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20 de ago. de 2012

O.M. AÏVANHOV – 20 de agosto de 2012



Mensagem publicada em 21 de agosto, pelo site AUTRES DIMENSIONS.

Áudio da Mensagem em Francês

Link para download: clique aqui



Bem, caros amigos, estou extremamente contente por reencontrá-los.
Eu lhes transmito todas as minhas bênçãos e vou escutar, com deleite, as questões que vocês pensaram em colocar-me.

Podemos começar.

Questão: como discernir se uma entidade que se apresenta a nós é benéfica?
 
Não é uma questão de sensibilidade.
Uma entidade chega, sempre, de algum lugar.
Então, é claro, se vocês têm uma sensibilidade, se não tem qualquer chacra que esteja aberto, se as Coroas não estão abertas e se vocês não sentem a entidade chegar, como vocês querem saber?
Não há possibilidade.
Ou, então, é preciso encontrar alguém que seja capaz de ver, de sentir as entidades.

SRI AUROBINDO havia explicado que as entidades de Luz chegam pelo Canal Mariano ou, em todo caso, pelo alto e à esquerda, enquanto os desencarnados, que não são, necessariamente, negativos, chegam no alto à direita.

Há entidades astrais que podem penetrar o plexo solar, há larvas astrais que podem vir fixar-se, geralmente, na coxa esquerda, e há entidades que tentam camuflar-se, mas que não chegam por trás.
Por trás, em geral, no alto, hein? (eu não falo do impulso KI-RIS-TI Metatrônico), por trás da cabeça, são entidades que pertencem a formas de vida que mantêm a ilusão da matriz.

Mas sem as percepções Vibratórias, isso me parece extremamente difícil, não é?
De qualquer modo, é muito simples.
Se vocês são Absoluto, nenhuma entidade, como nenhum humano pode fazer o que quer que seja.
Porque vocês estão Livres de toda forma, não estão mais instalados nem na personalidade, nem no Si.

Portanto, nada pode manifestar-se em relação a coisas que vocês chamariam negativas.
Isso não existe mais quando vocês estão nessa Verdade Absoluta.

Questão: quando a Onda de Vida está instalada, sente-se, sempre, ela subir?

De modo algum.
Havia sido dito que o Êxtase e a Onda de Vida deviam subir e aparecer para casar-se, primeiro, com o Coração e, em seguida, com o Bindu, não é?, com o décimo terceiro corpo, lá em cima, acima da cabeça.
Há fases.

Vocês podem, é claro, reativá-la e senti-la, permanentemente, mas vocês a sentirão no ponto de partida e no ponto de chegada.
Há uma permeabilidade tal, quando a Onda de Vida subiu,completamente, isso desencadeia a Transparência e, geralmente, a possibilidade de ser Absoluto ou a capacidade para ser Absoluto.
Mas, do mesmo modo que um chacra, normalmente, vocês não o sentem, quando os circuitos são permeáveis, quando o que é inscrito ao nível dos dois primeiros chacras com o medo, os medos, é transcendido, a Onda de Vida vai pô-los em Êxtase, à vontade.
Mas vocês não a sentem, permanentemente.

Contrariamente, se quiserem, na Coroa Radiante da Cabeça, à qual vocês estão conectados, permanentemente (mesmo se isso diminua, alguns dias, aumenta, alguns dias).
Mas, ao nível da Onda de Vida, uma vez que ela atravessou, realiza o trabalho dela; vocês podem fazê-la reativar, seja com cristais ou pela consciência.
Mas eu não vejo o interesse, a partir do instante em que vocês cruzaram essa Porta – que não existe – e que os põe em estado Absoluto.

Questão: há uma relação entre a Onda de vida e o Canto das células, evocado por SNOW?

O Supramental veio da cabeça, de Sírius, ele veio de Alcyone, ele penetrou em vocês.
É a irradiação, eu creio, que foi chamada do Espírito Santo.
Isso faz parte da Tripla Radiação, que foi iniciada quando dos Casamentos Celestes.
Essas energias, essa Consciência Vibral desceu, ela abriu os chacras, forrou o canal mediano da coluna vertebral de Partículas Adamantinas e, depois, voltou a subir do Kundalini ao nível do Canal do Éter.

Depois, acrescentou-se a Onda de Vida – com características específicas – que tomou o mesmo caminho, que subiu ao nível do Canal do Éter, assim que os dois primeiros chacras não estavam mais trancados, se se pode dizer, em relação ao medo.
Em seguida, a respiração passa, com o Fogo do Coração, ao nível do Coração e não mais dos pulmões, como se vocês não respirassem mais e, a um dado momento, essa Dança e esse Canto das células – eu penso que isso quer dizer isso – é o momento em que o conjunto de células do corpo, ao nível verdadeiramente orgânico (e mais energético ou Vibratório), vai implicar a mutação celular.

Então, é claro, há uma ligação com o Supramental, na condição de que o Supramental esteja encarnado até embaixo.
E há outra ligação com a Onda de vida e a alquimia específica que se realiza ao nível do chacra do Coração – que lhes havia sido explicada por um dos Anciões – e que vai entrar em ressonância com o que foi chamado o Triângulo da Nova Tri-Unidade e o Ponto KI-RIS-TI, nas costas, que modifica a estrutura Vibratória do peito, uma vez que todo o peito põe-se a Vibrar fisicamente.
São as células, talvez (a expressão que ela quis empregar) que dançam e que cantam.

A um dado momento, quando a Luz chama-os (pela Onda de Vida, pelo Supramental, pelo Coração, pelas entidades de Luz que descem ao seu lado), há uma respiração celular e uma Vibração que vão traduzir-se, ao nível de suas percepções, como se vocês fossem picados por milhares de agulhas.
É a irradiação, pela Luz, de toda sua estrutura celular.

Naquele momento, pode-se chamar a isso o Canto e a Dança das células, mas pode ser ligado à Onda de Vida, pode ser ligado ao Manto Azul da Graça e é, eu diria, a conclusão da cristalização, cristalização é uma má palavra, mas a encarnação do Supramental no conjunto desse corpo, que assinala que esse corpo está Ascensionando, simplesmente.

Questão: quando procuro uma questão, o mental para e nada vem.
 
É um processo normal.
Alguns Anciões e algumas Estrelas falaram-lhes de efeitos preliminares à Ascensão, espécies de estases, na qual o mental não responde mais, na qual, por vezes, o corpo não responde mais.

