Mensagem publicada em 20 de outubro, pelo site
AUTRES DIMENSIONS.
(GRAVAÇÃO REALIZADA A PARTIR DO TEXTO ORIGINAL FRANCÊS, SUJEITA, PORTANTO, A CORREÇÕES QUANDO DA TRANSCRIÇÃO).
Bem, BIDI está com vocês.
Eu os saúdo e vamos
trocar.
Eu os escuto
Questão: porque eu
sinto sempre como uma agressão em sua expressão?
Porque existe em você uma
necessidade de compreender, e como eu disse, o que eu exprimo não é para
compreender.
Eu lhe proponho,
portanto, adormecer, completamente: é o único modo para que o que resta de
personalidade não possa fazê-lo reagir.
A Vibração de minha voz
abre algumas Portas, e como vários constataram, o que é essencial no tempo da
escuta, não é uma compreensão.
Eu o lembro de que você
não pode compreender o que você É.
Assim, o que se opõe ao
que você É, ao nível de sua pessoa, pode traduzir-se por uma cólera, uma
rejeição, uma negação, ou como você diz, um riso nervoso.
Passado esse estágio, a
partir do instante em que há uma forma de aclimatação ao que eu exprimo, então,
naquele momento, pode realizar-se o que deve realizar-se em você.
Não se esqueçam de que o
Amor que vocês nomeiam Vibral, não se dirige aos sentimentos humanos e, ainda
menos, à pessoa, mas ao que se tem por trás da pessoa.
Será que o espectador que
olha a cena de teatro irá ver um ator para perguntar-lhe como ele fala?
O melhor modo de dar-se
conta da cena de teatro e do espectador é, portanto, sair do teatro.
Esses mecanismos
desenrolam-se, exatamente, no Interior de vocês.
Eu já exprimi que o
adormecimento é a prova do que se desenrola.
Qualificar o Amor (através
de uma voz, através de uma atitude, através de uma sedução), é próprio das
pessoas.
Superar a pessoa é não
mais jogar esses jogos.
Enquanto você está
sujeito ou submisso a qualquer reatividade, o que se exprimirá será sempre a
pessoa.
É por isso que eu exprimi
que o fato de adormecer era, certamente, o melhor modo de aproximar-se do que
você É.
Assim, portanto, em lugar
de colocar-se a questão de minha voz, pergunte-se o que ri em você.
O que é que dorme?
O que é que está presente
pela metade?
Observe, realmente, o que
emerge naquele momento, e você terá suas próprias respostas.
O que você exprime traduz
uma forma de apego moderado aos modos de expressão, às intenções, aos
comportamentos que você traduz através do filtro de sua pessoa, como Amor ou
como outra coisa.
Mas o Amor Vibral não é
isso.
O Absoluto, ainda menos.
Questão: se você
preconiza dormir, porque pede, então, perguntas?
Há sempre os que não
dormem.
Porque se vocês
dormissem, todos, a ilusão não existiria mais.
O que eu nomeio sono é o
que lhes permite, justamente, compreender que o que vocês São nada é do que
vigia, nada é do que se exprime e nada do que passa.
Quando vocês dormem (além
dos sonhos ou de pesadelos), vocês se lembram de que dormiram, exceto olhando o
relógio?
O que aconteceu durante
esse tempo?
Bem, o mundo não existia
mais para vocês: não mais marido, não mais mulher, não mais filhos, não mais
preocupações.
E, no entanto, vocês
desapareceram?
O que desapareceu foi o
mundo.
Não vocês.
O sono é um meio, por
exemplo, de aproximar-se do que você É.
Eu esclareço, como eu
tive ocasião de dizê-lo inúmeras vezes, aqui, como em minha casa, quando eu
recebia indivíduos: os momentos os mais intensos eram aqueles em que não havia
nem questão, nem resposta.
Como uma suspensão do
tempo, no sono.
E quando nós chegávamos a
dormir, todos, tudo era transformado.
Então, vocês podem
qualificar isso: vocês podem chamá-lo a Graça, o Espírito Santo, a Unidade, o
Absoluto.
Pouco importa.
O que vocês observam é
que há, no desaparecimento da consciência, um mecanismo fundamental, porque
quando a consciência volta, através dos silêncios, então, vocês estão
diferentes.
Do mesmo modo que quando
dormem, isso põe fim, em geral, à fadiga do corpo, à noite.
E, no entanto, vocês
estavam ausentes desse corpo.
