(GRAVAÇÃO REALIZADA A PARTIR DO TEXTO ORIGINAL FRANCÊS, SUJEITA, PORTANTO, A CORREÇÕES QUANDO DA TRANSCRIÇÃO).
Bem, BIDI está com vocês, e eu os
saúdo.
Vamos, se quiserem, prosseguir nossas
trocas, e eu os escuto.
Questão: dores pesadas nas costas, ao
nível das Portas, são a consequência de algo que se instala?
Tudo o que toca esse saco de alimento não me concerne, de modo algum.
É claro que existem respostas para
sua questão, mas quem coloca a questão?
O que é que, em você, tem necessidade
de identificar, de orientar-se, de definir, de localizar, de compreender?
É preciso apreender que, enquanto
existe uma interrogação concernente a esse saco, mesmo através de aspectos
nomeados Vibratórios ou energéticos, qualquer que seja o elemento concernido
(quer vocês chamem a isso Kundalini,
quer vocês chamem a isso Shakti, quaisquer
que sejam os nomes que existam, em um nível de realidade), isso não concerne,
de modo algum, ao que vocês são, em realidade.
Eu lembro de que não existe qualquer
solução de continuidade entre a Unidade e o Absoluto, mesmo em uma forma.
O conjunto de mecanismos –
denominados Vibratórios, vividos de diferentes modos, hoje, como antes, no
passado – não tem qualquer realidade fora do que vocês vivem neste tempo.
O que há a viver há a viver.
A procura de sentido do que é vivido
traduzirá, sempre, a interrogação da consciência.
Quer ela seja separada ou Unificada,
nada muda: toda consciência é apenas uma projeção.
Enquanto existe uma consciência,
qualquer que seja, vocês não podem estar na a-consciência.
Assim, portanto, eu o convido a
superar a procura de sentido e é preferível entrar na vivência do instante para
além de todo sentido buscado pela própria consciência, porque não há outro modo
de ser Absoluto.
Enquanto a consciência existe há,
tanto de uma maneira como de outra, projeção e, portanto, percepção e,
portanto, sentido, qualquer que seja.
Ora, qualquer que seja o sentido,
enquanto não há processo de tranquilidade, de meditação, se quer, enquanto há
um observador, não há Absoluto.
O que quer que se instale ou não.
É claro, existem leis próprias para
esse saco e para a interação desse saco com a consciência, quer essa
consciência esteja separada, em relação com a pessoa, ou Unificada, isso não
muda o sentido.
Toda explicação, toda busca de
sentido faz apenas projetar a consciência, qualquer que seja, ainda mais longe
do Absoluto.
O Absoluto contém a consciência.
Eu os lembro de que é o Centro,
presente em todos os pontos e todos os lugares, que não se importa com qualquer
Projeção.
O que jamais apareceu não
desaparecerá, jamais, e é o que vocês São, em Verdade.
Colocar, colocar-se do ponto de vista
do sentido e da explicação fará, sempre, apenas tranquilizar o mental, o ego, a
pessoa, mas não concerne, em nada, ao Absoluto que você É.
O único modo de apreender, para além
do mental, o que significa, para além de todos os sentidos, o que é vivido, é
fazer desaparecer o próprio observador, que observa o que é vivido.
Eu não retomarei o exemplo do teatro,
mas é como se, como observador, você me perguntasse porque, na cena de teatro,
tal pessoa sente tal coisa ou, eventualmente, porque o observador sente tal
coisa.
Eu o convido, portanto, e eu os
convido, portanto, de maneira cada vez mais insistente, a superar a observação
do que quer que seja porque, enquanto vocês observam, enquanto percebem,
enquanto há consciência, há a interação em uma camada do real ou em uma camada
da cebola, que não é a cebola, em sua totalidade.
Sentir uma dor nesse lugar desse saco
traduz, é claro, a interação entre a consciência limitada e a consciência dita
Unificada, mas tanto uma como a outra não são Absoluto.
Lembre-se de que todo conhecimento é
apenas ignorância.
O verdadeiro conhecimento reconhece
isso, porque ele sabe que tudo o que é observado, mesmo de maneira importante,
como um processo nomeado espiritual, como o despertar do Kundalini, é apenas um espetáculo que não conduz a lugar algum,
porque ele se dirige a esse mundo.