Portanto, se não há mais questões, geralmente, em sua vida, isso quer dizer que você se abandou à Luz.
Resta, agora, abandonar o Si.

Questão: as memórias liberadas pelos Seres de Luz fazem parte da personalidade?
 
Quando há um Ser de Luz que intervém nas memórias – seja em um chacra ou, então, nos medos arquetípicos, o medo da morte, o medo do abandono do Si – é normal que haja coisas que se eliminem, mas elas se eliminam de onde?
Da personalidade, é claro.

Elas são inscritas em nenhum outro lugar.
Por vezes, na alma, mas isso não remonta até o Espírito.
Portanto, por vezes, vocês têm tal atração na matéria, em sua pequena pessoa, em sua vida, que é necessário que algo intervenha para ajudá-los a dar o passo.

Portanto, não há qualquer ambiguidade nisso, é perfeitamente lógico: isso concerne à personalidade, e nós sempre temos dito que ninguém pode fazê-los cruzar a Porta Estreita e ninguém pode fazê-los Ressuscitar em seu lugar.
Mas se vocês têm engramas, ainda, nos quais acreditam – sejam problemáticas familiares, cármicas ou outras – é, necessariamente, culpa de memórias.
Portanto, vocês não têm que trabalhar nas memórias, nós lhes repetimos isso suficientemente.

Era possível, há ainda alguns anos, mas, hoje, se vocês trabalham nas memórias, vão recristalizar-se, ainda mais, porque vão subir as Vibrações dessas memórias.

Os Seres de Luz que trabalham nas memórias não trabalham desse modo: há uma transmutação da memória, não é uma descristalização da memória que recorra à personalidade.
As consequências não são, de modo algum, as mesmas, e a liberação não é, de modo algum, a mesma, em relação a essa memória.

Questão: tenho pensamentos repetitivos, ou mesmo obsessivos de abandono, de traição, de rejeição da parte de meu companheiro, apesar de ter tomado consciência do fenômeno.

Isso remete ao que é nomeado o medo do abandono e o medo da traição.
Isso concerne ao companheiro, mas pode concernir não importa a quê.
Quer dizer que a característica desses pensamentos obsessivos é que eles são induzidos por apegos ligados a feridas que foram vividas.
Portanto, para nada serve reencontrar o elemento que desencadeou isso.

Mas a pessoa diz: «tenho pensamentos».
Mas não são vocês que têm pensamentos, são os pensamentos que vêm de seu cérebro o mais arcaico, que lhes sussurra coisas muito desagradáveis as quais vocês devem enfrentar.

Primeiramente, vocês não são seus pensamentos, isso foi dito, repetido, incansavelmente.
Enquanto vocês são identificados a esse gênero de pensamentos, não podem ser Livres.
Quer dizer que, quando vocês portam sua consciência, sua atenção sobre um pensamento que chega, a primeira coisa que vocês fazem, vocês dizem: «são meus pensamentos».
Mas não, são secreções ligadas às feridas passadas.

Portanto, já, é preciso desidentificar-se desses pensamentos passados, porque eles não são vocês.

Quando vocês têm pensamentos assim, o que isso quer dizer?
Isso quer dizer, obviamente, que vocês não estão instalados, suficientemente, no instante presente.
No instante presente não há pensamentos.

Assim que há um pensamento, vocês não estão mais no instante presente, e as transformações de sua consciência, o que vocês vivem dão-lhes a ver isso.

Então, coloquem-se a questão (quando vocês vivem processos que permitiram ativar a Coroa Radiante do Coração, receber o Manto Azul da Graça, por vezes, viver a Onda de Vida), se vocês chegariam, ainda, a identificar-se aos seus pensamentos.
Como diria BIDI, vocês atuam, ainda, na peça de teatro, e é isso que vocês não conseguem ver.
Vocês ainda estão presos e estão persuadidos de ser a pessoa que vive isso.

Enquanto vocês são identificados a esse corpo (e, no entanto, creio que ele lhes repetiu isso, furiosamente, o querido BIDI), enquanto vocês são identificados à sua pessoa e ao seu pensamento, é muito simples, vocês não podem encontrar a Liberdade.

Portanto, quando vocês dizem: «tenho pensamentos», isso quer dizer que a pessoa que diz isso se identifica aos seus pensamentos, isso quer dizer que, aí, há um trabalho de distanciamento e de conscientização de que vocês não são seus pensamentos.

Enquanto vocês são identificados a um pensamento que chega do passado e que concerne, sobretudo, a outra pessoa, companheiro ou não companheiro, e que volta assim, sem parar, enquanto vocês se identificam a esse pensamento e querem que ele desapareça, ele recomeçará, porque não são vocês que pensam, sobretudo para esse gênero de pensamento, é ligado à sua memória.

Portanto, o primeiro trabalho é deixar a Luz trabalhar, é, sobretudo, não mais identificar-se a tudo isso.

Os processos de Comunhão, os processos de Fusão, de Dissolução, de Deslocalização, os contatos conosco são destinados a fazer pôr uma distância.
Agora, se vocês têm um prazer sádico em estarem submissos aos seus próprios pensamentos, é seu problema.

Todo o aspecto da Luz Vibral permitiu-lhes, ou deveria permitir-lhes – mesmo se a Ascensão aconteça nessas células, nesse corpo – ver que vocês não são esse corpo, que vocês não são esses pensamentos.
Enquanto vocês são identificados a pensamentos, sobretudo desse estilo, obsessivos, recorrentes, que concernem a um julgamento sobre outra pessoa, mas é claro que vocês estão na personalidade, totalmente presos nela.

Vocês não são capazes, ou não querem, ou não apreenderam que vocês não são essa pessoa.
Como vocês querem ser Transparentes à Luz e Liberados, inteiramente, quando dão o mínimo peso ao que não é vocês?
E esse gênero de pensamento é típico de algo que se criou por sua vivência e que se manifesta de maneira automática.
Mas isso não é vocês.

A primeira coisa a fazer é, já, conscientizar-se de que vocês não são esses pensamentos.
É preciso vê-los passar.
Isso, todos os ensinamentos sobre a meditação já disseram, longamente.

Enquanto há emoções, enquanto há medos, enquanto há esse gênero de pensamentos, vocês não podem ser Livres.
Vocês podem viver o Si, podem viver momentos nos quais acedem à sua Essência, momentos de Samadhi, mas viver momentos e experiências não é estar estabelecido na Liberdade.
Mas, enquanto vocês jogam o jogo desses pensamentos que chegam e que vocês são persuadidos de que são os seus, vocês não têm qualquer Liberdade.
Esse é o trabalho da Luz, não, unicamente, do Abandono à Luz, mas, quando vocês aceitam abandonar o Si.
Senão, esses pensamentos vão, literalmente, neste final dos tempos, deteriorar-lhe a vida.