Isso para mostrar-lhes e
fazê-los viver que, a partir do instante em que vocês param de fazer atuar a
pessoa, a partir do instante em que ela se apaga, então, tudo pode ir apenas
perfeitamente bem.
Lembrem-se de que o que lhe
dá dor será sempre a pessoa ou a interação de pessoas.
O Amor não é uma
interação, o Absoluto ainda menos.
Aí está porque eu falo do
sono.
Como eu disse também, e
eu repito hoje: o impacto de minha voz faz-se sobre um dos sacos sutis que
vocês nomeiam o corpo causal.
Ele afrouxa, de algum
modo, os laços que vocês mantêm com a pessoa que vocês creem ser.
É claro, a pessoa
rebela-se: ela pode achar minha voz desagradável, ela pode achar que eu digo
inépcias.
Toda pessoa terá, sempre,
razão em face de mim.
Porque eu me dirijo ao
que há por trás da pessoa, ou à frente.
Questão: passar da
personalidade ou do Si, ao Absoluto, resulta de um contrato de alma ou é
independente do que nós somos nesta vida?
Mas o contrato de alma
concerne apenas à alma.
A alma não pode ser
Absoluto.
A alma é efêmera, em
outra escala de tempo do que a pessoa.
O Absoluto não é um
objetivo a conquistar, nem uma Passagem.
Não se pode passar da
pessoa ao Absoluto e, ainda menos, do Si ao Absoluto.
Apenas no Abandono à Luz
e no Abandono do Si, é que o Absoluto É.
Seu ponto de vista é
falso.
O Absoluto é sua
natureza, bem antes da encarnação, bem antes da falsificação, bem antes dos
jogos da sombra e da Luz.
Enquanto você considera
que o Absoluto é uma passagem, uma continuidade, um contrato, ou algo que
dependa de outra coisa, você se engana.
É sempre a pessoa (instalada
mesmo no Si), que o faz crer que o Absoluto seja um objetivo, que haja uma
distância, que haja algo, ao longe, a obter.
Você não pode obter o que
você É.
Só o ego o faz crer
nisso.
Como eu disse, também,
remonte em sua memória até sua pequena infância.
Tente encontrar os
primeiros momentos nos quais você perdeu esse Absoluto.
Mas o Absoluto sempre
esteve aí.
Foram vocês que criaram
uma distância, como eu mesmo criei uma distância através de uma procura, de uma
ascese.
É, efetivamente, quando
você desaparece no sono, que o Absoluto está aí.
O contrato de alma
concerne apenas à alma.
Você já viu uma alma?
Dê-me a prova da alma.
O Absoluto não tem
necessidade de prova, e não é uma prova.
É o que sempre esteve aí.
O que eu nomeio centro,
em cada Centro, em cada ponto.
Enquanto seu ponto de
vista é dividido, dependente de sua história, de uma suposta alma, de um
suposto contrato, de uma suposta outra pessoa, você não pode ser o que você É.
Porque você se coloca, a
si mesmo, segundo leis.
O Absoluto não é
concernido por qualquer lei.
Questão: há uma forma
de tédio no Absoluto? Gostaria de compreender.
Nada há a compreender.
Justamente, enquanto você
tentar compreender, você não pode ser o que você É.
Porque você parte de uma
suposição ou de uma interrogação, perguntando-se qual é o sentido de tudo isso.
É um problema de
perspectiva e de ponto de vista.
Enquanto você permanece
na pessoa, enquanto permanece no «eu» que você crer ser, nenhum Absoluto pode
ser.
No entanto, é o que você
É.
Eu falo de mudar de ponto
de vista: penso que é a frase que eu mais repeti desde que intervenho.
Mude o ponto de vista e
depois você verá, por si mesmo.
Mas se você permanece no
mesmo lugar para tentar apreender o que você É, você não poderá, jamais.
Abandone-se, não reflita
mais e você verá por si mesmo.
Mas enquanto você
permanece aí onde você está (seja no ego ou no Si), com uma necessidade de
referência, de comparação, de compreensão, de definição, você permanece no
efêmero.
Você quer fazer atuar a
consciência, mesmo expandida, para compreender o que você não pode compreender.
Mude de localização, de
perspectiva, de ponto de vista, e isso aparecerá a você, claramente.
É por isso que eu falo do
sono.
A manifestação releva da
consciência.
A expressão da
manifestação releva da FONTE.
O suporte de toda
manifestação é o Amor.
Mas você não pode ser a
manifestação e tomar consciência do suporte que você É.