Enquanto você não reencontrou o que
você É, antes de todo sentido de uma identidade, qualquer que seja – ou seja,
uma localização e uma projeção da consciência – você não pode estar tranquilo
e, ainda menos, Liberado, porque o que você É é Liberado, de toda a Eternidade.
Lembrem-se: não é, jamais, uma pessoa
ou um ego que é liberado, mas é, efetivamente, vocês, o que vocês São, que é
Liberado do ego, da pessoa.
Aí também, é uma questão de ponto de
vista, mas esse ponto de vista não é uma opinião, nem mesmo um posicionamento
da consciência, mas, efetiva e realmente, o que você É, em Verdade.
Eu completaria dizendo que toda
percepção é ligada apenas a uma modificação de equilíbrio, quer seja a deslocalização
do corpo, a deslocalização de uma ideia, a deslocalização do que quer que seja,
tudo isso traduz apenas uma projeção da consciência em um efêmero.
É preciso superar a noção de
movimento, a noção de percepção, a noção do próprio sentido do que é vivido.
É, se posso nomear assim, o estado o
mais indispensável, porque encontrar esse estado de Imobilidade – o que você É,
em Verdade – dá sentido e explica, para além do mental, as razões de ser ou de
não ser de tal manifestação.
Mas não façam da manifestação, mesmo
o despertar do Kundalini, uma
finalidade, porque vocês se enganam, nesse caso.
Quem busca?
Quem procura?
O que é a consciência que observa,
que separa ou que unifica?
Existe um ponto no qual você está
presente, em todos os pontos.
É dessa localização – que é além de
todo lugar e de todo ponto – que você vive o que você É.
O que você É não pode, de modo algum,
ser conhecido, qualquer que seja a percepção ou o conhecimento do que lhes é
conhecido.
É impossível.
Questão: a compaixão tem um lugar no
Absoluto?
O Absoluto é a compaixão, mas não a
compaixão exprimida do ponto de vista do ego, da pessoa ou desse mundo.
A compaixão concerne a uma
consciência e a outra consciência e a uma transferência que se efetua dessa
consciência à segunda consciência e, é claro, da segunda à primeira consciência.
Há, portanto, movimento.
Há, portanto, percepção.
Isso não faz, de modo algum, mudar o
ponto de vista e não concerne, de modo algum, ao Absoluto, que contém o Tudo, o
Nada, o conjunto de experiências, o conjunto de consciências, a FONTE, tudo o
que é efêmero.
Mas se seu ponto de vista coloca-o,
unicamente, na expressão da compaixão, da empatia, do carisma e, mesmo, do
amor, no sentido da pessoa, isso nada resolve.
O que sustenta e porta o Absoluto e o
Amor, o Éter, o que transporta o Amor e o Éter – em sua forma harmoniosa ou
desarmoniosa – concerne à consciência.
O Absoluto nada pode experimentar.
Ele não está, contudo, ausente, mas,
bem ao contrário, totalmente presente à Verdade Final: é o estado de Jnani, o estado de conhecimento, que
reconheceu que todo conhecimento desse mundo no qual vocês estão representa, em
definitivo, apenas uma ilusão, apenas uma verdade volátil, que não tem qualquer
sentido no que você É.
O Absoluto, se posso dizê-lo assim,
reconhece-se a ele mesmo.
E não pode existir, em um Absoluto
com forma – mesmo manifestado em uma pessoa ou em um Coração – interrogação sobre
o estado Final que é vivido.
O Absoluto com forma, o Jnani, observa a compaixão, observa o
desenrolar da consciência, mas pode, também, passar de toda observação,
imergindo na Morada de Paz Suprema que, é claro, é uma compaixão que eu
qualificaria de total, que não tem necessidade de ser exprimida e manifestada
para com outra consciência, mas, bem mais, ao conjunto de consciências.
Há, portanto, uma despersonalização,
em Shantinilaya, que os põe em estado
de completude.