À época, eu havia dito: podia-se pôr sob o tapete.
Depois, eu disse que se tirava o tapete: portanto, a poeira estava ali.
Agora, vocês não têm mais lugar algum onde esconder-se.
Mas isso não é feito para prejudicá-los, o que acontece.
É, simplesmente, a colocação na Luz e essa colocação na Luz deve acompanhar-se, verdadeiramente, ao nível da consciência, de tomar consciência de que esses pensamentos nada têm a fazer com vocês.
Enquanto vocês creem que são vocês que pensam, vocês se enganam.
Sobretudo para esse gênero de pensamentos.

Questão: uma criança é, verdadeiramente, espontânea, quando é, naturalmente, sedutora?

Mas desde quando uma criança procura seduzir?
Uma criança é espontânea.
Uma criança que procura seduzir está, já, na perversão.
É seu olhar de adulto que vê a sedução, porque você é marcado pela sedução.

Uma criança não seduz ou, então, ela é pervertida.
Não há sedução natural em uma criança, uma vez que ela está na Espontaneidade e na Infância.

Se seu olhar o faz ver sedução em uma criança, eu me coloco pequenas questões, não é?
Não há qualquer sedução, há a Espontaneidade em uma criança.

A sedução começa a intervir quando a razão está aí e a criança apercebe-se de que é preciso ser amável ou comportar-se assim para obter satisfação.
É, justamente, quando ela tomou consciência de que estava separada dos outros e que podia obter, pela sedução, algo, por exemplo, que ela não merecia.
Mas é, já, uma criança que saiu da Infância.

Portanto, a sedução é uma perversão.
A necessidade de seduzir não existe na criança.
Ela existe no adulto, é claro.

Enquanto vocês trabalham para seduzir, vocês estão na manipulação e nem me falem de sedução natural.

A Espontaneidade é o contrário da sedução, porque a sedução visa obter uma vantagem, qualquer que seja, quer seja um doce ou uma relação, digamos, física.
Portanto, a sedução é uma dissimulação, uma vez que há um desejo.
É a necessidade de apropriar-se de algo.
Nada há de pior do que a sedução.

Ora, uma criança, na primeira infância, no sentido que você entende, é natural.
Quando ela sorri, sorri naturalmente, ela não vai colocar-se a questão do que vai obter como vantagem.
Se ela começa a colocar-se a questão, é o início da perversão do adulto, portanto, do ego, que não existe.

Não há qualquer estrutura egoica nas crianças, mas, em geral, é o que elas tomam junto aos pais, hein?, até os sete anos.
Portanto, é preciso tomar-se aos pais.

Mas, depois, é claro, todo ser humano vai desenvolver estratégias que vão permitir-lhe compreender o jogo, como vocês chamam a isso:..., algoz, vítima, salvador, a recompensa, o reconhecimento.
Mas toda necessidade de reconhecimento, no sentido da pessoa, é uma sedução.
E a sedução é uma manipulação, o que quer que se diga disso, o que quer que se pense disso.

O princípio da maquiagem, arquetipicamente.
A maquiagem para realçar algo é uma necessidade de dar uma bela imagem.
Então, vocês vão dizer: «sim, mas é porque é preciso que eu me apresente bem para os outros».
Mas eu lhes garanto que, no interior, há, subjacente, a egrégora da sedução.

Como a publicidade: quando vão vender-lhes um automóvel, não vão apresentá-lo sujo, não é?
Portanto, uma criança, se está na Infância, ela é espontânea, não há sedução natural, isso não existe.
Ou, então, é o olhar do adulto que está alterado por sua própria necessidade de seduzir.
Ou, então, não é a palavra sedução que devia ser empregada.

Questão: como podem exprimir-se os medos?

Hoje, mais do que nunca, em relação ao Supramental, ao Manto Azul da Graça, à Onda de Vida, se vocês o vivem, tudo o que acontece em sua vida é feito, pela Inteligência da Luz, apenas para mostrar-lhes e demonstrar-lhes o que resta em vocês.

Se você tem medo de ser traído, você será traído.
Mas é o outro que é responsável?
Você apenas atrai o que emite.
E, se você está no medo, você está certo de que com a Luz, é o que vai acontecer-lhe.
Quando se diz que o pensamento é criador, ele não é criador para todo mundo, mas, com a intensificação da Luz e o fim do confinamento, os planos multidimensionais estão mais próximos de você: você se torna, em pensamento, criador, e é instantâneo.

Portanto, se há, em vocês, um modo de funcionamento que volta sem parar, como há pouco, sobre o medo da traição e do abandono, o que vai acontecer?
Bem, a traição vai acontecer em sua vida, não pode ser de outro modo.

Vocês não podem preservar-se de uma traição fazendo tudo para proteger-se de uma traição.
Isso é válido para a personalidade.
Mas, dado o que vocês vivem, as passagens no Si, na Existência, as passagens no Absoluto, se vocês são Absoluto, se mantêm assim, pequenos elementos, mas há todas as razões do mundo para que eles lhes cheguem, esses elementos.
É isso que é preciso ver.

Então, foi-lhes dito, também, para vê-lo, não para agir contra, mas aceitar reconhecê-lo.
Como disse SRI AUROBINDO, há poucos dias, interior, exterior, isso nada quer dizer.
É a personalidade que vê interior e exterior.
Mesmo se vocês ainda não estão na Transparência total do Absoluto, o que quer que aconteça a essa personalidade, não é vocês.
Se vocês têm medo da água e devem Ascensionar sem o corpo, vocês serão afogados, é tão simples assim.

Questão: o exercício dado para a deslocalização da consciência é atualidade? (ndr: na rubrica “protocolos”)

Sim, é claro, porque vocês vão liberar, efetivamente, o chacra da garganta.
Eu os lembro de que vocês nascem, na encarnação, pelos chacras inferiores, mas que vocês nascem, na Eternidade, graças ao Fogo do Coração e ao centro do Coração, que se chama o coração do Coração.
Mas esse nascimento passa, necessariamente, pela garganta, e se vocês têm medos que estão localizados nesse nível, isso arrisca colocar pequenos problemas.
Mas não é um problema, uma vez que, na finalidade, como sempre se disse, vocês são Liberados.