É um problema de ponto de
vista e de perspectiva, e não uma equação a resolver aí onde você está.
Você pode girar, durante
mil anos, o questionamento, ler tudo o que quiser sobre o Absoluto, você não se
aproximará, jamais, dele enquanto você reflete.
Só o Abandono do Si, que
alguns se aproximaram (através de expressões que lhes foram comunicadas:
Infinita Presença, Absoluta Presença, Última Presença.
Pouco importa, são,
simplesmente, estados da consciência que se manifestam antes de seu próprio
desaparecimento), e que os leva, portanto, ao Absoluto e à a-consciência.
Mas se você permanece
todo o tempo a partir de sua consciência, você nada perceberá.
O Absoluto contém a
consciência e a FONTE.
Mas o Absoluto revela-se
a partir do instante em que a consciência não está mais.
É claro, estando em uma
forma, quando isso é vivido, não há mais qualquer dúvida possível.
Toda interrogação
torna-se estéril.
Não há mais sentido a
procurar, não há mais reação a manifestar, nem demissão em relação à sua
própria vida, mas simplesmente, ver as coisas a partir do Centro, que mudou de
ponto de vista.
Naquele momento, você não
poderá, jamais, duvidar, um segundo, do que aconteceu.
E o conjunto da consciência,
o conjunto de sua vida (mesmo mantendo essa forma), não terá mais, jamais, a
mesma coloração, nem o mesmo ponto de vista.
É sempre o ego que
procura.
É sempre o Si que se olha
a ele mesmo, mas isso não é o Absoluto.
Só a consciência pode ali
encontrar um tédio, quando ela não o viveu.
Mas assim que a
consciência tenha desaparecido (e que você constate que há algo que não é da
ordem consciente, voltando à consciência), então, a consciência está diferente,
não antes.
Tudo isso se junta ao
medo.
O medo de desaparecer, o
medo do fim.
O medo de não
experimentar, de não apreender, de não compreender.
Isso concerne, definitivamente,
apenas à pessoa, apenas ao ego e apenas ao Si.
Questão: viver a
revelação da Graça permite-se estar no Absoluto?
A revelação total da
Graça leva-os ao último estado possível.
Mas o sacrifício da
consciência são vocês que o realizam, ninguém mais.
O Absoluto não é a
revelação do que quer que seja.
O Absoluto não resulta de
uma prática: ele resulta, simplesmente, de um Abandono total do Si.
É a condição sine qua non para que a Onda de Vida
lance-se, percorra o conjunto desses sacos efêmeros.
Naquele momento você é
Absoluto, o que você sempre foi.
Existem numerosos
exemplos.
Eu tomei aquele do teatro.
Vocês podem tomar aquele
da cebola, que eu já dei.
Vocês pode tomar o
exemplo da corda (que eu dei) que é tomada por uma serpente.
Tudo isso são apenas
jogos de aparência, projeções, fora do você É.
Enquanto isso existe,
enquanto você crê depender de um elemento, dito exterior ou Interior, você faz
errado.
É justamente quando todos
os elementos, exteriores e Interiores, desaparecem, que você é Absoluto.
Existe um estado, antes
do Absoluto, no qual a consciência perde seus marcadores.
Ela não sabe mais onde
está, em qual corpo ela está.
Ela adormece.
Aí, você é Absoluto.
Você ali está.
Mas a partir do instante
que, em sua cabeça você pensa que isso ou aquilo vai estabelecer o Absoluto
para você, você se engana.
E, aliás, eu esclareço
que o espaço em que alguns procuram uma questão, como vocês observam, esse
tempo alonga-se.
Aproveitem desses espaços
em que o tempo alonga-se, para sair do tempo.
Assim, portanto, além das
palavras e de minhas respostas, além de suas questões, os espaços de silêncio
vão aproximá-los desse último estado.
Mas não aproveitem para
dormir todos.
Questão: o Absoluto é
quando se passou a Porta Estreita?
A Porta Estreita (que
está em ressonância para vocês, segundo os ensinamentos dos Anciões),
corresponde, como eles disseram, à Crucificação e à Ressurreição: é a última
etapa, é a Infinita Presença, é a Última Passagem.
Depois, unicamente abandonando
o próprio resultado dessa Ressurreição, você é Absoluto.
Questão: você deu
muitas chaves para transpor a Porta Estreita, mas a fechadura parece bem
complicada.
Então, esqueça-se de tudo
isso.
Considere que não há nem
Porta, nem fechadura, nem chave.
Eu acrescento que nada há
de mais simples do que o Absoluto.