Essa Infinita Presença ou Completude
conduz-se por si mesma, a partir do instante em que o observador desaparece e,
portanto, a consciência desaparece, e coloca-os, de imediato, no parabrahman, nesse Absoluto e nesse
Final que, eu os lembro, jamais se moveu, jamais foi deslocado, jamais apareceu
e não desaparecerá, portanto, jamais: é o que vocês São.
Só a ilusão da atribuição a uma
forma, só a ilusão de ser uma consciência desviou-os, de algum modo, do que
vocês São.
Questão: o que é da suavidade no
Absoluto?
A suavidade é diferente para cada um.
Cada um tem uma escala própria de
valores concernentes tanto à suavidade como ao Amor, como à Verdade, como à
Ilusão, como à mentira.
Cada um, cada pessoa, em um saco, tem
sua própria escala.
Sua escala é função de quê?
De suas experiências e, portanto, de
sua própria consciência.
Em Shantinilaya – que foi traduzido por Morada de Paz Suprema – há lugar
apenas para o Absoluto.
Não se pode dizer que o Absoluto seja
repleto – ou desprovido – de suavidade, não se pode dizer que ele seja pleno –
ou vazio – disso, uma vez que é, efetivamente, além de tudo isso.
O próprio desejo de suavidade, como o
desejo de amor, nesse mundo, faz apenas traduzir a falta, porque aquele que é
suave não se coloca, jamais, a questão da suavidade.
Aquele que é violento não se coloca,
jamais, a questão da violência.
A suavidade, como a violência, são
apenas colorações da consciência, certamente, definidas como agradáveis ou
desagradáveis, mas concernentes apenas ao efêmero.
Enquanto há identificação a esse
saco, enquanto a refutação e a investigação não foram levadas ao seu termo, é
claro, colocar-se-á a questão da compaixão, da suavidade, da Vibração emitida,
da Vibração recebida, da consciência percebida, mas, em caso algum, isso
concerne ao Absoluto.
Vocês podem exprimir, nesse mundo –
e, portanto, manifestar uma consciência, inscrita em um corpo – apenas se vocês
mesmos conhecem esse princípio da falta, esse princípio de ausência que os
conduz a procurar a suavidade, o amor, a violência, a amizade.
Pouco importa.
Enquanto vocês consideram isso como
verdadeiro, vocês estão na procura.
Mas aquele que procura mostra, com
isso, sua ignorância do que ele É.
Porque o que você É, você o É.
Você não pode, portanto, procurá-lo,
nem na suavidade, nem na completude, nem na incompletude de quem quer que seja
ou do que quer que seja porque você fará, sempre, através disso, apenas
exprimir um movimento de uma procura, ligada a um vazio ou a uma plenitude.
Enquanto esse gênero de procura e de
investigação existe, o Absoluto não é revelado.
Eu os lembro de que o Absoluto não
pode ser, de modo algum, qualificado porque, assim que há qualificação, emoção,
definição, sentido, há projeção, há consciência.
E, enquanto a consciência está
presente, quer ela seja, eu repito, separada ou Unificada, isso, estritamente,
nada muda ao problema da própria consciência.
Enquanto há movimento, vocês não são
o que vocês São, qualquer que seja esse movimento.
O movimento traduz uma procura,
qualquer que seja, quer seja no saco de alimento ou no saco mental.
É, justamente, isso que vocês devem
perceber, antes de desviar-se, mesmo, dessa percepção.
É o exemplo que eu exprimi, em
numerosas reprises, concernente à cena de teatro, ao espectador, ao teatro, em
si mesmo, e aquele que saiu de tudo isso.
Dito em outros termos, a consciência
pode ser sem fim, sem, contudo, jamais atingir qualquer Absoluto.
Nenhuma consciência, nenhuma Vibração
pode conduzi-los a ser o que vocês São.
É, justamente, o que alguns Anciões
nomearam a maturidade espiritual que os faz viver e compreender, para além do
mental, a estupidez e a inépcia de toda procura.
Vocês não podem procurar o que vocês
São, uma vez que vocês o São, já, desde sempre.
Questão: se nós éramos Absoluto, qual
é, então, o interesse de toda criação de ilusão?
Observar-se a si mesmo.