Mas se vocês viveram a Onda de Vida e, não sei, por uma razão ou por outra, vocês se colocam questões, por exemplo, sobre as entidades, vocês podem estar certos de que, mesmo se são Absoluto, quando voltam a descer na personalidade, há uma entidade negativa que vai esperá-los.
É normal.

Seu pensamento é criador, e ele será criador cada vez mais rapidamente.
Aí, agora, é preciso tomar consciência disso.
Vocês o veem através de sua vida.

Questão: uma vez que o obstáculo para a subida da Onda de Vida é o medo, o que fazer se o medo não aparece e, portanto, não se tem meio de refutá-lo?

Bem, é o que eu disse há pouco: desidentificar-se dessa pessoa.
Enquanto você crê ser uma pessoa, você não pode viver a Onda de Vida.
Se você está apegado à sua vida, no sentido o mais amplo, mesmo se está em uma diligência espiritual autêntica, você tem medo.
Não é, necessariamente, um medo ligado a algo que vocês tenham vivido.
Por vezes, é um medo vivido na infância, mas, aí, hoje, e cada vez mais, quanto mais as semanas vão passar, se a Onda de Vida não nasce, não se está mais nas primeiras ondas da Onda de Vida de há alguns meses ou de há algumas semanas.
Se isso não nasceu em vocês, é que vocês estão no medo.
E não vão procurar esse medo em uma razão, porque mamãe os fez dormir no escuro ou não sei o quê.

O que marca a personalidade será, sempre, o medo.
Portanto, vocês não podem combatê-lo, o medo.
É-lhes pedido para vê-lo, não refutá-lo.
É preciso refutar, dizia BIDI, o conhecido.

Portanto, se há um medo que você não conhece, você pode dizer-me como ele é conhecido e como você pode refutá-lo?
A refutação do conhecido é a refutação do conhecido.
Isso quer dizer que sua personalidade é portadora do medo: medo da morte, antes de tudo.

A Onda de Vida, quanto mais você vai avançar no tempo, mais ela poderá apenas lançar-se, se você aceita, sem condição (não como uma crença, caso contrário, para nada serve, mas como uma evidência), que você não é esse corpo.
Você não será liberado desse modo, porque está demasiado apegado ao seu corpo, à sua história, à sua pessoa, à sua vida, ao que você quer.

É muito importante o que eu lhes digo porque, entre agora e o que MIGUEL disse, em relação à data que ele deu, o 22 de setembro, há um período de um mês, no qual vocês devem, verdadeiramente, tomar consciência disso (ndr: intervenção de MIGUEL, de 18 de agosto de 2012).

Então, para nada serve dizer: «eu tenho medos, eu tenho medos, eu tenho medos».
Quando você diz «eu tenho medo», você se identifica ao medo.
O medo arquetípico não é ligado, necessariamente, à sua história nos dois primeiros chacras, mas é secretado em todo o corpo etéreo, pelo mental.

O mental é ligado ao medo, portanto, enquanto há mental, enquanto há identificação aos pensamentos, mesmo se vocês nada tenham vivido na infância, porque isso faz parte do apego da personalidade a ela mesma, são os reflexos de sobrevivência.

Portanto, você não pode refutar um medo que você não conhece: você apenas pode, apenas deve refutar o que lhes é conhecido, porque, se isso lhe é desconhecido, isso quer dizer que não está no cérebro ou, então, está escondido em partes nas quais você não tem acesso com sua consciência.
Como você pode refutar algo que não viu e que não lhe é conhecido?
Há apenas o distanciamento e ser, não persuadido, mas aceitar – eu disse, efetivamente, aceitar, não como uma crença – que você não é nem esse corpo, nem essa história, nem essa vida, mesmo se tudo aconteça aqui.
Mas isso acontece, aqui, na consciência.
Depois, isso se faz no corpo.

Mas você vai delirar e vai ver as poeiras, aí, você vai ver não a fonte do medo (isso, quem se importa, mesmo se há uma história precisa?), mas ver esse medo.
E, a um momento dado, quando você tiver cansado de viver medos, disso ou daquilo, quando você tiver cansado de sofrer isso ou aquilo, então, você estará maduro para a Onda de Vida.
Mas desconfie, se a Onda de Vida subiu, totalmente, porque, naquele momento, você está Liberado, mas, como sabe, você é Absoluto com uma forma, como diz BIDI.
Portanto, essa forma, ela vive.
Portanto, essa forma, ela tem necessidade – mesmo se há personalidade, você a ela não está mais submisso – de manifestar-se, como eu já disse.

Não se conduz, com o Absoluto, um automóvel, conduz-se com as mãos e com esse corpo, não é?
Então, cabe a você, não trabalhar, mas Abandonar o Si, também.
Porque isso será cada vez mais percuciente.

A Luz ilumina tudo.
Faz mais de um ano que se diz a vocês que a Luz ilumina todas as sombras.
As sombras são fáceis de ver quando há a Luz.
A sombra a mais difícil de ver é, justamente, esta: o apego à sua pequena pessoa, o apego ao seu pequeno desenvolvimento espiritual, aos seus pequenos chacras, ao seu pequeno Si, ou seu grande Si, é a mesma coisa.

Eu jamais disse que seria preciso reconhecer o medo, eu disse exatamente o inverso.
Conhecer a origem de um medo para nada serve, porque a encarnação é ligada ao medo.
É o princípio de falsificação de Yaldebaoth: gerar o medo.

A encarnação é ligada ao medo.
É aceitar que a personalidade não existe e que vocês são apenas construídos através do medo e apenas governados por ele.
É como disse MA, como disse MARIA, como nós o repetimos sem parar: o Amor ou o medo.

Portanto, reconhecer o medo não quer dizer procurar um medo, porque você não pode encontrá-lo, esse.
O medo que é inscrito na personalidade, como eu disse, é ligado à encarnação.
É o Choque da Humanidade.
Portanto, reconhecer um medo é, já, aceitar que a personalidade é construída no medo, qualquer que seja essa personalidade, mesmo aquela que vai apresentar-se como um herói, vocês sabem, aquele que defende o oprimido, se é um guerreiro, é, sempre, um herói de guerra etc. etc.

Por que essas pessoas comportam-se assim?
Porque elas têm medo.
Elas camuflam o próprio medo.
Porque, se vocês não estão mais na personalidade, não há qualquer medo.

Você tem medo de quê, quando é Absoluto?
De perder, como diz BIDI, esse saco de alimento?
Mas você poderia morrer amanhã, que isso não lhe daria nem calor, nem frio.
O que não é o caso, é claro, na personalidade.