Só a pessoa é complicada.
Questão: a vivência da
Infinita Presença estabelecida, só o Abandono do Si permite o Absoluto?
Sim.
Questão: o Absoluto é
o único estado em que se pode estar, ao mesmo tempo, presente a si mesmo, e
esquecer-se de si mesmo?
Mas o Absoluto não é um
estado.
Enquanto você considera
que é um estado, que você pensa atingir, isso não pode ser.
Eu qualifiquei,
efetivamente, o Absoluto de Estado além de todo estado.
Ele não é, portanto, um
estado: é sua natureza.
É o que você sempre foi,
o que sempre será, com consciência, sem consciência, com corpo, sem corpo.
Questão: mesmo que se
saiba que não há objetivo, qual é o objetivo de um Absoluto sem corpo?
Quem coloca a questão?
O que, em você, coloca
esse gênero de questão?
Você apreendeu que o
Absoluto não é um objetivo, e você tem, de qualquer forma, que assinalar-lhe um
objetivo.
Em que atua sua
consciência?
Enquanto você reflete
assim, não se ocupe do Absoluto.
O que põe os pés: é a
pessoa.
Nenhuma pessoa é
Absoluto.
Não é um lugar no qual se
entra e do qual se sai.
Não é um lugar.
Não é um espaço.
Apenas você é que pode Vivê-lo.
Mas enquanto você põe sua
pessoa adiante (com uma necessidade de senti-lo), você não pode ser Absoluto.
Crer que porque você vai
compreender algo do Absoluto permitirá ali chegar, é um engano, total.
Questão: quando, no
dia, há momentos em que o tempo não existe mais, isso significa que o Absoluto
revela-se, então?
O próprio Si não conhece
o tempo.
O desaparecimento do
tempo não se importa com o Absoluto, mas isso tem a ver com a Infinita Presença
(o que um dos Arcanjos chamava HIC e NUNC).
Deem-se conta de que
todos os pensamentos que vocês formulam, de uma maneira geral (eu não falo de
aqui), a partir do instante bem que vocês dizem, por exemplo: «vou ter falta de dinheiro ou tenho medo de faltar dinheiro»: vocês não estão mais aí, vocês não estão mais no instante presente.
Será que, no instante
presente, este dinheiro falta-lhes?
Apreendam, efetivamente,
os mecanismos do pensamento e da consciência: eles estão sempre fora do tempo
presente, exceto a Infinita Presença.
Você pode detectar o
Último Estado quando você adormece, e quando seu ego vai dizer: «eu estou presente pela metade».
Lembre-se de que, quando
você realiza o que você É, a questão do Absoluto não pode mais colocar-se: é
uma evidência.
E é, aliás, tão evidente
que você não pode compreender a dificuldade do outro.
Mas lembre-se: o Absoluto
é oriundo da refutação do efêmero, da investigação, que visa mostrar o absurdo
da pessoa.
Enquanto você estima que
sua pessoa deve ser a sede de sua consciência e do Amor, você se engana.
Questão: eu me vi, ao
mesmo tempo, ator de teatro, observador, teatro e no exterior do teatro,
sentindo uma grande ruptura de Amor e de dor. O que era isso?
Isso concerne à
deslocalização da consciência, ao fim da separação, à Unidade da consciência,
mas não ao Absoluto.
Ser Absoluto é o momento em
que, mesmo tudo isso, desaparece.
O Absoluto não é uma
experiência.
A experiência mística
situa-se no Si.
Qualquer que seja a
beleza da experiência, qualquer que seja a beleza da consciência que o vive: isso
não é Absoluto.
A armadilha (e muitos
perceberam essa armadilha) é crer, porque vocês veem a Luz ou porque sua
consciência não está mais fechada neste corpo, que vocês ali chegaram.
Não unicamente vocês ali
não chegaram, mas para o Absoluto, desse ponto de vista, vocês se afastaram
dele.
É a consciência que
procura sempre a experiência.
Mas reflitam dois
segundos: será que essas experiências bastam para viver diferentemente?
Se uma dessas
experiências fosse suficiente, não haveria mais, jamais, experiência.
Deem-se conta de que o
que é exprimido por vocês, como por mim, é uma distância falsa com o Absoluto.
A experiência concerne à consciência,
como a manifestação.
A experiência não libera.
Ela os faz realizar um
objetivo: o Si.
Mas lembrem-se de que, em
definitivo, vocês São, todos, Absolutos.