São os jogos da criação e da
manifestação, quaisquer que sejam o que vocês nomeiam as Dimensões.
É um jogo de papéis, mais ou menos
agradável, mais ou menos detestável, mas que não conduz a lugar algum.
A ilusão é, justamente, crer em
qualquer evolução.
O que é perfeito não pode evoluir.
O que vocês São, É, desde sempre.
Só o ego crê em uma evolução.
Só o conhecimento daquele que crê
nisso o faz perceber um sentimento de evolução.
O que vocês São não tem necessidade
de tempo.
O que vocês São não tem necessidade
de experiências.
Crer que vocês devam experimentar (ou
evoluir) é uma ilusão da pessoa, de um conjunto de pessoas, de uma comunidade
de pessoas ou de um próprio mundo.
Enquanto vocês estão presos a esse princípio temporal de evolução, vocês não podem ser Livres.
Ora, o que vocês São É a Liberdade.
O interesse define-se apenas para a
consciência, qualquer que seja sua forma de manifestação.
Para o Absoluto que vocês São isso,
estritamente, não tem qualquer interesse, qualquer vantagem, qualquer objetivo,
qualquer finalidade se não é o de manter, permanentemente, a roda da Ilusão ou Samsara.
Essa roda não para, jamais, porque
vocês a nutrem.
Vocês estão em um sonho comum, que
não tem qualquer realidade absoluta, qualquer substância, embora vocês tenham a
percepção diametralmente oposta disso.
Mas, para perceber isso, para Ser
esse Absoluto, é preciso, já, aceitar mudar de ponto de vista, refutar todo
efêmero, ter efetuado sua investigação.
E sua maturidade chegará à conclusão
de que tudo isso é apenas um engano, mantido por um sonho comum e por leis que
nada têm a ver com o que vocês nomeiam a Graça.
É uma armadilha.
Questão: é importante Ser Absoluto no
momento do planeta grelha?
O Absoluto que você É não se importa
com o planeta grelha.
Eu vou fazê-lo compreender através de
imagens.
Vou retomar outra imagem: há uma
marionete que se move graças a cordões.
Há uma mão que segura os cordões.
Aqui, nesse mundo, você é uma
marionete.
Vocês não veem nem os cordões, nem a mão, nem o que está além da mão que move a marionete.
E vocês são a marionete.
Vem um momento, um tempo – que dá a
impressão de uma linearidade – no qual vocês percebem os cordões e a mão.
O que acontece, naquele momento?
Como para o teatro, vocês tomam
consciência de que não são nem a marionete, nem os cordões que fazem mover a
marionete.
Mas não é preciso parar aí.
O que vem, com o planeta grelha, como
lhes disse aquele que vocês nomeiam Comandante (ndr: O.M. AÏVANHOV), é o
retorno do Éter Primordial, do Fogo Original, do Fogo de Amor, que é uma
qualificação e um qualificativo de manifestação da FONTE.
O planeta grelha corresponde à
Unidade, à FONTE, à Luz.
Mas enquanto vocês não estão
Despertados ao que vocês São – que é além da FONTE – vocês não são Livres.
O planeta grelha é a reminiscência,
não do Absoluto, mas da Fonte.
Enquanto vocês vivem esse evento como
exterior a vocês ou como interior a esse saco, que se vive em algum lugar –
como o Coração, o kundalini, o chacra
coronal ou qualquer que seja o chacra – vocês estão, ainda, na distância.
Vocês veem os cordões que queimam e a
marionete que cai (que não é mais animada), mas vocês nada são de tudo isso,
porque vocês existem, ainda, em uma projeção.
Todo o problema vem da manutenção do
efêmero.
O Absoluto não é a Fonte.
O Absoluto contém – se posso dizê-lo
assim – a FONTE.
Eu diria que a FONTE manifesta-se e
revela-se graças ao Absoluto.
O que acontece, nesse momento, em
vocês, como sobre a Terra, como no que vocês nomeiam profecias, realizações,
manifestações, quaisquer que sejam, são apenas jogos da consciência.
O Absoluto não é uma consciência.