Portanto, nada há a reconhecer, uma vez que o medo é a secreção primeira da personalidade.
É tudo.
Portanto, não é um problema refutar.
É preciso refutar não o medo (exceto se é um medo identificado).
É esse princípio de refutação e de investigação, como BIDI dizia, que os conduz a fazer disjuntar o cérebro que os mantém sob sua influência.
Mas não é você, seu cérebro.

Questão: por que repetir: "medo ou Amor"? De fato, isso agrava meus medos.

Isso lhe prova, efetivamente, que você está na personalidade.
Mas vocês não estão, todos, no mesmo nível.

Para você, isso não lhe serve.
Para outro, isso vai servir.
É-se, efetivamente, obrigado a adaptar-se a todo mundo, não é?

Agora, falaram-lhes, por exemplo, há alguns meses, de Duplos, de gêmeos monádicos.
Falaram-lhes do Absoluto.
Falaram-lhes da Onda de Vida.
Mas isso não queria dizer que todo mundo ia viver o Absoluto ou o Duplo monádico ou o reencontro com seu próprio Duplo.
Nós tentamos fazer de forma, desde sempre, que nossas palavras, embora sejamos vários intervenientes, cada um com especificidades, não de personalidade, mas Vibratórias: por exemplo, há alguém que será, não seduzido, mas que vai atrelar-se com URIEL, outros, que vão atrelar-se com MIGUEL, outros, que vão estar derretidos de Amor com TERESA e, outros, que não vão suportar TERESA.
Cabe a vocês tomar o que lhes seja agradável.

Olhem, por exemplo, BIDI, com sua voz estridente.
E, no entanto, eu lhes garanto que, se BIDI tivesse intervindo antes de nós, antes das Núpcias Celestes, mas não teria havido ninguém para fazer esse trabalho de Absoluto, enquanto, aí, isso é feito à maravilha.
Mas quando eu falo do medo, isso não quer dizer que eu diga que seja preciso olhar seus medos, eu digo exatamente o inverso.
Portanto, é, efetivamente, você que reage assim porque você tem medo.
Você mesma disse-o em sua questão.
Portanto, você considera que está identificada aos seus medos.
Volta-se, nisso, à primeira questão.

Questão: convém escutar mais o interveniente que nos é menos agradável, supondo que é o que vai impactar-nos mais?

Mas focar no que não é agradável, é a personalidade que crê nisso, porque ela crê que vai melhorar.
Porque ela crê que deve melhorar.
Mas isso é uma ilusão.
Era válido, ainda, quando eu estava encarnado: nós tínhamos o tempo.

Você crê, verdadeiramente, que tem o tempo para interessar-se por seus defeitos?
Isso é, ainda, uma ilusão Luciferiana, crer que, porque você vai pôr a Luz em tal lugar, vai progredir.
Mas isso, estritamente, para nada serve.
Isso pode durar muito tempo.
E, aliás, isso dura há muito tempo.

Quem lhe disse para escutar tudo, se há um que você acha desagradável?
Você não vai ver alguém que grita e serve-se de um chicote.
Ou, então, você é masoquista.

Questão: devido ao fato de que só o Absoluto é a porta de saída, o Fogo do Coração tem um interesse?

É claro.
Vocês saem, eu o disse, pelo coração do Coração, pelo Fogo do Coração, que é o abrasamento do planeta grelha.
É, sempre, a mesma coisa.

Mas a faculdade com a qual vocês aceitam desaparecer dá uma passagem mais fácil ou não.
Vocês sabem, quando eu falei de planeta grelha, há algum tempo, há, ainda, os que creem que seja um divertimento.

Olhem o que dizia Orionis, há alguns anos, antes que eu o substituísse.
À época, dizia-se que não se sabia o que ia acontecer.
Agora, sabe-se o que vai acontecer.
Mas jamais se disse que esse momento final ou inicial – para não dar-lhes medo – seria fácil.
É fácil para aquele que é capaz, no espaço de alguns minutos, de deitar, de entrar na estase e de estar em Shantinilaya.
É um pouco menos fácil para aquele que manteve estruturas ilusórias.

Então, vocês imaginam, efetivamente, e, sobretudo, entre alguns movimentos ditos espirituais que esperam uma idade de ouro sobre a Terra, isso vai fazer ranger os dentes, não é?
É sempre similar: o medo ou o Amor.
O medo é apenas o reflexo da personalidade.
Mesmo se vocês melhorem a personalidade, isso não lhes será de qualquer ajuda para o planeta grelha.

Agora, você pode estar na negação e dizer que isso não lhe concerne.
Naquele momento, volta a ver aqueles que agem com outras coisas que nós e que a mantêm em uma verdade relativa, ou seja, em uma ilusão.
Porque uma ilusão é sempre mais confortável do que a Verdade, enquanto você não vive Shantinilaya.

Questão: quais são as preliminares para sentir as Presenças no Canal Mariano?

Que o Canal Mariano esteja constituído.
Até o momento final no qual, como lhes disse MARIA, todo mundo a ouvirá.

O Canal Mariano é a resultante do Supramental, da Tripla Irradiação (Ultravioleta, irradiação das partículas Adamantinas e irradiação Solar), da Onda de Vida e do Manto Azul da Graça.
Portanto, a preliminar, para as entidades, é estar certo de que o Canal Mariano esteja aberto e ativo, cujo testemunho é, eu os lembro, o Nada, ou seja, o Som da alma em oitavas as mais altas.

Agora, há seres, basta que eles pensem em MIGUEL, MIGUEL está ali, instantaneamente, e, outros, que vão pensar em MIGUEL durante horas, e MIGUEL não está ali.
É culpa de MIGUEL?
É sempre similar.
Se, quando vocês chamam uma Presença, ela não está ali, se não há Presença alguma, voltem-se um pouco mais para si mesmos.
Vocês não podem, e nós o dissemos, manter uma personalidade – mesmo a mais estruturada e a mais agradável possível – e viver a Liberação, uma vez que, por definição, a Liberação é não mais estar confinado.
Vocês não podem permanecer na prisão e viver a Luz.
Em definitivo, a prisão desaparecerá, de qualquer forma.

Questão: o que diferencia a Infinita Presença do Si?