Quer vocês estejam certos
disso, quer vocês o vivam (ou não), estritamente nada muda na questão.
O que mudará, sempre, são
a qualidade de suas experiências e a qualidade da consciência.
Mas nenhuma qualidade de consciência
ou de experiência é Absoluto.
Quer você Fusione com um
inseto, quer você Fusione com o Sol, com um Irmão, com uma Irmã: é uma
experiência.
É a consciência que está
em movimento.
Só aquele que É Absoluto
apreende, perfeitamente, o que atua, na consciência, como na a-consciência.
Mas aquele que permaneceu
na consciência não pode mesmo, fazer-se, uma mínima ideia do que ele É.
Questão: é exato que a repetição de
experiências de Fusão levaria ao Absoluto?
Isso os leva à Infinita
Presença.
Resta viver o Sacrifício Final.
Mas a própria consciência
(quer ela seja separada ou no Si) tem apenas um medo: é o de sua própria
cessação.
A cessação da consciência
nesse mundo, como em todo mundo, apenas você é que pode realizá-la: é um Si a Si.
As Fusões, a Graça, a
Onda de Vida, enquanto não são transcendidas, elas também, e enquanto a Onda de
Vida não subiu, não há Absoluto, porque a consciência permanece.
É justamente o momento em
que vocês nada mais têm, o momento em que sobrevém a desesperança e a angústia,
que você é Absoluto, mas não antes: é preciso que a consciência tenha esgotado
todos os cartuchos.
E, aliás, eu os lembro,
que Anciões, como Estrelas, aportaram-lhes, testemunhos de visão, de vida,
deles.
Eles deram a ver, a
tocar, as condições da Infinita Presença e, eu diria, uma espécie de condição
preliminar ao Absoluto.
Algumas Estrelas evocaram
o que foi nomeado: tensão para o Abandono.
Mas a tensão para o Abandono
não é o Abandono.
É o momento em que a
consciência considera que não há
outra saída que não a de sacrificar-se a si mesma.
É por isso que o Absoluto
que você É, é uma maturidade, e não uma maturação.
É o momento em que
sobrevém o medo de desaparecer, que é preciso ousar desaparecer.
Mas sua consciência não
pode desaparecer por si mesma, nem pela vontade, nem por qualquer experiência
que seja.
O Despertar do Kundalini, a recepção de Shakti nada é.
Só Sharam Amrita confere a Liberação.
Mas você não pode
procurar Sharam Amrita.
Ele aparece, assim que
você desaparece.
As condições
preliminares, se se pode defini-las assim, foram-lhes dadas de múltiplos modos.
O testemunho formal (manifestado,
portanto), do Absoluto que vocês São, é Shantinilaya.
O testemunho disso é Sharam Amrita.
Mas isso não é vocês.
Questão: porque sugerir-nos para
sair do tempo quando de espaços de silêncio?
Sair do tempo necessita,
já, de tomar consciência do tempo e dos tempos.
Para completar o que eu
dizia antes, se você se coloca Aqui e Agora, colocar-se a questão de uma falta,
de uma dor, colocar-se a mínima questão, faz desaparecer Aqui e Agora, mas não
você.
A consciência do instante
presente instala o Si, mas há, ainda, um tempo, que é o tempo presente: disso,
também, você deve desaparecer.
Não pela ação da
consciência ou da vontade, mas pelo desaparecimento.
O que precede, muito
exatamente, o instante em que você adormece ou o instante em que você acorda.
É a Infinita Presença.
Sair do tempo é
identificar o tempo e os tempos, ver as engrenagens que o fazem sair do
instante presente, instalar-se no instante presente e desaparecer.
Eu terminarei, portanto,
pelo que eu nomearia conselhos.
Observem o instante que
vocês vivem, em que flutuam, em que começam a afundar.
Esqueçam-se desse corpo.
Esqueçam-se dessa
consciência.
Esqueçam-se das
percepções.
Esqueçam-se do tempo.
E, de súbito, emitam o
pensamento, não de render-se, não de deslocar-se, mas pensem, simplesmente, nos
que seus pés tocam, sem defini-lo.
Porque o que é chamado o
Éter da Terra, está aí.
Não procurem definir ou
perceber o que quer que seja, façam, simplesmente, isso.
Façamos juntos, sem
questão.
Até nossas próximas
trocas e conversas, eu poderei voltar nisso.
Façamos isso.
Primeiro o silêncio.
Isso não é uma meditação.
Isso não é uma
observação.
Bem, agora, BIDI saúda-os
eu lhes digo até uma próxima conversa.