Algumas consciências, inscritas em um
saco de alimento, na ocasião de um movimento diferente, de uma transformação de
um meio, sob a ação do Fogo, desencadeiam uma deslocalização e, portanto, um
movimento.
Por vezes, esse movimento pode
aparecer como uma retração, uma sideração que pode, efetivamente, fazer
desaparecer a consciência e, portanto, Ser Absoluto.
O interesse define-se apenas em
relação à consciência.
Mas se você exprime isso, isso
mostra, simplesmente, que seu ponto de vista é aquele da pessoa, porque o
Absoluto não se importa com o que se torna esse mundo, esse saco de alimento ou
mental.
Ele não é mais concernido por isso.
A Morada de Paz Suprema não pode ser
alterada por qualquer modificação do ambiente, do mundo ou, mesmo, desse corpo.
É, sempre, o ego que aspira ser
Liberado.
Vocês não têm que Ser Liberados, a
partir do instante em que saem do jogo da consciência.
Porque dizer «Ser Liberados» é, portanto,
admitir que vocês não são Livres.
Tudo vem, simplesmente, da
localização de sua consciência ou de uma consciência na marionete, nos cordões,
na cena de teatro ou na poltrona do espectador ou, então, fora de tudo isso.
Mas um movimento brutal, violento
desemboca – pelo fenômeno de contração ou de sideração – na escapada fora da
consciência.
Naquele momento, o Absoluto com forma
está presente.
Ele sempre esteve.
Isso não é um objetivo a realizar, a
concretizar, mas é, simplesmente, Ser o que você É, para além de toda forma, de
toda identidade, de todo mundo, de toda Dimensão.
Um dos Anciões havia explicado o jogo
da Luz, o jogo de Sombra e de Luz, da projeção da Luz através de uma forma (ndr:
ver as intervenções de IRMÃO K, na rubrica «mensagens a ler»).
O sofrimento desse corpo, o fim desse
corpo concerne apenas à consciência que está inscrita nele.
Mas a partir do instante em que a
consciência não é mais inscrita nele e torna-se, portanto, Unificada, que manifesta
a Presença ou, mesmo, a Infinita Presença, o único obstáculo para o Absoluto é
o próprio observador.
O observador tem necessidade de
sentir, de Vibrar.
É quando isso desaparece que você É
Absoluto.
Naquele momento, você passa de um
estado a outro sem qualquer problemática, sem qualquer dificuldade e,
sobretudo, você não se coloca mais, jamais, a questão do que você é, do que
você será ou do que você foi, porque isso concerne apenas à pessoa e nada mais.
Questão: o Absoluto revela-se quando
a Merkabah desce até o coração?
Isso pode ser possível, mas não é uma
consequência.
O que vocês nomeiam movimento de
forma, de Vibração, de um lugar a outro desse corpo concerne, é claro, à
consciência Unificada.
Mas o Absoluto não é isso.
A Ascensão, como vocês a nomeiam, ou
a morte, ou o aparecimento nesse mundo pelo nascimento, estritamente, nada muda
à sua natureza.
Eu repito, é o ponto de vista.
Enquanto você se coloca na pessoa,
você se coloca a questão da evolução dessa pessoa ou dessa consciência.
Mas você não é nem essa pessoa, nem
essa consciência manifestada.
Você é além.
Eu o repito, neste dia, uma terceira
vez: não é, jamais, você que é Liberado, como ego, mas é, efetivamente, o que
você É que é Liberado do ego e, portanto, da influência do saco de alimento ou
mental.
Quando você é Liberado da influência
do saco de alimento ou do saco mental, quando você é Liberado da própria
consciência, então, você reencontra, realmente, o que você É.
Não pode existir, nesse nível,
qualquer dúvida.
Isso não é nem uma certeza, nem uma
evidência, ainda menos um sentido ou um significado, mas, efetivamente, a
integralidade do que você É.
Questão: como pode haver Absoluto com
forma, uma vez que a forma acompanha-se de uma localização da consciência?
Aquele que é Absoluto com forma está
consciente de que existe um corpo, uma atividade do pensamento, uma história.
Mas ele não é mais identificado a
tudo isso.
A maior problemática que vocês
evocam, há numerosos meses, concerne, unicamente, a isso.