Há, como foi explicado, diferentes Samadhi, que são mais ou menos leves, mais ou menos profundos, até o Maha Samadhi.
Há experiências a que se chama o Despertar, no qual as separações caem, no qual vocês sabem que não são, simplesmente, essa personalidade, seja por uma experiência de morte iminente, que dá acesso ao astral, seja em um momento, de repente, vocês despertam.
Mas isso é o Si.
E o Si tem várias intensidades, várias etapas, se preferem.

Há o Si que se apropria, e é, geralmente, o que faz a maior parte dos seres humanos.
Eles vivem uma experiência de Luz e querem apropriar-se da Luz, a personalidade quer apropriar-se da Luz.

É por isso que João havia dito: «haverá muitos chamados e poucos escolhidos, eles serão marcados na testa».
São todos aqueles que pensam que, abrindo o terceiro olho, eles terão o conhecimento e serão Liberados.
É a ilusão Luciferiana: tudo o que é ligado ao terceiro olho, tudo o que é ligado aos mecanismos de Visão.
E, depois, há aqueles que aceitam fazer como o CRISTO: «Pai, eu entrego meu Espírito entre suas mãos», não servir-se dos Siddhi, ou seja, dos poderes da alma.
Naquele momento, o Coração abre-se.

Aliás, será que vocês veem uma pessoa que tem o terceiro olho aberto e que segue os ensinamentos?
E eles falam de Amor, eles falam disso o tempo todo, eles falam, mesmo, de contatos com o além.
Perguntem-lhes se eles sentem o Coração, a Vibração do Coração.
Mas é claro que não.
Eles não a sentirão, jamais.

Portanto, o Fogo do Coração é essencial, a Coroa Radiante do Coração é essencial.
Mas, para isso, é preciso deixar cair todos os poderes, todos os conhecimentos.
É toda a preparação que houve antes dos Casamentos Celestes, pelo Arcanjo Jofiel, e quando da reunião do Conclave Arcangélico.

A Infinita Presença é o que sobrevém, bem além das Comunhões e das Fusões, bem além do Duplo: é a etapa da Dissolução.
É o momento em que se Passa, em que se prepara para Passar, mas, geralmente, não há Passagem, como vocês sabem.
E, quando vocês vivem a perda de todo sentido de uma identidade, através dessa famosa Dissolução, no momento em que o Duplo está aí, quando vocês não têm mais marcador, nem tempo, nem espaço, nem corpo, vocês não sabem mais quem são.
Exatamente como dizia BIDI, pela manhã, ao acordar.

Quando vocês chegam a isso, na meditação, vocês estão no Samadhi, mas estão no último Samadhi, e é aí que há a Infinita Presença.
Não é, simplesmente, o Despertar e tomar consciência, pela própria consciência, de que não há mais separação, de que vocês não são mais uma pessoa.
Não é mais, simplesmente, um olhar novo, é bem mais do que isso.

A Infinita Presença é, verdadeiramente, o estágio o mais elevado do Despertar e ele se diferencia pelo fato de desaparecer da pessoa, da personalidade, do ego, das emoções, do mental.
Aí, naquele momento, apresentar-se-á o que se chama o Guardião do Limiar.

Então, não esperem ver um dragão.
O guardião do limiar é, simplesmente, colocar-se em si: «será que estou pronto para tudo soltar, tudo perder?».
Aí está a Liberdade, mas não antes.

Enquanto vocês se têm em seu caminho espiritual, em suas experiências, vocês não estão Livres.
Vocês vão para a Liberdade, porque vocês para ali vão, todos.
Os Liberadores não são Ancoradores de Luz, não são os que semearam a Luz, são aqueles que Liberam a Terra, ou seja, aqueles que, por seu Campo Vibratório, por seu desaparecimento total e pela Transparência total, que deixaram a Onda de Vida lançar-se e sair pela cabeça e que viveram o Êxtase da Onda de Vida.

A única diferença é quando você é Absoluto, quando, verdadeiramente, você é Absoluto com a forma.
Mas você o sabe, instantaneamente.
Você não se põe a questão de saber se vive o Absoluto.
Aliás, se você se põe a questão, você não o vive.
Porque o Absoluto não é uma questão, não é uma interrogação.
É, como disse BIDI, nossa Essência, de todos, para além de toda forma, para além de toda identidade, para além de toda Dimensão.
Mas, quando vocês vivem isso, vocês o sabem, instantaneamente, uma vez que é um reconhecimento do que lhes era Desconhecido.
Não pode mais haver questão, nesse nível.

Questão: em relação a isso, como se situa o que GEMMA GALGANI chamou o Êxtase?

O Samadhi pode ser um Êxtase.
A experiência da Onda de Vida é um Êxtase.
O Êxtase em ação, de que ela falou, corresponde ao momento em que vocês estão completamente Transparentes, ou seja, que nada há, mesmo nessa forma, mesmo nessa pessoa (que vocês creem ser ou que não são mais, na qual vocês não creem mais), não existe mais qualquer obstáculo para a Luz.
É a Liberação.

Enquanto há imagens, enquanto vocês são atraídos por visões, enquanto manifestam-se coisas da personalidade e, mesmo, de suas vidas passadas, vocês não são Absoluto.
O Absoluto é a extração total de Maya, como nos dizem nossos Irmãos orientais.
Para nada serve repetir: «esse mundo é Maya», é preciso vivê-lo.
Mas, enquanto vocês não o viveram, vocês não podem sabê-lo.

Portanto, isso permanece uma suposição ou uma crença.
Mas, quando vocês o vivem, sabem, instantaneamente, porque não são mais como antes, mesmo se a personalidade possa manifestar-se.
Mas vocês mudaram, totalmente, porque tocaram esse indizível, vocês sabem que é a Verdade Absoluta.
Vocês não estão supondo sobre o que pode ser ou não ser.

Aí está em que é diferente do Si.
O Despertar não é a Liberdade.
Como diria BIDI, o Despertar é uma trapaça, mas é, frequentemente, uma etapa preliminar.
Não sempre, mas frequentemente.

Questão: desde a última sessão do Manto Azul da Graça, medos que haviam desaparecido voltaram à tona. Por quê?

Se eles haviam desaparecido, não podem voltar à tona.
É tão simples assim.

Eles estavam ocultos, pela Onda de Vida.
Agora, se os medos chegam (e vocês são, aparentemente, numerosos a vivê-lo), é que a Onda de Vida não subiu até o topo, acima da cabeça.
Isso quer dizer que, aí também, vocês estão, ainda, apegados à sua pessoa.
Não há outra explicação.

Isso não é ligado à sua história pessoal, não é ligado aos seus traumatismos.
É, unicamente, ligado a essa noção de apego da personalidade a ela mesma.