Até breve.
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Compartilhamos estas informações em toda transparência. Obrigado
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do texto e cite sua fonte: http://www.autresdimensions.com/.
Quando ocorrer de se andar sem qualquer localização, sem qualquer interesse, sem qualquer olhar, sem qualquer escutar, sem qualquer entendimento (exceto no caso de uma solicitação)... Vivência esta, aliás, só possível pela inexistência de si mesmo; aí está o Absoluto".
ResponderExcluirEste quadro descrito acima, ilustra um pouco do que a MSG discorreu, onde foi dito sobretudo: "Se não houver absoluta clareza quanto ao absurdo da pessoa, com seu Eu ou Si, o sacrifício ou desaparecimento de si mesmo não pode ocorrer; sendo que isto é condição mais que sine qua non, absoluta mesmo, para que o Absoluto esteja".
De qualquer modo, fica claro, também na MSG, ou por qualquer que viva isso, que o Absoluto é inerente a todos, dado que não poderia ser de outro modo, e dado todo o óbvio do óbvio que isto encerra. E, enquanto isso, sem o aparente viver do Absoluto, caminha a humanidade de consciência dissociada, e mesmo aqueles que ainda lhe reste qualquer sinal de existência própria.
Bem, eis o BIDI, mais BIDI do que nunca, e ainda mais Absoluto. Isto fica muito claro e simples, quando se vive sem a complicação inerente à própria pessoa, mas, principalmente, tendo desaparecido como tal.
"A revelação total da Graça leva-os ao último estado possível. Mas o sacrifício da consciência são vocês que o realizam, ninguém mais.
ResponderExcluir"O Absoluto não resulta de uma prática: ele resulta, simplesmente, de um Abandono total do Si. ...Naquele momento você é Absoluto, o que você sempre foi.
"A Porta Estreita (que está em ressonância para vocês, segundo os ensinamentos dos Anciões), corresponde, como eles disseram, à Crucificação e à Ressurreição: é a última etapa, é a Infinita Presença, é a Última Passagem. Depois, unicamente abandonando o próprio resultado dessa Ressurreição, você é Absoluto.
"Mas o Absoluto não é um estado. Eu qualificaria, efetivamente, o Absoluto de Estado além de todo estado. Ele não é, portanto, um estado: é sua natureza. É o que você sempre foi, o que sempre será, com consciência, sem consciência, com corpo, sem corpo.
"Esqueçam-se desse corpo.
Esqueçam-se dessa consciência.
Esqueçam-se das percepções.
Esqueçam-se do tempo.
"Abandone-se, não reflita mais.
E você verá por si mesmo."
"A armadilha (e muitos perceberam essa armadilha) é crer, porque vocês veem a Luz ou porque sua consciência não está mais fechada neste corpo, que vocês ali chegaram.
ResponderExcluirNão unicamente vocês ali não chegaram, mas para o Absoluto, desse ponto de vista, vocês se afastaram dele.
É a consciência que procura sempre a experiência.
Mas reflitam dois segundos: será que essas experiências bastam para viver diferentemente?
Se uma dessas experiências fosse suficiente, não haveria mais, jamais, experiência.
Deem-se conta de que o que é exprimido por vocês, como por mim, é uma distância falsa com o Absoluto."
- BIDI é realmente incrível, é Absoluto. Ele já deu vários exemplos e metáforas para que nós mudássemos este ponto de vista. Se pegarmos como referência uma pessoa A que passa horas meditando, uma pessoa B que passa horas orando e lendo, e uma pessoa C que passa horas bebendo cachaça. Do ponto de vista da pessoa C com as outras, isso é perda de tempo, ela tem razão, e tanto o ponto de vista de A em relação B e C, isso é uma perda de tempo, todos têm razão em relação ao outro. A pessoa A tem necessidade de encontrar um estado de paz interior, a pessoa B tem a necessidade de encontrar um estado de redenção, ou aliviar algo, a pessoa C tem a necessidade de fugir de uma realidade amarga, um estado de fuga. Mas, as 3 pessoas TEM NECESSIDADE DE REPRODUZIR UM ESTADO, UMA EXPERIÊNCIA. O Absoluto não é uma experiência ou um estado. É um estado além de todo estado. Mas, aquele que é Absoluto, ele pode meditar, orar ou beber, ele não tem sede de repetir uma experiência ou alcançar um estado. BIDI já falou isso tudo, é preciso ousar a desaparecer como pessoa, ir até a outra margem.