É seu ponto de vista que é falso.
Vocês não podem conservar o ponto de
vista de uma pessoa, de um ego ou de um Ser Desperto à Luz e ser o que vocês
São.
É impossível.
A questão, mesmo colocada desse modo,
mostra que ela tenta compreender como não ser localizada, ao mesmo tempo
estando em uma forma.
Eu lhe responderei: «saia dessa forma».
Não em uma quimera, não em uma fuga,
não em uma projeção, mas parando toda consciência.
E aí se revela o que você É, sem
qualquer dificuldade, sem qualquer interrogação, sem qualquer dúvida, sem
qualquer projeção e sem qualquer ilusão.
Mas enquanto você não é esse
Absoluto, como você pode sê-lo enquanto não o tenha vivido, você mesmo, como
realidade Final, como única Verdade?
Absoluto com forma ou sem forma,
estritamente, nada muda.
Simplesmente, aquele que mudou seu
ponto de vista (porque sua consciência está inscrita em uma pessoa, em um
saco), este, vive o Absoluto, qualquer que seja a evolução desse saco, qualquer
que seja a evolução dessa forma, desse corpo como desse mundo.
Isso não é uma recusa da vida, mas,
bem mais, entrar na Verdadeira Vida e não no reflexo da vida.
Vocês tomam o reflexo pela Verdade.
Como aquele que observa os jogos de
sombra e de luz projetados pela Luz.
O Absoluto não é nem uma questão de
forma, nem de consciência, qualquer que seja.
Eu diferenciei Absoluto com forma do
Absoluto sem forma por razões didáticas.
Mas aquele que descobre o que ele É,
de toda a Eternidade, não é mais afetado por esse corpo, por qualquer interação
desse mundo, mesmo se ele ali possa jogar.
Mas ele está consciente de que é um
jogo, de que não é a Verdade.
Ele não está mais submetido nem à sua
própria forma, nem à sua própria consciência.
O problema vem do fato de que vocês
definem tudo em relação à consciência.
Ora, efetivamente, tudo pode
definir-se através da consciência, mas não o Absoluto.
Ser Absoluto com forma é desaparecer a
si mesmo.
É o Abandono do Si.
É aceitar desaparecer, inteiramente.
O que não quer dizer pôr fim, de
qualquer maneira, a esse saco ou a esses sacos, mas, verdadeiramente, não mais
a ele estar identificado, nem localizado.
É claro, o ego e a consciência vão
crer que é a morte, porque, efetivamente, é a morte deles.
Mas a morte deles não significa sua
morte.
Quem morre?
O saco de alimento.
Quem morre?
As ideias, os pensamentos.
Mas o que você É não pode morrer, nem
mesmo nascer.
Não temos mais perguntas,
agradecemos.
Então, BIDI saúda-os.
E vamos viver, juntos, para além da
percepção, para além de seu saco, para além de suas Vibrações, o que se tem ao
centro do Centro, longe de todo movimento, de toda localização e de toda
consciência.
... Partilhar da Doação da Graça...
Nada observem, nada façam.
Como lhes disse UM AMIGO: «fiquem
tranquilos».
Desapareçam para si mesmos.
Nada observem.
Nada decidam.
... Partilhar da Doação da Graça...
Como lhes disse outro Ancião, aceitem
ser Nada, para Ser Tudo, além do Tudo.
... Partilhar da Doação da Graça...
Se vocês se esquecem de si mesmos,
como forma, como história, como memória, como identidade.
... Partilhar da Doação da Graça...
Bem, BIDI diz: até logo e até uma
próxima vez.
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Compartilhamos estas informações em toda transparência. Obrigado
por fazer do mesmo modo. Se você deseja divulgá-las, reproduza a integralidade
do texto e cite sua fonte: http://www.autresdimensions.com/.
"Mensagem Chacoalhão". Fomos longe demais em nossas 'bobajadas', e pior, acreditamos como 'verdades'. Agora, com o BIDI, refutar, desapegar, desacreditar, parece penoso, ter muitas perdas e é, exatamente aí, que ficamos liberados da Ilusão.
ResponderExcluir"É. É e É".