Aí está porque é muito importante não trabalhar nas causas, mas nessa estrutura precisa que os mantém confinados, mas que, eu repito, não é ligada a vocês, não é ligada à sua história e, ainda menos, às suas memórias.
É o que SRI AUROBINDO havia chamado o Choque da Humanidade.
É a negação, em seguida, é a negociação.
É o que vocês vivem, alguns.
E agradeçam por vivê-lo antecipadamente, eu diria, antes do planeta-grelha e, depois, antes dos sinais do céu, dos quais falou MIGUEL.
Em todo caso, para vocês aqui, no Ocidente, na Europa.

Questão: dado que a vontade não pode, em caso algum, ajudar na instalação da Onda de Vida, do Manto Azul e do Absoluto, qual é o interesse de dizer-nos que, se não se está no Absoluto, está-se no medo e que o futuro reserva-nos apenas o medo?
 
Eu não disse que o futuro reservava apenas o medo, eu disse que vocês atravessarão seus medos, simplesmente.
Porque vocês são identificados aos seus medos.
Quando se anuncia que vocês vão morrer de uma doença, vocês têm medo, exceto se são Absolutos.
É exatamente o mesmo princípio.

Jamais se escondeu de vocês, desde cinco ou seis anos, que o que vinha era a extinção da terceira Dimensão.
Se vocês têm medo ouvindo essas palavras, o que isso quer dizer?
É que vocês estão submissos a essa terceira Dimensão.
Submissos.
Aquele que é Absoluto não está submisso.

Questão: como distinguir a testemunha do observador?

É muito difícil.
Há uma nuance.
Por exemplo, quando vocês vivem o Despertar, tornam-se a testemunha.
Quando se aproximam da Infinita Presença, tornam-se o observador, que observa a testemunha, se se pode dizê-lo.

No Absoluto, o que acontece?
Vocês observam uma cena de teatro.
Vocês sabem que não são isso.
Vocês observam que há uma testemunha, sabem que não são ela.
Vocês observam por trás da testemunha um observador e vocês, vocês não estão em parte alguma, vocês estão por toda a parte.
E vocês veem isso como um jogo de papéis.

Portanto, o que diferencia a testemunha e o observador é, eu diria, o diafragma.
É a possibilidade de recuar e de observar isso com uma visão mais ampla, mais panorâmica.
Mas é muito próximo.

No Absoluto, o corpo não é mais percebido.
Não há mais pensamentos, mais mental, mais emoções, mais encarnação.
Vocês não estão mais localizados.
Enquanto vocês não o viveram, como dizia BIDI, vocês não podem compreendê-lo.

A problemática é que vocês querem compreender antes de vivê-lo.
Mas isso é típico da personalidade.
Ou vocês são capazes de viver, como havia dito, há alguns anos, HILDEGARDE DE BINGEN, essa tensão para o Abandono.
O que isso quer dizer, a tensão para o Abandono, hoje?
É que a Luz e o Amor tornaram-se a única obsessão.
Ela está aí, permanentemente, apenas há lugar para isso, quer vocês estejam ao volante, quer estejam falando.
Eu falei disso em minha vida, isso continua verdadeiro.

Eu vi, e vocês veem, também, ao seu redor, pessoas que querem, efetivamente, a Luz, sim, mas não é preciso que isso mude demasiado a vida deles, não é?
A Luz é feita, sobretudo, para tranquilizá-los, para dar uma vida sem estresse, mais agradável, dar o sentimento de que se controla as coisas.
Mas vocês nada controlam, vocês não podem controlar a Luz.

É nesse sentido que a vontade é extremamente contrária à Luz.
Jamais se viu ninguém na vontade preliminar da Luz, na vontade de fazer isso ou aquilo viver a Liberação.
Isso não existe, e vocês tiveram os testemunhos de UM AMIGO, vocês tiveram os testemunhos de IRMÃO K, no ano passado, que são extremamente potentes, que contaram a vivência deles.

Há um determinado momento em que o medo torna-se tão insuportável, em que a angústia torna-se tão insuportável que a única solução é desaparecer.
Não se suicidando, mas há um determinado momento em que a carga emocional e mental do medo, da angústia é tal, que há uma ruptura que se produz.

Muitas Liberações são produzidas assim, sobretudo em homens jovens, que ainda não estão esclerosados ou gagás.
Esse foi o caso para UM AMIGO, ele contou-lhes, esse foi o caso para IRMÃO K, esse foi meu caso, quando eu meditava em face do Sol.
É preciso que em tudo o que concerne ao que vocês creem ser e ao que são haja apenas a Luz e o Amor.
Isso não impede de fazer as coisas.
Mas o que quer que vocês façam, há esse último pensamento de Amor e de Luz que está aí, permanentemente.
É isso a tensão para o Abandono.

Agora, se seu caminho é o de recolher um pouco de Luz para manter sua pequena vida, então, bom proveito!
É sua escolha e ela é respeitável, totalmente.
Mas é ou um ou o outro.

Questão: para favorecer a Comunhão, há outra coisa a fazer além de ficar tranquilo?

Já, ficar tranquilo, é, sobretudo, nada fazer, estar na vacuidade do instante.
Eu os lembro de que a aura mental está ao redor do corpo, no algo, e que é essa estrutura mental que faz a barreira para outros planos, seja na magnetosfera, na heliosfera, na ionosfera: eu havia explicado os três envelopes isolantes, há três anos, já.

Hoje, o que acontece?
Vocês, talvez, receberam o Supramental.
O Supramental, no início, entrou pela cabeça.
Portanto, ele vinha perfurar os Véus da ilusão, o Véu mental e ativar os chacras superiores.
Depois, ele descia, não é?

A Onda de Vida e o Manto Azul da Graça têm por destino fazer desaparecer a porta Atração-Visão, o eixo falsificado da Luz, a Luz oblíqua.
E, portanto, ele se deposita sobre os ombros e põe fim a essa famosa concha isolante que é a aura mental.
Portanto, se vocês mantêm, por pensamentos outros que não a Luz, por obsessões que estão aí e que não são as suas, os medos, vocês cristalizam a periferia dessa aura mental.

Como vocês querem que, através disso, mesmo se vocês têm o Nada, O Som da alma, que seu Antakarana perfure o que vocês mesmos criaram ou deixaram instalar-se?
Do mesmo modo, como vocês querem que o Arcanjo MIGUEL desça a Vibração dele quando há uma concha mental assim?
É impossível.
Até o momento final em que as conchas serão dissolvidas na escala coletiva.
É da mecânica, do encanamento.

