair da prisão.
É necessário, simplesmente, que a consciência reconheça a prisão como princípio geral e, naquele momento, colocar-se ao centro da prisão para transcendê-la.
O que muda, eu repito, não é a prisão, é a consciência.
Mas os efeitos na prisão são inegáveis.
O que quer dizer que o conjunto de limitações da vida, o conjunto de sofrimentos da vida, o conjunto do que podia ser chamado de perturbações de sua vida desaparece como por encantamento.
Esse encantamento é apenas a ação da Luz Vibral em vocês.

Aquilo de que falo é uma sequência de tempo.
Quando eu digo: parar de fazer, jamais disse que seria necessário parar de fazer até o final.
Eu falei, efetivamente, parar de fazer, um pouco como a meditação, que vai permitir-lhes encontrar certo estado.
Quando tiverem encontrado e vivido a Unidade, o processo da Consciência faz com que, naquele momento, seu estado de consciência e seu estado Vibratório fazem com que, ao mesmo tempo estando confinados nesse corpo e nessas leis sociais (ou nessas leis afetivas), vocês não estão mais confinados na ação/reação e vivem, realmente, a Liberdade.
Não antes.

Não temos mais perguntas, agradecemos.

Caros Irmãos e caras Irmãs, então, IRMÃO K vai comungar com vocês.
Eu lhes digo até um desses dias.
Com todo o meu Amor.

... Efusão Vibratória...
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Um comentário:

  1. Quando se reconhece, enquanto consciência pessoal, sem qualquer possibilidade de chegar a lugar algum de verdade; portanto, convicto da sua própria incapacidade humana, de consciência limitada que é, inclusive no contexto da lei de ação/reação; Depois desta lucidez, enfim, onde não se acredita mais na dita capacitação ilusória da personalidade, tem-se a perspectiva de não mais agir ou reagir ao que quer que nos surja. Esta tremenda realidade, de ver o falso como falso, foi o que a MSG configurou como sendo um Pilar essencial, no sentido do Despertar. É claro que este reconhecimento implica na Humildade propriamente dita, que nada tem a ver com humildade de alguém, mas, pelo contrário, subentende a sua própria ausência, com as suas inevitáveis ações/reações, normalmente empreendidas em prol da famigerada causa do bem. Vale dizer que este Pilar da Humildade, como os demais 3 Pilares, são mesmo o que existe de mais avançado, tanto no que possa ser dito, como no que possa ser vivido. A MSG é perfeita na exposição desta grandeza da Real Humildade; e como ilustração disto, basta que façamos citações de alguns trechos, tais como: "Vocês saem da ação/reação reconhecendo os limites da ação/reação e colocando-se na não ação e na não reação <> A Humildade é, portanto, aceitar que, aqui mesmo, vocês são pó, que, aqui mesmo, vocês não têm qualquer possibilidade de viver o acesso a outra coisa que não o que lhes fornece a viver seus sentidos e sua consciência limitada <> Para tornar-se Tudo, vocês precisam ter a Humildade de reconhecer que vocês nada são aqui, sobre esse mundo; e não procurar ser Tudo pelos elementos que estão à sua disposição, porque eles pertencem, necessariamente, a esse mundo <> Olhar seu sofrimento, olhar sua doença não quer dizer ali submeter-se, quer dizer, simplesmente, aceitar não lutar contra, mas Vê-lo <> Enquanto sua consciência está ocupada com os muros da prisão, vocês não podem sair da prisão".

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