Noemia
É inegável a superação após outra, de todas estas msgs; e esta parece ter ido ainda além. Eis alguns primores, dos mais preciosos, manifestados nesta MSG esplêndida: "1 - O que jamais apareceu não desaparecerá, jamais, e é o que vocês São, em Verdade. 2 - O único modo de apreender, para além do mental, o que significa, para além de todos os sentidos, o que é vivido, é fazer desaparecer o próprio observador, que observa o que é vivido. 3 - Eu o convido, portanto, e eu os convido, portanto, de maneira cada vez mais insistente, a superar a observação do que quer que seja. 4 - Lembre-se de que todo conhecimento é apenas ignorância. O verdadeiro conhecimento reconhece isso, porque ele sabe que tudo o que é observado, mesmo de maneira importante, como um processo nomeado espiritual, como o despertar do Kundalini, é apenas um espetáculo que não conduz a lugar algum, porque ele se dirige a esse mundo. 5- Lembrem-se: não é, jamais, uma pessoa ou um ego que é liberado, mas é, efetivamente, vocês, o que vocês São, que é Liberado do ego, da pessoa. 6 - Vocês estão em um sonho comum, que não tem qualquer realidade absoluta, qualquer substância, embora vocês tenham a percepção diametralmente oposta disso. 7 - O observador tem necessidade de sentir, de Vibrar. É quando isso desaparece que você É Absoluto. 8 - Ser Absoluto com forma é desaparecer a si mesmo. É o Abandono do Si. É aceitar desaparecer, inteiramente".
ResponderExcluir"Lembrem-se: não é, jamais, uma pessoa ou um ego que é liberado, mas é, efetivamente, vocês, o que vocês São, que é Liberado do ego, da pessoa.
ResponderExcluirAí também, é uma questão de ponto de vista, mas esse ponto de vista não é uma opinião, nem mesmo um posicionamento da consciência, mas, efetiva e realmente, o que você É, em Verdade."
O liberado vivente é aquele que é a vida;
O liberado vivente é aquele que pode amar, pode interagir, pode-se relacionar, mas ele não é afetado pelo o desenrolar das situações;
O liberado vivente é aquele que causa impacto em seu próximo por um olhar, ou um gesto, pois ele é além das palavras;
O liberado vivente tem seu corpo, seus pensamentos, seu ego, mas estes são apenas acessórios, os quais, sua consciência não se prende a eles, e não é afetado por eles, pois o liberado vivente É além de todo estado;
O liberado vivente não pode mais ser arrastado pelas emoções; pois ele é serenidade, tranquilidade diante de qualquer situação,
O liberado vivente vive neste mundo, mas ele não pertence a este mundo, ele vê além dos jogos de maya.
O liberado vivente é a Morada da Paz Suprema
"Ser o que você É, para além de toda forma, de toda identidade, de todo mundo, de toda Dimensão.
ResponderExcluir"Você não é nem essa pessoa, nem essa consciência manifestada.
"Absoluto com forma ou sem forma, estritamente, nada muda.
"O Absoluto não é nem uma questão de forma, nem de consciência, qualquer que seja. Eu diferenciei Absoluto com forma do Absoluto sem forma por razões didáticas. Mas aquele que descobre o que ele É, de toda a Eternidade, não é mais afetado por esse corpo, por qualquer interação desse mundo, mesmo se ele ali possa jogar. Mas ele está consciente de que é um jogo, de que não é a Verdade. Ele não está mais submetido nem à sua própria forma, nem à sua própria consciência.
"Ser Absoluto com forma é desaparecer a si mesmo. É o Abandono do Si.
É aceitar desaparecer, inteiramente.
"É claro, o ego e a consciência vão crer que é a morte, porque, efetivamente, é a morte deles. Mas a morte deles não significa sua morte.
"O que você É não pode morrer, nem mesmo nascer.
"Vamos viver, juntos, para além da percepção, para além de seu saco, para além de suas Vibrações, o que se tem ao centro de Centro, longe de todo movimento, de toda localização e de toda consciência.
"Nada observem, nada façam. Fiquem tranquilos.
Desapareçam para si mesmos.
"Aceitem se Nada, para Ser Tudo, além do Tudo."