Questão: durante as canalizações, minha consciência desprende-se e eu perco a noção do tempo e do espaço.
Quando volto, sinto, por vezes, regiões do tórax em que não há mais matéria.
Por quê?

Infinita Presença.
Última Presença.
Vocês são cada vez mais numerosos, seja aqui, «ao vivo», seja lendo, seja escutando.
Há pessoas que leem três linhas, plouf, elas não estão mais aí.
É, no mínimo, eficaz.

Questão: eu dormia profundamente, com poucos sonhos, agora, sonho continuamente, sem lembrar-me dos sonhos, e levanto-me fatigada.
Por quê?

CRISTO havia dito: «vigiai e orai».
Vocês têm, todos, modificações com o Manto Azul da Graça e o Supramental que entra no Coração, agora, diretamente, modificações de funções fisiológicas: fome, sede, sono, apetite.
É normal.
Há os que vão refugiar-se lendo as canalizações, plouf, eles dormem durante cinco horas.
Há outros que dormiam perfeitamente e que não dormem mais, de modo algum.
E outros que não dormiam mais e que dormem.
Isso faz parte dos reajustes finais, é perfeitamente normal.

A Luz é Inteligência.
Se você acorda sem parar e tem os olhos cansados, isso quer dizer que é o melhor modo de fazer parar seu mental.
A Luz vai acabar com vocês [sentido figurado].

Questão: em alguns alinhamentos, fico muito cansada depois. Por quê?

Mesmo princípio e mesma resposta.

Questão: como saber se uma pessoa é um portal orgânico ou não?

Pela Vibração.
Tente emitir uma Vibração do Coração ou sentir a resposta do Coração em face de um portal orgânico.

Agora, mesmo os portais orgânicos, é preciso amá-los.
Mas vocês não sentirão o Amor deles.
Aliás, é preciso saber que, quanto mais vocês abrem seu Coração, mais fazem fugir os portais orgânicos.
Para eles, é incompreensível.
Agora, se vocês têm como companheira ou companheiro um portal orgânico, é problema seu.
Agradeçam-no por estar aí, porque ele os ajuda a transformar-se.

Questão: o que fazer para passar da consciência do observador à não consciência?

Justamente: nada fazer, ficar tranquilo.
Isso foi dito.
Vocês podem trabalhar na Infinita Presença.
Vocês podem trabalhar nos medos.
Não seus medos, mas o medo arquetípico ou, eventualmente, seus próprios medos.
Mas estes são mais fáceis de fazer desaparecer.
Depois, há, justamente, «nada fazer».

A maior parte dos Irmãos e das Irmãs que vivem a Presença ou a Infinita Presença, no momento da Dissolução, o que acontece?
O mental chega.
E por que ele chega?
Porque ele diz: «eu não respiro mais, o que acontece, o que acontece?».
É isso que é preciso fazer: ficar tranquilo.
Mas isso não é um fazer.
É o que foi chamado o Abandono do Si.

Questão: quais atitudes adotar, conforme zumbe no ouvido direito ou esquerdo?

Então, já, é preciso diferenciar o que, espontaneamente, para vocês, é o mais forte.
Há seres Despertos que têm zumbidos no ouvido direito que é, naturalmente, mais forte do que no esquerdo.
É raro, mas isso representa, aproximadamente, dez a vinte por cento dos Despertados, de acordo com as regiões do mundo.

É, efetivamente, para diferenciar do que havia dito SRI AUROBINDO, ou seja, quando vocês pensam em alguém, quando estabelecem uma Comunhão, quando portam sua consciência sobre uma pessoa, aí, vocês vão constatar que o Som modifica-se.

Se o Som amplifica-se à esquerda, isso quer dizer que o Irmão ou a Irmã na qual vocês pensam vive a Onda de Vida e o Manto Azul da Graça.
Se, ao contrário, o Som aumenta à direita, de onde vocês partem, porque, se vocês partem de um estado natural no qual o zumbido é mais forte à direita, ele deve, aí também, diminuir à direita e aparecer à esquerda ou reforçar-se à esquerda se é Luz ou se é um ser que vive a mesma coisa que vocês.
O ponto de partida é o ponto de partida.
É a modificação que vai dar-lhes a resposta, conforme ele suba de um lado ou do outro.
Ele não pode subir dos dois lados ao mesmo tempo.
Isso lhes dá informações sobre a possibilidade de estabelecer uma Comunhão com um Irmão, com uma Irmã, consigo mesmos, com o Duplo etc. etc.
É tudo.
Isso se torna mais delicado se você se põe na cama com alguém que canta muito algo em seu ouvido direito.

Não temos mais perguntas, agradecemos.

Bem, caros amigos, eu lhes agradeço.
Isso foi emocionante, espero que tanto para vocês quanto para mim.
Todo o meu Amor está com vocês.
Bom Absoluto, bom Si e boa continuação.
Até muito em breve.
Fiquem bem.
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2 comentários:

  1. Uma MSG sobretudo incisiva na questão do planeta grelha, e por isso mesmo, das mais oportunas e interessantes. Outros ícones desta tão substanciosa MSG: "1 - Enquanto você crê ser uma pessoa, você não pode viver a Onda de Vida. 2 - A sombra a mais difícil de ver é, justamente, esta: o apego à sua pequena pessoa, o apego ao seu pequeno desenvolvimento espiritual, aos seus pequenos chacras, ao seu pequeno Si, ou seu "grande" Si é a mesma coisa. 3 - A Infinita Presença é, verdadeiramente, o estágio o mais elevado do Despertar e ele se diferencia pelo fato de desaparecer da pessoa, da personalidade, do ego, das emoções, do mental. 4 - O guardião do limiar é, simplesmente, colocar-se em si: «será que estou pronto para tudo soltar, tudo perder?». Aí está a Liberdade, mas não antes".

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  2. "Ficar tranquilo, é , sobretudo, nada fazer, estar na vacuidade do instante.
    "A Onda de Vida e o Manto Azul da Graça têm por destino fazer desaparecer a porta Atração Visão, eixo falsificado da Luz, a Luz oblíqua. E, portanto, ele se deposita sobre os ombros e põe fim a essa famosa concha isolante que é a aura mental.
    "A Luz é Inteligência.
    "A Luz ilumina tudo.
    "Nada fazer, ficar tranquilo. Isso foi dito. ...Depois, há justamente, << nada fazer >>.

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